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 Bom Caráter
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    Onda nacionalista varre a China com filmes de ação cheios de efeitos
    Força Aérea espera atrair jovens com produção ao estilo de ‘Top Gun’
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    O filme “Wolf Warrior 2” rendeu a maior bilheteria do país - Divulgação
    Se a vida imita a arte muito mais que o contrário, como disse o poeta e dramaturgo britânico Oscar Wilde, a onda patriótica e nacionalista que vem varrendo a China desde que o presidente Xi Jinping assumiu o comando do país em 2012 só tende a crescer. É nesta onda que surfa a nova safra de filmes de ação com efeitos hollywoodianos que mostram um Império do Meio heroico e invencível diante de ameaças externas. Este mês, entrou em cartaz o emblemático "Sky Hunter", uma espécie de versão turbinada de "Top Gun", uma coprodução entre a Força Aérea Chinesa e empresas cinematográficas civis. Munida dos mais modernos armamentos, incluindo o caça J20 em sua primeira aparição na telona, a heroína Zhao Yali (Fan Bingbing, uma das atrizes mais bem pagas do país) enfrenta um grupo de terroristas que invade um país centro-asiático, captura civis chineses e ameaça lançar sobre Pequim os mísseis dos quais se apoderou.
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    Fan Bingbing, uma das atrizes mais bem pagas do país
    Ao apresentar o novo filme, o coronel Zhang Li, um dos produtores, afirmou ao jornal “Global Times” (tido como um dos porta-vozes do governo) que “a intenção é simples: não queremos fazer dinheiro; queremos usá-lo para mostrar às pessoas, especialmente aos jovens, o que são as Forças Armadas e o que elas podem fazer para proteger o país nesta era e no futuro”. Especialistas ouvidos pelo GLOBO dizem que os filmes militares não vão se restringir mais a histórias do passado. Devem passar a tratar de tópicos mais modernos para contar a modernização militar chinesa e atrair os mais jovens para as Forças Armadas.

    Maior bilheteria de todos os tempos no país, “Wolf Warrior 2” conta a história de Leng Feng, ex-integrante de uma unidade especial cuja missão é resgatar 47 reféns chineses e trabalhadores africanos de uma fábrica do país sediada em uma nação fictícia da África. Eles estão à mercê de um grupo rebelde liderado pelo americano Paizão. O thriller encheu os cinemas e rendeu US$ 842 milhões desde o lançamento em julho. “Os números da bilheteria mostram um reflexo do clima patriótico que tem varrido o país”, dispara o jornal também estatal “China Daily”.

    --- Está claro que o Partido Comunista busca uma nova fonte de legitimidade que vá além dos resultados econômicos. E estas narrativas sobre a regeneração nacional e a volta da China para o seu papel central no mundo respeitado é muito importante. Neste contexto, ter esta penetração na cultura popular não é surpresa --- afirmou ao GLOBO Kerry Brown, especialista em China de King’s College.
    CRÍTICA A ESTRANGEIROS
    É preciso saber até onde vai a onda nacionalista. Recentemente, fez sucesso a música do rapper Xie Di que repete a expressão gua laowai (gringo estúpido). Ele ataca os forasteiros, dizendo que são fracassados que decidiram ir para a China para ensinar inglês e conquistar belas mulheres.

     Bom Caráter
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    Xi promete manter reformas e protagonismo internacional da China em 2018
    Presidente projetou uma China próspera econômica e tecnologicamente
    O presidente da China, Xi Jinping, prometeu continuar o processo de reformas e manter o protagonismo internacional do país durante 2018. Em sua mensagem televisionada de fim de ano, Xi projetou uma China próspera econômica e tecnologicamente, que é um bom parceiro mundial e se esforça para solucionar os problemas que afetam à população.

    Dessa forma, Xi ressaltou que a China é "uma potência responsável que deve falar claro" e que defende a paz mundial e a ordem internacional. "A China defenderá firmemente a autoridade e o status das Nações Unidas e cumprirá de maneira ativa as suas responsabilidades", salientou. Além disso, destacou que o país "cumprirá suas promessas de lutar contra a mudança climática global".

    Xi disse ainda que em 2018 continuará o processo de reformas econômicas, que completa seu 40º aniversário precisamente em 2018, e ao qual definiu como o "único caminho" a seguir. "Aproveitaremos a oportunidade de celebrar em 2018 o 40º aniversário da reforma e da abertura para continuar levando as reformas mais adiante", completou. Nesse sentido, por exemplo, a China anunciou uma abertura quase completa do seu setor financeiro para os próximos anos.

    Xi Jinping lembrou que no ano que se inicia começarão a ser aplicados os resultados do 19º Congresso do Partido Comunista, que representam "um mapa para o desenvolvimento nas próximas três décadas". No entanto, descartou qualquer tipo de abertura política ao afirmar que "temos que evitar as distrações de ideias insubstanciais e fama superficial".

    Xi também destacou que até 2020 a China terá conseguido o marco histórico de tirar toda a sua população da pobreza extrema e louvou os importantes êxitos tecnológicos alcançados pela potência asiática durante 2017, como o primeiro voo de um avião chinês de passageiros de grande envergadura e os lançamentos de porta-aviões de construção chinesa e do primeiro computador quântico do país.

     Bom Caráter
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    Tim Cook: a atração nº 1 da China é a qualidade das pessoas

     Geraldo Grêmio
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     Bom Caráter
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    China quer realizar mais de 40 atividades de exploração espacial este ano

    A China planeia realizar mais de 40 atividades de exploração espacial, em 2018, anunciou hoje a imprensa oficial, ilustrando a crescente ambição de Pequim no espaço, símbolo do progresso do país.

    Segundo o jornal oficial Global Times, que cita a Corporação da China para a Ciência e Tecnologia Aeroespacial, o país asiático vai realizar 35 lançamentos, este ano, incluindo um foguetão propulsor, uma sonda lunar e um satélite do sistema de navegação Beidou.

    Um outro grupo estatal, a Corporação da China para a Indústria e Ciência Aeroespacial, irá também realizar lançamentos, sobretudo para fins comerciais, avançou o mesmo jornal.

    "O número de atividades relacionadas com a exploração espacial, em 2018, não tem precedentes na história da China e tornará a China no país que mais lançamentos fará este ano", afirmou um especialista chinês, citado pelo Global Times.

    Um dos objetivos de Pequim é continuar a desenvolver o sistema de navegação Beidou, concorrente chinês do Sistema de Posicionamento Global (GPS, sigla em inglês) norte-americano, para que cubra a maioria das nações abrangidas pela iniciativa chinesa "Nova Rota da Seda", um gigante plano de infraestruturas que pretende reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa.

    Para 2019, Pequim planeia iniciar a construção de uma estação espacial com presença permanente de tripulantes e, no ano seguinte, enviar um veículo de exploração a Marte.

    https://www.dn.pt/lusa/interior/china-q ... 25594.html

     Bom Caráter
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    Brasil e China: o desafio de enriquecer antes de envelhecer
    "O Brasil pode ficar preso para sempre na chamada “armadilha da renda média”, sem nunca dar o salto para o clube das nações mais ricas do globo. A atual crise econômica brasileira pode comprometer, definitivamente, as perspectivas de um alto padrão de vida para a maioria da população e uma perspectiva de uma velhice plenamente saudável e confortável", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 05-01-2018.

    A China é um país que tem aproveitado bem o seu bônus demográfico e o Brasil aproveitou apenas parcialmente. Em 1980, a renda per capita do Brasil (em poder de paridade de compra – ppp) era de US$ 4,8 mil, enquanto a renda per capita da China era de apenas US$ 0,3 mil (300 dólares), segundo dados do Fundo Monetário Internacional. Ou seja, o Brasil tinha uma renda per capita quase 16 vezes maior do que a renda per capita chinesa.

    Em 2016, a renda per capita brasileira chegou a US$ 15 mil, mas foi ultrapassada pela renda per capita chinesa que chegou a US$ 15,1 mil. As projeções do FMI indicam que em 2021 a renda per capita chinesa será de US$ 21,7 mil e a do Brasil será de US$ 17,1 mil. Em 41 anos da janela de oportunidade, a renda per capita corrente do Brasil terá sido multiplicada por um fator de 3,6 vezes, enquanto a renda per capita da China terá sido multiplicada por um fator de 71 vezes.

    Tudo indica que a renda per capita chinesa, mesmo com uma população de quase 1,4 bilhão de habitantes, vai ultrapassar os US$ 30 mil per capita, antes do IE atingir a cifra de 100 idosos (65 anos e +) para cada 100 crianças e adolescentes (0-14 anos). Ou seja, a China deve atingir o grupo de países de alta renda antes de ficar envelhecida. A economia chinesa tem indicadores relativamente sólidos na área de comércio internacional, nas taxas de investimento, na melhoria das condições de saneamento básico e, principalmente, na área de educação e no avanço científico e tecnológico.

    Já o Brasil tem apresentado ganhos modestos no crescimento da renda e a década de 2011-20 já pode ser chamada de década perdida. Além do mais, o Brasil tem vários problemas sociais para resolver, um sistema educacional de baixa qualidade e a economia brasileira tem baixa produtividade e enfrenta um déficit fiscal de grandes proporções. A dívida interna brasileira pode comprometer o futuro do país. Assim é grande a possibilidade de o Brasil envelhecer antes de ficar rico. Seria uma derrota monumental e agravaria o bem-estar das gerações presentes e futuras.

    O Brasil pode ficar preso para sempre na chamada “armadilha da renda média”, sem nunca dar o salto para o clube das nações mais ricas do globo. A atual crise econômica brasileira pode comprometer, definitivamente, as perspectivas de um alto padrão de vida para a maioria da população e uma perspectiva de uma velhice plenamente saudável e confortável. O alto nível de desemprego e a baixa qualidade da educação brasileira estão provocando o fim precoce do bônus demográfico e será quase impossível arranjar uma mágica para o Brasil se tornar um país plenamente desenvolvido na nova configuração sociodemográfica.

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     Prox
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    Tem notícias do acidente de ontem?

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     Prox
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    Dependendo do que acontecer, esse acidente poderá ter o maior desastre ambiental da história envolvendo vazamento de Petróleo. O pior foi em 1991 quando houve vazamento de 261 mil toneladas vazaram na costa da Angola. Esse navio possui 42 milhões de galões de petróleo.

     LL SCCP
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    Isso fará com que muitos chineses morram?

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     Prox
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    LEONARDO SCCP escreveu: Isso fará com que muitos chineses morram?

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    O acidente foi entre um navio iraniano e outro de Hong Kong. 32 tripulantes no navio iraniano estão desaparecidos, 1 foi encontrado morto. A batida ocorreu numa distância de 300 kms entre Xangai e o local.

     LL SCCP
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    Há pelo menos riscos de chineses morrerem em decorrência do impacto ambiental do acidente?

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     Bom Caráter
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    Alibaba cria modelo de aprendizagem artificial superior à mente humana
    Sistema obteve uma pontuação mais alta que a de um ser humano em uma prova de compreensão de leitura da Universidade de Stanford

    O gigante chinês do comércio eletrônico informou hoje através de um comunicado que esta é a primeira vez que uma máquina supera os humanos na prova conhecida como SQuAD (Stanford Question Answering Dataset), que possui cerca de 100 mil pares de perguntas e respostas.

    Esta é considerada a melhor prova de compreensão de leitura de máquinas do mundo e atrai universidades, companhias e institutos que vão desde Google, Facebook, IBM e Microsoft até a Universidade Carnegie Mellon, a Universidade de Stanford e o Instituto de Pesquisa Allen.

    Em 11 de janeiro, o "modelo de redes neurais profundas" desenvolvido pela Alibaba teve uma pontuação de 82,44 em Exact Match, proporcionando respostas exatas às perguntas e superando a pontuação dos humanos de 82,304.

    "Estamos especialmente entusiasmados porque acreditamos que a tecnologia subjacente pode ser aplicada de forma gradual a numerosas aplicações como serviço ao cliente, tutoriais dos museus e respostas em linha à consultas médicas de pacientes, diminuindo a necessidade da contribuição humana de uma maneira sem precedentes", apontou o cientista chefe de processamento de linguagem natural (NLP) do Alibaba, Luo Si.

    Como exemplo, esta tecnologia foi aplicada no passado Dia do Solteiro, o festival global das compras pela internet, onde as máquinas responderam a uma grande quantidade de consultas de entrada.

     Bom Caráter
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    'Socialismo com características chinesas é último sucesso do marxismo'

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    Na reunião do Comitê Central do Partido Comunista, que terminou na sexta-feira (19), foi adotada a proposta de emendar a Constituição. Está planejado criar um órgão especial anticorrupção, sujeito somente ao comando político supremo.

    Segundo informa o periódico oficial do Comitê, Global Times, a nova redação deve refletir os importantes resultados atingidos no XIX Congresso do partido, em outubro passado. Entre outras mudanças a serem implementadas, destacam-se os pensamentos do líder chinês sobre o "socialismo com traços chineses na época moderna".

    A Constituição existente menciona somente os líderes históricos do país: o fundador do Estado atual, Mao Tsé-Tung, e o impulsionador das reformas econômicas, Deng Xiaoping.

    Último êxito do marxismo

    O Comitê Central estabeleceu que "as ideias de Xi Jinping sobre o socialismo com traços chineses na época moderna representam o último êxito do marxismo e são a ideologia orientadora que o partido e o Estado têm mantido desde há muito", de acordo com a comunicação divulgada após a reunião.

    A Constituição atual foi adotada em 1982. Na última ocasião em que o documento foi emendado (em 2004), foram incluídas as garantias da propriedade privada e dos direitos humanos. No próximo mês de março, o governo do país planeja convocar uma Assembleia de Representantes Populares de Toda a China, que é a única autoridade que tem o direito de emendar a Magna Carta.

    Xi Jinping se perpetua na história

    Comentando o tema ao canal RT, o especialista russo Aleksei Maslov, da Escola Superior da Economia, qualificou esta iniciativa como muito importante para a China porque a "Constituição chinesa é uma coisa imóvel e lá somente estavam fixadas as palavras de Deng Xiaoping".

    Ele ressaltou que, pela primeira vez desde a época de Deng Xiaoping, será inscrito um novo apelido na Constituição. A personalidade de Xi Jinping vai "se perpetuar na história". As suas ideias já foram consagradas nos estatutos do Partido Comunista da China, em outubro de 2017.

    Antes da chegada ao poder de Xi Jinping, somente duas pessoas haviam sido eternizadas nos estatutos do partido: Mao Tsé-Tung e Deng Xiaoping.

    Luta anticorrupção

    A mudança-chave será a criação de um órgão "centralizado, prestigioso e muito eficaz" da luta anticorrupção que concentre as funções de controle dos funcionários do Partido e do Estado, incluindo aqueles sem filiação comunista.

    Durante os primeiros cinco anos da presidência de Xi Jinping, 1.300.000 pessoas foram condenadas por delitos de corrupção, cerca de 10.000 delas – à morte.

    Em novembro passado foi fundada a Comissão Nacional Controladora, órgão supremo de luta contra a corrupção e o abuso de poderes em todos os níveis. Agora se propõe expandir os seus poderes a todos os funcionários e empresários.

    Os partidários da reforma querem que esta nova estrutura não seja subordinada ao Tribunal Popular Supremo ou ao governo, mas ao Conselho de Estado, e obtenha o direito de inspeções e detenções.

    http://www.jb.com.br/internacional/noti ... -da-china/

     Bom Caráter
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    2017, o ano em que a China se firmou como superpotência
    A China, goste-se ou não, continua a crescer muito forte. Não mais a taxas de 12%, como há 15 anos, mas alguma coisa entre 6,5% e 7% a partir de uma base de 13 trilhões de dólares.

    De acordo com cálculos do FMI, que às vezes mede o PIB dos países pelo critério de poder de paridade de compra, a China já é a maior economia do mundo, o que significa um eclipse tão importante nas relações econômicas internacionais que a última vez que a gente tinha observado alguma coisa semelhante foi 1871, quando os EUA ultrapassaram o Reino Unido.

    Neste 2017 que termina, reforça-se uma outra constatação: os Estados Unidos não são mais hegemônicos. São protagonistas, mas ostentam tal condição ladeados pela China. Tem gente que brinca que não se pode mais falar em "Brics", mas em mais 'C + bris".

    Os chineses estão tomando muito cuidado para que sua indiscutível categoria de superpotência não lhes suba à cabeça. Buscam não demonstrar estrelismo, sem tentar impor liderança, por exemplo, naquelas instituições que foram criadas pelos Brics.

    Fazem isso de maneira muito sutil. É o caso do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD) e também de outras instituições onde os chineses são o principal ator, como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura.

    Algo que nos ajuda a explicar essa postura chinesa está presente numa frase famosa do Deng Xiaoping, grande arquiteto dessa nova fase da China há 40 anos: "hide your strengths, bite the bullet, gain time". Ou seja, esconda suas forças, engula sapos, aceite passar por dificuldades, ganhe tempo.

    Quer dizer, os chineses estão em uma estratégia de longuíssimo prazo, em que a ascensão precisa ser vista mais como natural do que imposta. Eles gostam muitas vezes de aparecer como país em desenvolvimento, não se desvinculando, por exemplo, na ONU, da agenda dos africanos ou da Ásia mais pobre.

    Quanto mais países possam se vincular institucionalmente a processos em instituições pluri ou multilaterais onde a liderança chinesa é potente, isso é melhor para a Pequim. Isso é especialmente interessante debaixo do guarda-chuva do NBD, pois isso dá à China um veículo que não tem as mesmas amarras geográficas a que se prende o Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento.

    O Banco Asiático só vai fazer investimentos na Ásia, ao passo que o Novo Banco de Desenvolvimento pode investir em projetos na América Latina, na África, em outras localidades, o que dá à China não só maior espaço de manobra, mas também uma certa indireção que eles tanto apreciam em sua cultura como na política externa.

    O que essa China superpotência quer com o Brasil? Bem, o mais correto é notar que as relações econômicas bilaterais passam por um momento inercial.

    Do ponto de vista comercial, continua muito parecida com aquela que os países latino-americanos mantinham com a Inglaterra no século 19. Ou seja, por uma lado, grande exportadores de matérias-primas; por outro, um exportador de bens manufaturados de mais valor agregado.

    Isso deve continuar. A China tem enormes preocupações com segurança alimentar, precisa mais ainda das commodities minerais para seus projetos de infraestrutura.

    O que seguramente foge da inércia é aumento perceptível do investimento chinês no Brasil, sobretudo na forma de aquisição de bens, como as chamadas "fusões e aquisições".

    Para empresas chinesas que quiseram ter uma pegada global durante um período recente, o momento para a investida é agora. E os chineses vão entrar com tudo também nessa dinâmica de privatizações e concessões, sobretudo quando ficar claro qual será o cenário político brasileiro a partir das eleições de 2018.

    Eles estão com o dedo no gatilho para mais investimentos no Brasil em várias áreas, praticamente todo o segmento da infraestrutura está sendo examinado pelos chineses.

    No âmbito da geopolítica global, não é correta a interpretação de que a consagração de Xi Jinping na China em 2017 simplesmente responde à chegada ao poder de Donald Trump.

    Mesmo se Hillary Clinton fosse eleita presidente, todos teriam de reconhecer que a China se consolida como uma das duas maiores potências do mundo -- e a hipertrofia do poder chinês é perceptível em diversas áreas das relações internacionais.

    A China está aumentando muito sua função como fonte irradiadora de capital e de empréstimos externos. Pequim também expande seus investimentos em 12% ao ano na área de defesa.

    Tudo isso independe de quem está no poder nos EUA. Agora, é claro, isso foi ainda mais realçado pelo fato de que essa ascensão chinesa se deu contemporaneamente à chegada à Casa Branca de um presidente protecionista, avesso à globalização.

    Se a globalização foi o grande trampolim que permitiu essa prosperidade da China e o livre comércio supostamente é a melhor saída para os problemas internacionais, os EUA entraram na contramão de tendência. Nesse empalidecimento da hegemonia norte-americana, 2017 foi marco definitivo de que a China tomou assento à mesa dos que comandam o mundo.

     Bom Caráter
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    China vai responder ao protecionismo de Trump. Boeing e Apple podem ser prejudicadas

    Sendo a China o principal detentor da dívida americana, a ideia de reduzir as compras de produtos dos EUA e sujeitar as principais empresas dos EUA com grandes investimentos na China a investigações fiscais ou medidas anticoncorrenciais, podem levar Trump a recuar.

    Sendo a China o principal detentor da dívida americana, a ideia de reduzir as compras de produtos dos EUA e sujeitar as principais empresas dos EUA com grandes investimentos na China a investigações fiscais ou medidas anticoncorrenciais, podem levar Trump a recuar.

    A relação diplomática e comercial entre China e Estados Unidos é historicamente instável e poderá piorar, face às medidas protecionistas da administração Trump aprovadas recentemente, que poderão merecer uma reposta “à letra” do Estado chinês. A Boeing, Apple e General Motors poderão sair prejudicadas.

    De acordo com o “El Economista”, o anúncio de novas tarifas sob produtos importados pelos EUA, como máquinas de lavar ou painéis solares, poderá levar o governo chinês a responder com uma diminuição das importações chinesas sobre produtos dos EUA, ou até com investigações fiscais e políticas anticoncorrenciais sobre empresas norte-americanas com investimentos na China.

    É que a China, enquanto maior produtor de painéis solares do mundo e exportador de 21 milhões de máquinas de lavar em 2017, no valor de quase três mil milhões de dólares, tem especial interesse nesta matéria.

    http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... das-260484

     Bom Caráter
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    China supera Europa e assume papel de liderança em energias renováveis

    Antes na vanguarda, Alemanha e União Europeia foram superadas de longe pelos chineses, que reconhecem potencial econômico do setor. O bloco europeu seria capaz de voltar à posição de liderança ?

    As energias renováveis vêm ganhando espaço mundo afora. Acima de tudo, as energias eólica e solar estão experimentando um boom e já são competitivas frente aos combustíveis fósseis. De acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), os custos das energias geradas a partir do vento e da luz solar continuarão a cair ainda mais e, nos próximos três anos, o da energia fotovoltaica cairá em torno de 50%, na média global.

    "Esta nova dinâmica sinaliza uma mudança significativa no sistema energético", afirma Adnan Amin, diretor-geral da Irena.

    "A decisão por energias renováveis para a geração de eletricidade não representa apenas uma consciência ambiental, mas uma decisão econômica muito inteligente. Governos de todo o mundo reconhecem esse potencial e promovem os sistemas de energia com baixa emissão de carbono."

    A China, em particular, faz grandes avanços na área de tecnologias do futuro e amplia sua energia eólica e solar como nenhum outro país do mundo.

    "A China assume esse papel de liderança, pois reconhece as enormes oportunidades de mercado e as vantagens econômicas", afirma a economista Claudia Kemfert, do instituto econômico alemão DW, que também assessora o governo federal em relação a esse tema.

    De acordo com a "Bloomberg News Energy Finance", no ano passado, a China investiu 133 bilhões de dólares em energias renováveis – o maior investimento que já fez no setor. O gigante asiático destinou mais da metade desse valor à energia solar.

    Segundo a Agência de Energia da China (NEA), em 2017, foram construídas no país usinas fotovoltaicas que geram 53 gigawatts (GW) – mais da metade da capacidade instalada no mundo. A Alemanha, antes na vanguarda da energia fotovoltaica, estima ter instalado cerca de 2 GW em 2017.

    Com sua política de expansão, a China ultrapassou claramente a Alemanha e a Europa na liderança no campo das energias renováveis. Os investimentos da Europa vêm diminuindo de forma constante desde 2011 e, de acordo com a Bloomberg News Energy Finance, o investimento caiu mais da metade entre 2011 e 2017, para 57 bilhões de dólares.

    "A União Europeia tinha um claro papel de liderança até por volta de 2011, que foi abandonado devido a uma falha ativa da própria política", afirma Hans-Josef Fell, presidente do Energy Watch Group. "Foi feita uma política para proteger a energia nuclear, os setores de carvão, petróleo e gás – tudo isso contra as energias renováveis."
    A Europa pode recuperar o atraso ?

    "Eu gostaria que a Europa fosse líder no combate às mudanças climáticas", sublinhou Jean-Claude Junker, presidente da Comissão Europeia, diante do Parlamento Europeu no ano passado, se colocando claramente a favor do Acordo do Clima de Paris. Atualmente, o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e os países-membros discutem intensivamente as medidas necessárias no âmbito de um pacote legislativo intitulado "Energia limpa para todos os europeus".

    Entre outras coisas, a proposta da Comissão Europeia prevê o aumento da participação das energias renováveis no consumo total de energia para 27% até 2030. De acordo com o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), em 2016 essa participação perfazia 17%. Na semana passada, o Parlamento Europeu votou em prol do aumento da participação das energias renováveis no consumo de energia para um mínimo de 35%.

    Segundo especialistas, o fator determinante para o futuro das energias renováveis na Europa é a existência de um mercado interno dinâmico.

    "A Europa e principalmente a Alemanha perderam a liderança tecnológica em termos de energia fotovoltaica", afirma Matthias Buck, especialista em energia no observatório Agora Energiewende.

    O principal problema da indústria é que os mercados na Europa estão estagnando ou diminuindo, diz Stefan Gsänger, secretário-geral da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA).

    "Atualmente, nós temos na Europa o menor investimento em mais de uma década. Claro que, sob tais condições, as empresas não conseguem investir na produção em massa nem em inovações tecnológicas. Como consequência, a inovação acontece em outros lugares", sublinhou.

    Ele acrescentou que, se a Europa "quisesse disputar seriamente a liderança, então ela deveria estipular uma participação mínima de 50% de energia renovável no consumo total de energia até 2030".

    Segundo os especialistas, uma expansão muito dinâmica das energias renováveis na Europa, como em anos passados, somente seria possível desativando as tecnologias mais antigas.

    "Enquanto as energias fósseis e usinas nucleares forem apoiadas, não haverá mercados nem pedidos suficientes para as novas energias", afirmou Fell, presidente do Energy Watch Group, descrevendo o problema europeu.
    Se não houver mudanças, China dominará o mercado

    Segundo Rainer Hinrichs-Rahlwes, especialista em energia na Associação Alemã de Energia Renovável (BEE), falta "vontade política" na Europa para promover uma forte expansão das energias renováveis com base em um mercado interno.

    "Para a Europa, ter a chance de ser uma líder na transição energética e fazer uma contribuição suficientemente adequada na luta contra as mudanças climáticas, os chefes de Estados e de governo devem adotar uma posição mais determinada, além de restabelecer e melhorar as condições necessárias", acrescentou Hinrichs-Rahlwes.

    "Os custos estão caindo rapidamente, e as tecnologias estão se desenvolvendo. Onde não há subvenções para energias fósseis e nucleares, as eólicas e fotovoltaicas são as formas mais baratas em quase todos os lugares. A sensatez exige, portanto, acabar com os subsídios diretos e indiretos para as energias fósseis e nuclear", completou.

    Kemfert pede que a política europeia seja "ousada" na transição em todas as áreas, "não somente em termos de eletricidade, mas também na mudança de gasolina e diesel para a mobilidade elétrica e eficiência energética de edifícios".

    Mas o economista teme que "que as ações continuem sendo tomadas em passos tímidos: dois para frente e três para trás". Se a Europa não corrigir sua política energética e seguir o exemplo de Pequim, "a China continuará liderando e dominará o mercado", concluiu.

    https://g1.globo.com/natureza/noticia/c ... veis.ghtml
    Editado pela última vez por Bom Caráter em 30/01/2018, 22:19, em um total de 1 vez.

     Bom Caráter
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    Aplicativo popular na China torna dinheiro obsoleto

    Governo, empresas e até feirantes usam o WeChat, da Tencent, 1ª asiática a bater US$ 500 bi de valor de mercado
    Sabe Whatsapp, Facebook, Twitter, Apple Pay? Junte-os e multiplique por 980 milhões de usuários. Este é o universo do aplicativo possivelmente mais popular da China. O WeChat, ou Weixin (como os chineses o chamam), começa a estender os seus tentáculos pelo mundo e a ocupar espaços antes compartilhados pelos seus equivalentes mais antigos do Ocidente. Com 19 anos, a Tencent, gigante da internet e dona do app, é um dos casos mais bem-sucedidos de investimento em novas tecnologias do país. Tornou-se recentemente a primeira empresa asiática a bater os US$ 500 bilhões em valor de mercado. No país que inventou o papel, o papel-moeda — e até mesmo o cartão — é cada vez mais dispensável, em boa medida por causa do WeChat.
    Na tradicional feira de Sanyuanli, antes mesmo de anunciar o valor da compra, o vendedor aponta para o quadradinho com o código QR colado de improviso ao lado das abóboras. Basta mirar o celular (inseparável de chineses de todas as classes), e a conta está paga. Na verdade, quase ninguém abre mão na China moderna. Nem as grandes empresas nem o governo chinês.

    "Eu não ando mais com dinheiro na bolsa. Corre-se o risco de perder as notas ou de ganhar uma falsa", diz a professora de chinês Su Li, que recebe a mensalidade dos seus alunos particulares pelo app.

    Entre as mil e uma utilidades do aplicativo, estão traduzir textos, fazer chamadas de vídeo, comprar bilhetes de avião, trem e metrô, ler notícias, jogar na internet, pedir comida e até procurar um namorado.

    Se, por um lado, a China tem toda essa tecnologia e é o país com o maior número de internautas do mundo, é também um dos que tem as regras mais duras de vigilância e controle na rede. A Grande Muralha da China é o nome como ficou conhecido o gigantesco firewall que seleciona a que sites e conteúdos os chineses têm acesso. Estão proibidas plataformas populares mundo afora, como Facebook, Instagram, Twitter, Google e YouTube. Por isso, para cada uma delas, há um equivalente chinês igual ou bem melhor.
    Inovação é segredo do sucesso
    Os chineses gastam 1,7 bilhão de horas por dia nos aplicativos da Tencent — o equivalente a 75 milhões de dias, ou 205 mil anos. Tudo isso em apenas 24 horas. De acordo com o balanço do terceiro trimestre de 2017, a base de usuários do WeChat cresceu 15,8%. Eles enviam 38 bilhões de mensagens diariamente. O WeChat já pode, até, ser considerado icônico: desde setembro faz parte do acervo do Museu Victoria & Albert, em Londres, especializado em design. Como se coloca um app em um museu? A instituição instalou uma vitrine onde um celular fica ligado no WeChat.

    Os bons resultados não vêm apenas do aplicativo. Só o braço de games da companhia teve um aumento de 48% no faturamento do período em relação aos três primeiros meses de 2016, batendo pouco mais de US$ 4 bilhões.

    "O que está por trás da popularização do WeChat são as tecnologias únicas desenvolvidas pela empresa", diz a especialista em marketing de empresas da Cheung Kong Graduate School of Business (CKGSB), em Pequim, Juliet Zhu.

    A Tencent é uma das milhares de start-ups chinesas de inovação que vêm se lançando no mercado local e internacional. E é isso o que o governo do presidente Xi Jinping, que anunciou o início de uma nova era para o seu país durante o 19º Congresso do Partido Comunista em outubro, quer ver.

    Mas nem todos os casos têm o sucesso retumbante da gigante da internet, hoje a maior inimiga do grupo Alibaba na China. Para Zhu, existe um mercado enorme para inovação e novas tecnologias, embora o índice de sobrevivência de muitas empresas seja “brutalmente pequeno”. Isso porque não adianta só copiar as boas ideias, diz: "O que define quem sairá ganhando é a inovação, a compreensão muito precisa do mercado. É preciso persistir constantemente na inovação."

    Segundo Zhu, o mercado chinês tem espaço para que diferentes produtos sejam lançados. Ela explica que hoje a população não quer apenas as marcas de prestígio do Ocidente, mas qualidade de vida e produtos únicos a preços razoáveis.

    http://epocanegocios.globo.com/Tecnolog ... oleto.html

     Bom Caráter
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    Tesla constrói sua maior estação de carregamento na China

    Fabricante de carros elétricos escolhe o país asiático para sua maior estação pela terceira vez

    Quem quer saber como está o desenvolvimento e adoção dos carros elétricos no mundo pode olhar para onde a Tesla tem construído suas maiores estações de carga. A empresa chegou na China em 2014. Apesar da competição contra modelos domésticos – e de uma taxa de 25% sobre seus produtos – a companhia tem feito avanços rápidos no país.

    A Tesla triplicou suas vendas para US$ 1 bilhão em 2016, e entregou mais de 11 mil carros. Agora, a empresa tem planos ainda mais ambiciosos. A companhia acabou de terminar sua terceira super estação de carregamento de carros em Pequim, com capacidade para carregar 50 veículos Tesla. Esta é a maior estação desse tipo da empresa – e as duas outras maiores estações também ficam no país asiático.

    A maior parte das 1.130 estações de carregamento da Tesla ficam nos Estados Unidos e Europa, mas a China está ganhando importância rapidamente. A nova estação no país representa a nova geração de postos de carga de alta voltagem, desenvolvida para ser usada em grandes cidades. “Estações com essa densidade vão ficar mais comuns em áreas com grande fluxo de veículos”, afirmou a empresa em outubro de 2017.

    Quando se trata de veículos elétricos, a China já é líder em vendas. O número de carros elétricos registrados no país superou os Estados Unidos em 2014, e o crescimento é muito mais acelerado.

    A infraestrutura tem acompanhado esse movimento. O governo chinês investiu bilhões de dólares na transição para os veículos elétricos e planeja construir 800 mil estações de carregamento nos próximos anos. Em comparação, os Estados Unidos têm 43 mil estações individuais e 16 mil estações públicas, de acordo com dados do Departamento de Energia.

     Gus
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    Melhor começar a estudar o curso de chines que comprei.
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