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 Bom Caráter
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    Petroyuan: China perturba dólar introduzindo contratos futuros petrolíferos
    China finalmente está pronta para iniciar o comércio em seus contratos futuros petrolíferos, mudando as regras do jogo no mercado do petróleo.
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    Desafiando o negócio de petróleo tradicionalmente denominado em dólares, a China iniciará negociações de futuros petrolíferos expressos em yuanes em Xangai em 26 de março, de acordo com a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários do país. O comércio também será orientado para os estrangeiros, representando a primeira iniciativa do tipo desde a tentativa da China de lançar no mercado contratos de futuros petrolíferos em 1993.

    Se o negócio der certo, a China espera que a posição reforçada do yuan possa desafiar o domínio do dólar em outros setores comerciais.

    Bloomberg citou um dos críticos, Michal Meidan, analista da Energy Aspects Ltd. De acordo com ele, se tratou apenas do primeiro pequeno passo para a China ganhar o status de regulador ativo dos preços para o petróleo.

    Os contratos futuros aparecerão na Bolsa de Energia Internacional de Xangai, declarou nesta sexta-feira (9) o porta-voz da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, Chang Depeng.

    A China é considerada o maior consumidor do petróleo no mundo, comprando aproximadamente 8,43 milhões de barris por dia para atender à demanda por parte de refinarias estatais e independentes. Além disso, a nação tem alocado milhões de barris para sua Reserva Estratégica de Petróleo.

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    China apoiará tecnologia de drones no transporte
    A China promoverá o uso de drones no setor de transporte para melhorar a eficiência, a segurança e a qualidade. "Atualmente, estamos fazendo planos para desenvolver a tecnologia e elaborando padrões técnicos", disse na quarta-feira o ministro do Transporte, Li Xiaopeng.

    Li acredita que os drones trazem brilhantes perspectivas para o transporte, à medida que já foram usados em setores como barcos autodirecionais e trânsito ferroviário automático. A pasta está construindo sites de teste para realizar mais pesquisas, segundo Li.

    O desenvolvimento do transporte na China é um dos objetivos definidos no 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China em outubro de 2017, se tornando uma prioridade da agenda do governo. A China pretende liderar o mundo em termos da qualidade e eficiência de transporte, inovação tecnológica e influência internacional.

     Bom Caráter
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    Empresas chinesas de tecnologia batem de frente com gigantes dos EUA

    Tencent, Xiaomi, Baidu e Alibaba são empresas chinesas que ameaçam o Facebook, Apple, Google e Amazon
    O país com o maior mercado do mundo está se mostrando não ser apenas um excelente local de manufatura (afinal, quantos produtos "Made in China" você já usou?), mas também uma maravilha para o desenvolvimento de novas tecnologias. Empresas chinesas criadas no país como Alibaba, Baidu, Tencent e Xiaomi já estão dominando o mercado chinês e agora se preparam para concorrer com players mundiais, inclusive dos Estados Unidos.

    Cinco das maiores empresas de tecnologia no mundo nasceram na Costa Oeste dos Estados Unidos (três delas no Vale do Silício!) -- e inovações continuam a surgir de lá todos os dias -, mas hoje já existem no mercado chinês quatro empresas para bater de frente com elas neste mercado, trazendo soluções e serviços semelhantes. Veja uma lista das maiores empresas dos EUA e seus concorrentes chineses:
    Facebook x Tencent
    O Facebook tornou-se a maior empresa de rede social do mundo mesmo sem estar disponível no país mais populoso do mundo: a China. Porém, justamente pela rede social não estar disponível no país, existem alternativas a rede social, a Tencent.

    A Tencent é o maior portal de serviços de internet da China. A empresa possui redes sociais, rede de pagamentos, aplicativos de entretenimento, informação, utilidades e até laboratório de inteligência artificial. Mas uma das grandes estrelas da empresa é o WeChat, um aplicativo de mensagens instantâneas no qual é possível inclusive realizar pagamentos.

    Valuation: A Tencent inclusive já ultrapassou o valuation do Facebook, quando atingiu o valor de US$ 550 bilhões.
    Amazon x Alibaba.com
    O Alibaba é o maior concorrente da Amazon no país asiático. A varejista possui um e-commerce que vende produtos variados e, assim como a Amazon, também está começando a conquistar espaço físico nas lojas. Além disso, o Alibaba possui o "AliPay" um serviço de depósito de pagamento online, que processa um grande número de transações na China.

    Além disso, o Alibaba permite que consumidores vendam produtos para outros consumidores (como no Mercado Livre) através do Taobao e que outras empresas vendam seus produtos através do TMall. Portanto, além de lidar com o próprio e-commerce, o Alibaba ainda domina o mercado trazendo ferramentas para que outras pessoas vendam.

    Hoje, a Amazon e o Alibaba competem mesmo fora do varejo -- assim como a Amazon tem a nuvem Amazon Web Services, o Alibaba possui a AliCloud.

    Valuation: A Alibaba possui, atualmente, o valor de US$ 483 bilhões.
    Google x Baidu
    O Baidu é um site de buscas na internet tal qual o Google. A gigante do Vale do Silício saiu do país em 2010, por negar filtrar os resultados pedidos pelo governo chinês, o que foi suficiente para o Baidu ganhar o mercado do país de vez. Hoje, o Baidu já lançou outros produtos além do buscador, como streaming de música e antivírus. O Google e o Baidu também concorrerão em outros setores pois ambas estão produzindo o próprio carro autônomo.

    Valuation: atualmente, o Baidu vale US$ 81 bilhões.
    Apple x Xiaomi
    A Apple produz o design e o conceito dos iPhones no Vale do Silício, mas as peças dos aparelhos são produzidas na China. Mas, além de peças, a empresa encontrou algo mais no país: um grande concorrente. A Xiaomi é uma das empresas líderes em smartphones no país, produzindo também outros dispositivos como smart home devices e wearables -- tal como a empresa de Steve Jobs. Segundo o Business Insider, a Xiaomi vendeu 92 milhões de celulares no ano passado -- um aumento de 75% em relação a 2016.

    Valuation: Até então, a Xiaomi possui o valuation de cerca de US$ 50 bilhões -- mas a empresa poderá realizar um IPO no segundo semestre deste ano e a estimativa é atingir um valuation de US$ 100 bilhões.

    Para conhecer de perto empresas como essas e startups estão revolucionando o mercado, estamos promovendo uma Missão para a China -- um período de imersão em aprendizado com os maiores empreendedores e empresas do país. O país concentra algumas das maiores inovações do planeta: por exemplo, mal se usa dinheiro físico ou cartão de crédito por lá. Paga-se tudo no celular! É uma revolução sem fim!

     Bom Caráter
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    China planeja lançar primeiro avião espacial da história
    Se lembra dos ônibus espaciais americanos? Então, prepare-se. A China está desenvolvendo algo muito mais moderno e ambicioso, uma aeronave capaz de decolar, entrar em orbita e pousar em qualquer pista. Sem auxílio de foguetes.

    De acordo com a agência chinesa de noticias, Xinhua, o projeto está sendo desenvolvido em parceria entre o governo e a empresa China Aerospace Science and Technology Corporation, CAST, e depois de pronto poderá transportar pessoas e cargas até o espaço antes de retornar à Terra.

    Na entrevista concedida à Xinhua, o pesquisador da CAST, Chen Hongbo, disse que além da capacidade de entrar em orbita o veículo também poderá voar normalmente como se fosse um avião. Para o cientista, a manutenção será muito simples, o que permitirá um aumento na frequência dos lançamentos.

    Segundo o comunicado da Xinhua, os esforços para a construção estão a todo o vapor e o primeiro lançamento deverá ocorrer já no ano de 2020.
    Tecnologia Secreta
    Embora tenha anunciado o desenvolvimento e construção do avião orbital, a maior parte dos detalhes do projeto não foi revelada, principalmente o modo pelo qual o artefato entrará em orbita. O que se sabe de concreto é que a tecnologia é um passo à frente no modo tradicional de propulsão empregado nas últimas décadas nos Space Shuttle americanos, no soviético Buran ou no avião militar estadunidense X-37B.

    Diferentemente desses modelos, que usam grandes foguetes para atingirem a orbita desejada, o avião espacial chinês poderá decolar e pousar na horizontal de modo tradicional ao empregado nas aeronaves, o que representa uma gigantesca economia de combustível.
    Difícil de Fazer
    Diversas empresas privadas dos EUA tentaram desenvolver aviões espaciais que decolam e aterrissem em uma pista comum, entre elas a Virgin Galactic, com seu SpaceShipTwo e XCOR, com o Lynx (cujo projeto está parado devido à falta de verbas). No entanto, esses projetos se concentraram em voos suborbitais. Para entrar em orbita, como propõe a China, é preciso muito mais energia para propulsão e é aí que estão os segredos não revelados.

     Mota Offspring
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    Isso de avião sem foguete é basicamente impossível, já que aviões precisam de oxigênio pra voar, quanto mais perto da órbita terrestre menos oxigênio você tem. O único avião a alcançar a órbita terrestre era lançado de outro avião a uma certa altitude e voava com auxílio de um foguete

    TPTK

     Bom Caráter
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    China exibe ascensão ‘pacífica, mas não passiva’
    País assume ‘centro do palco’ com diplomacia de Xi Jinping
    Pequim — “Seja discreto e espere o tempo certo.” Essas seriam, em tradução livre, as palavras usadas pelo líder chinês Deng Xiaoping para comandar o país mais populoso do mundo e deslanchar seu projeto de reformas econômicas nos anos 1980. Na política externa, a China também era discreta. De lá para cá, tornou-se a segunda maior economia do planeta — até 1991 era menor do que a brasileira.

    Hoje, o líder Xi Jinping garante que “chegou a hora de tomar o centro do palco mundial e contribuir mais para a Humanidade.” Nada que se pareça com a estratégia de fugir dos holofotes para preservar a China das críticas de fora enquanto não estivesse preparada para respondê-las.

    A regra tem sido rebater qualquer reação negativa à ascensão chinesa. Nos últimos dias, Pequim respondeu a todas as alfinetadas americanas, cada vez mais frequentes desde a eleição de Donald Trump. Na revisão de sua política nuclear, os EUA classificaram China e Rússia como “potências revisionistas”, e usaram esse argumento para anunciar a renovação do seu arsenal. Os chineses atribuíram a acusação a “uma mentalidade ultrapassada do tempo da Guerra Fria”.

    Pouco antes, Pequim havia respondido a declarações do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que alertou os países da América Latina para o “imperialismo chinês”.

    — A alegação dos EUA é contrária aos fatos e mostra desrespeito à maioria dos países latino-americanos — disse a porta-voz da Chancelaria Hua Chunying, usando números da Organização Internacional do Trabalho para mostrar que empresas chinesas criaram 1,8 milhão de empregos na região.

    Outro porta-voz, Geng Shuang, chamou de “sem fundamento e altamente irresponsáveis” as declarações do Tesouro americano de que a China estava apoiando o governo do venezuelano Nicolás Maduro com empréstimos vultosos em troca de petróleo. Geng disse que a cooperação com a Venezuela é conduzida por instituições financeiras e empresas “segundo as regras de mercado”. O país é hoje um dos maiores credores venezuelanos.
    ALÉM DO IMPÉRIO DO MEIO
    Uma China mais confiante quer o reconhecimento do seu novo status. O movimento é visto com desconfiança por outras nações do mundo, que se perguntam sobre as verdadeiras intenções por trás de conceitos que parecem estender os tentáculos chineses muito além das fronteiras do Império do Meio.

    O ambicioso projeto de centenas de bilhões de dólares de investimentos em infraestrutura “Um cinturão, uma rota”, conceito incluído na constituição do Partido Comunista em 2017, tem por objetivo promover investimentos e programas de desenvolvimento chineses mundo afora. É uma versão turbinada da antiga Rota da Seda, agora cobrindo uma área que vai da Ásia à Europa, passando pelo Ártico e até mesmo o espaço.

    Como disse ao GLOBO um diplomata experiente que acompanha o país há anos, antes os chineses procuravam não chamar atenção para o fato de que se tornaram um país poderoso. Agora já não há como esconder o panda obeso atrás do pequeno arbusto. Segundo ele, “os chineses tentam passar a mensagem de que ainda são uma potência pacífica, mas não passiva”.

    Os EUA ainda não saberiam bem como lidar com o “fato irreversível” da ascensão chinesa, e o mesmo acontece com outros países. É crescente a estratégia de contenção contra a qual a China tenta defender-se. Mas a avaliação do diplomata é que, embora mais assertivos, os chineses não se exaltam nem dão o troco na mesma moeda. Os recados costumam ser dados pelos jornais estatais em língua estrangeira, como o “China Daily”. Neles, a atuação externa de Xi ganha destaque. Nas entrevistas coletivas realizadas no salão do Centro de Imprensa Internacional do Ministério das Relações Exteriores, os porta-vozes não deixam nada sem resposta, a não ser que queiram. As coletivas passaram a ser diárias em setembro de 2011. Antes disso, aconteciam duas vezes por semana.

    Para o diretor de Pesquisa do centro de estudos China Policy, David Kelly, não se pode analisar a política externa chinesa de maneira binária. Segundo ele, há um conjunto de narrativas, as “Sete Chinas”, que influenciam o posicionamento do país no cenário global. A crise financeira de 2008 deu novo fôlego à narrativa que ele chamou de “sobrevivente soberano”.

    — O colapso do bloco comunista foi seguido de uma crise inesperada nas economias capitalistas liberais. Mais do que um modelo sobrevivente, o “modelo chinês” seria capaz de se mostrar mais eficiente e socorrer a ordem mundial neoliberal — pontuou Kelly.

    Outro diplomata baseado em Pequim acredita que é cedo para dizer que a China do futuro será expansionista, embora o país veja uma oportunidade no vácuo de poder deixado pelos EUA em temas como mudança climática e globalização, e queira ter a palavra nas principais questões da geopolítica. Ele lembra que, diferentemente do Japão, a China não tem histórico de expansionismo na região.

     Bom Caráter
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    Eurasia, o supercontinente que definirá nosso século
    Nos últimos anos, as autoridades chinesas assumiram cada vez mais essa tarefa e, com a Belt and Road Initiative, um projeto de desenvolvimento de ambição incomparável, eles pretendem estar firmemente no controle. Abrangendo cerca de 70 países e com investimentos chegando a US$ 4 trilhões, a iniciativa destina-se deliberadamente a remodelar a ordem política e econômica global .O comércio da China com países ao longo da Belt and Road vem aumentando 17,8% ano-a-ano.
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     Channer
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    EUA está ficando pra trás.
    O problema é que até agora não vi nenhuma melhora nos setores onde os Chineses já estão ativos aqui no Brasil, talvez a política atual não esteja ajudando muito.

     Bom Caráter
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    Governo dos EUA pede que cidadãos não usem celulares chineses
    Companhias chinesas foram acusadas de espionagem; recomendação foi dada durante comitê por diretores de instituições como FBI, CIA e NSA

    As agências de inteligência dos Estados Unidos aconselharam os cidadãos norte-americanos a não utilizarem serviços e produtos das marcas chinesas. A recomendação foi dada durante um comitê de inteligência do Senado por diretores de instituições como FBI, CIA e NSA.

    "Estamos profundamente preocupados com os riscos de permitir que qualquer companhia ou entidade comprometida com governos estrangeiros que não compartilham nossos valores ganhem posições de poder dentro de nossas redes de telecomunicações", disse o diretor do FBI, Christopher Asher Wray.

    Para ele, utilizar celulares chineses proporcionaria às empresas e ao governo chinês a capacidade de alterar informações, e até mesmo espionar as pessoas nos EUA. Mas, o governo de Pequim rebateu acusando os Estados Unidos de protecionismo.

    A Huawei, em setembro do ano passado, ultrapassou a Apple e começou a ocupar a segunda posição da maior fabricante de smartphones do mundo, ficando atrás apenas da Samsung. Porém, a empresa nunca conseguiu chegar ao mercado norte-americano, devido à "hostilidade" do governo americano com as fabricantes chinesas.

    Alguns legisladores dos EUA estão pensando em criar um projeto de lei para proibir que americanos usem aparelhos chineses.

    "Hoje, o foco de minha preocupação é a China, especificamente, as telecoms chinesas que têm amplos vínculos com o governo chinês", afirmou o senador Richard Burr, presidente do Comitê de Inteligência do Senado.

    Depois de todo o rumor, a Huawei falou em nota que é vista como uma empresa confiável por governos e diversos clientes. E de que não apresentaria risco de segurança.

     Bom Caráter
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    China reinventa a forma de comprar no supermercado
    Os caixas desaparecem para dar lugar aos pagamentos automáticos pelo celular. Carros que seguem o cliente e esteiras rolantes que transportam os pedidos já fazem parte do cenário

    Ele é chamado de new retail (novo comércio), e dizem que é o futuro. Os gurus que buscam a fórmula perfeita para reinventar as lojas duradouras estão convencidos de que os negócios off-line só sobreviverão se conseguirem se integrar aos canais on-line e oferecer experiências que a internet não pode reproduzir. Em suma, não tem sentido ir às compras no supermercado – um dos estabelecimentos que mais vão mudar nos próximos anos – se tudo o que existe nas prateleiras pode ser adquirido através de um aplicativo que nos poupa de sair por aí carregando sacolas.

    Ninguém duvida que a China está na vanguarda nessa área. A Amazon também atua forte, mas o gigante asiático está um passo à frente. O extraordinário desenvolvimento dos pagamentos móveis, somado à grande penetração dos smartphones e ao insaciável apetite da população por todas as novidades, fez com que diferentes estabelecimentos redefinissem, de uma maneira ou de outra, o processo de compra. Alibaba e JD estão entre os mais inovadores, mas nesse campo também jogam redes tradicionais, como os supermercados Carrefour, Olé e City Shop.

    Os estabelecimentos da Hema, pertencentes ao Alibaba e inaugurados em 2015, são os mais veteranos do setor e servem para ver como será o futuro mais imediato. À primeira vista parecem supermercados comuns, mas os clientes logo descobrem que não são. O espaço destinado aos produtos à venda, por exemplo, é muito menor que em outras lojas tradicionais. A empresa decidiu que é melhor dedicar grande parte de sua superfície a pequenas ilhas temáticas onde os clientes podem degustar o produto.
    Há um pequeno bar que serve cerveja, uma esquina de cafés administrada pela Starbucks e várias cozinhas onde vários cozinheiros preparam alimentos que o cliente quiser comer ali mesmo. Para isso, só é preciso pagar uma pequena taxa extra, calculada segundo o tipo de prato e o peso. O meio quilo sai no máximo por 30 yuans (cerca de 15 reais). Os mariscos são os favoritos do público chinês, mas lá é possível comer de tudo: de sopa de macarrão até um bife.

    “Antes, costumávamos ir a pequenos restaurantes perto do escritório, mas descobrimos que aqui o produto é melhor, fresco e muitas vezes importado, e o preço é mais baixo”, diz a jovem Huang, que foi com colegas da sua empresa comer numa filial da Hema que o Alibaba abriu no bairro Changning, em Xangai. “Os mariscos estão vivos, e cada um escolhe o que quer vendo o produto. Não como nos restaurantes, onde você não sabe bem o que te servem.”

    Além dessa vantagem sobre as vendas tradicionais, a Hema oferece três tipos de compra. Primeiro, pode-se comprar à moda antiga, pegando os produtos das prateleiras e levando-os num carrinho até o caixa de autoatendimento, embora só seja possível pagar através do aplicativo do supermercado, que está ligado à conta de pagamentos eletrônicos da Alipay. O cliente também pode comprar de casa através do app, e um entregador leva o pedido em menos de 30 minutos – desde que o domicílio esteja no máximo a três quilômetros de distância. E, finalmente, pode-se optar por um modo híbrido, em que você escolhe o produto no supermercado, mas compra através do aplicativo escaneando os códigos de barra, que abrem sites com informações detalhadas sobre o que será adquirido. Os dados ficam registrados na conta de cada consumidor, e o aplicativo os utiliza em visitas posteriores para recomendar produtos que se ajustam ao gosto do usuário.

    Todo o sistema confere ao estabelecimento um ar de ficção científica que muitos não hesitam em capturar com seus celulares.

    O JD.com, principal competidor do Alibaba, contra-atacou com sua própria linha de supermercados, a 7Fresh, cujo diferencial são carrinhos de compra que seguem automaticamente o cliente, sem que este precise empurrá-los. O Carrefour também se juntou a essa transformação, mas de forma tímida, introduzindo pequenos espaços com mesas e cadeiras onde oferece wi-fi grátis. Em qualquer caso, até o momento é evidente que a Hema está na vanguarda, com 25 estabelecimentos em sete cidades e um plano de expansão muito agressivo: só neste ano, abrirá 30 novos supermercados em Pequim, e seu objetivo é chegar a gerir 2.000 em todo o território.
    Graças a esse impulso, a empresa de consultoria Analysys prevê que em 2019 as vendas dos supermercados on-line vão disparar na China, atingindo 45 bilhões de euros (180 bilhões de reais). Um salto de gigante, quando se considera que o setor faturou 11,7 bilhões de euros (47 bilhões de reais) em 2016. Até agora, 7% dos chineses urbanos já fazem suas compras de supermercado pela internet. E o número cresce rapidamente, de forma proporcional à expansão desses novos comércios.
    Segundo cifras do próprio Alibaba, durante os dois primeiros anos de operação da Hema seus usuários fizeram em média 4,5 compras por mês. E, entre os usuários que abriram o aplicativo da rede, a taxa de conversão foi especialmente alta: 35% acabaram comprando algo. No total, os pedidos on-line superam a taxa de 50% e chegam a até 70% nos estabelecimentos mais antigos. “As pessoas desfrutam muito mais aqui do que num supermercado convencional. Comprar aqui é divertido e se torna algo que você inclusive pode fazer com amigos. Não se trata de ir enchendo uma cesta de compras, mas de se divertir fazendo isso”, resume um funcionário.

     Bom Caráter
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    A China sabe muito sobre o Brasil e o Brasil sabe muito pouco sobre a China
    Com a ascensão da China, o Brasil terá que navegar em um cenário geopolítico novo, para o qual ainda não está preparado.

    Os presidentes do Brasil e da China, Michel Temer e Xi Jinping, em Hangzhou
    O debate sobre a China nas capitais no Ocidente está passando por uma transformação sem precedentes. Os otimistas com as consequências da ascensão da China — os chamados panda huggers, que dominaram o debate público desde a década de 1990 — estão perdendo espaço para os China hawks, para os quais o Ocidente precisa adotar uma estratégia de defesa muito mais dura contra a crescente influência chinesa.

    Duas publicações recentes simbolizam essa mudança. Na Alemanha, o relatório Authoritarian Advance: Responding to China’s Growing Political Influence in Europe ("Avanço Autoritário: Respondendo à Influência Política Crescente da China na Europa", em tradução livre), publicado pela MERICS e pela GPPi, dois importantes think tanks em Berlim, argumenta que as tentativas de Pequim de influenciar a política europeia e a promoção dos ideais autoritários chineses "representam um desafio significativo para a democracia liberal, bem como os valores e interesses da Europa".

    Nos Estados Unidos, Kurt Campbell e Ely Ratner, dois ex-diplomatas de alto escalão, publicaram na revista Foreign Affairs o artigo The China Reckoning: How Beijing Defied American Expectations ("Fazendo um balanço: como Pequim desafiou as expectativas dos EUA", em tradução livre). Nele, os autores argumentam que a política dos EUA em relação à China desde a Segunda Guerra Mundial foi irremediavelmente ingênua e que Pequim acabou levando vantagem sobre Washington.

    Na Austrália, o governo endureceu as regras para investimentos estrangeiros em terras agrícolas e infraestrutura energética, em resposta à crescente influência econômica chinesa e à divulgação de dados sobre doações eleitorais de empresários ligados ao governo chinês antes das eleições em 2016. Em um gesto dramático, o primeiro-ministro australiano criticou a China (o maior parceiro comercial da Austrália e o maior investidor no país) por sua interferência. Na televisão australiana, invocou, em mandarim, um famoso slogan chinês associado a Mao Tse Tung para declarar que o povo australiano "se levantará" contra a intromissão em seus assuntos domésticos. Veremos discursos e medidas parecidas de governos no Ocidente ao longo dos próximos anos, como o banimento de financiamento político estrangeiro, aumento do monitoramento de investimentos chineses (sobretudo em áreas sensíveis, como infraestrutura e mídia), e maior ênfase em cibersegurança para evitar ingerência externa, como visto nos Estados Unidos durante as eleições de 2016.

    O crescente papel econômico da China também é uma realidade irrefutável no Brasil. Dependemos cada vez mais da demanda chinesa de commodities, dando-lhe influência econômica e política sem precedentes. O Brasil tem pouca escolha além de operar dentro dessas restrições estruturais. A questão não é aceitar ou rejeitar essa realidade de crescente dependência, mas como gerenciá-la para que ela beneficie os nossos interesses estratégicos.

    As crescentes tensões entre China e o Ocidente terão um grande impacto sobre a ordem global, e o Brasil pode tirar lições importantes dos episódios descritos acima, se o país aprender a navegar nesse novo ambiente geopolítico fortemente influenciado por Pequim. No entanto, em uma recente reunião, em Brasília, entre especialistas em China, participantes do governo, do mundo acadêmico e do setor privado concordaram abertamente que o Brasil não tinha uma estratégia clara em relação ao novo cenário. Isso ocorre em parte porque os desafios domésticos atualmente reduzem a margem de manobra do Brasil no domínio da política externa. No entanto, uma razão mais preocupante é que a natureza fundamental dos laços Brasil-China hoje é uma das mais profundas assimetrias do conhecimento: a China sabe muito sobre o Brasil, enquanto o Brasil sabe muito pouco sobre a China.

    Pequim investe sistematicamente na formação de uma elite de analistas com uma compreensão sofisticada do Brasil — incluindo metas precisas sobre quantos chineses devem aprender português. O Brasil, por sua vez, não possui uma estratégia comparável. De quantos sinólogos o país precisará nas próximas décadas? Quantos estudantes brasileiros devem ter passado pelo menos um semestre em universidades chinesas? Qual o número desejável de turistas chineses no Brasil em médio prazo?

    Essa assimetria já tem consequências. Hoje em dia, é comum que um ministério em Brasília descubra que um interlocutor chinês interessado em um grande projeto de infraestrutura já esteve, paralelamente, em contato com o Itamaraty, o Planalto, agências reguladoras e vários governadores estaduais para alcançar seus objetivos, sem que houvesse algum tipo de coordenação entre as entidades brasileiras. Isso permite que os investidores chineses operem no Brasil e busquem negócios de forma que um investidor brasileiro na China jamais poderia.

    Qualquer estratégia coerente do Brasil para lidar com a China deve começar por investir fortemente para superar essa assimetria de conhecimento. Isso envolve programas de intercâmbio em larga escala para estimular a formação de sinólogos, investimento público para pesquisas independentes sobre a China e, possivelmente, o desenvolvimento, dentro da carreira diplomática, de um segmento de profissionais exclusivamente dedicados àquele país.

    Gerenciado adequadamente, o relacionamento bilateral pode trazer muitos benefícios. A ascensão chinesa oferece oportunidades para aproveitar suas imensas reservas financeiras para as prioridades brasileiras de investimento — acima de tudo, para modernizar a infraestrutura do Brasil, um grande obstáculo à competitividade do país no mercado global. É evidente que isso também requer estabelecer regras claras para evitar problemas semelhantes aos apontados pelo primeiro-ministro australiano. Porém, se o Brasil alcançar uma compreensão profunda da China — não só no Ministério das Relações Exteriores, mas também em universidades, ONGs, empresas, governos estaduais e municipais — o país poderá extrair o melhor de um mundo em que os chineses têm papel central.

     Prox
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    Eu queria fazer mestrado em relações internacionais com foco nas relações entre Brasil e China

     Bom Caráter
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    China ameaça EUA com guerra comercial por causa de tarifas sobre aço e alumínio

    Administração Trump pondera taxar as importações de aço e alumínio da China, alegando motivos de segurança nacional. Por seu lado, as autoridades chinesas ameaçam com represálias, nomeadamente sobre o produto agrícola que os EUA mais importam da China: a soja.

    Perante a autorização concedida à Administração de Donald Trump para impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, nos Estados Unidos da América (EUA), alegando motivos de segurança nacional, a República Popular da China ameaça retaliar, fazendo antever uma guerra comercial entre as duas superpotências económicas.

    Na sexta-feira, dia 16 de fevereiro, Wilbur Ross, secretário do Comércio dos EUA, sugeriu a possibilidade de introduzir uma tarifa global de pelo menos 24% às importações de aço e 7,7% às de alumínio. Ross invocou então vários estudos comerciais que indicam que “o aumento das importações nos últimos anos [de aço e alumínio] supõe uma ameaça à segurança nacional”, salienta o jornal “Financial Times”.

    Por seu lado, Wang Hejun, membro do Ministério do Comércio da China, considera que seria imprudente aplicar tarifas por alegados motivos de segurança nacional. “A margem de segurança nacional é muito ampla e pode-se abusar do conceito, se não houver uma definição clara”, alertou o dirigente chinês. “Se a decisão final dos EUA ameaça os interesses nacionais tomaremos as medidas oportunas para proteger os nossos direitos legítimos”, garantiu.

    http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... nio-271763

     Prox
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    China é folgada demais, tá loco. Sempre praticaram dumping de aço e alumínio, agora que regularizam o preço (depois da quebra de várias concorrentes) fica insatisfeita pela tarifação.

    Fora que não tem problemas de escoamento e comercialização dessa matéria-prima, a China é uma grande consumidora desse tipo de produto

     Bom Caráter
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    Prox escreveu: China é folgada demais, tá loco. Sempre praticaram dumping de aço e alumínio, agora que regularizam o preço (depois da quebra de várias concorrentes) fica insatisfeita pela tarifação.

    Fora que não tem problemas de escoamento e comercialização dessa matéria-prima, a China é uma grande consumidora desse tipo de produto
    Os empresários brasileiros também querem que o Temer taxe os produtos
    chineses, eles dizem que os chineses vendem abaixo do preço de custo

     Prox
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    Alho deles entrou aqui praticamente sem taxas, custando R$ 0,20 o kg. As associações associadas a produção de alho divulgaram umas notas oficiais dizendo que o produto deles está contaminado por metais pesados e substâncias tóxicas, mesmo assim continua entrando bastante.

     Channer
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    O modelo político chinês ajuda bastante a eles comprarem e venderem o que quiserem.

     Judeu Anti-Globalista
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    Lipão escreveu:
    Sudit S2 TaeYeon escreveu: Essa conquista de Marte é uma furada, principalmente com a tecnologia atual.

    Pisa lá e vai voltar como?
    Vão fazer tanto marketing, incluindo aquele "turismo marciano", para no final o maximo que conseguirem fazer é dar uma volta pela orbita do planeta e retornar.

    Assistem muitos filmes, se exaltam demais, e esquecem de trabalhar naquilo que realmente importa, que é um meio de propulsão para fora da atmosfera sem a necessidade de milhares de toneladas de combustivel.
    Meu deus
    Você só fala merda
    Uma metralhadora de merda

     Bom Caráter
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    Merkel alerta contra influência da China nos Balcãs

    A chanceler alemã Angela Merkel advertiu esta quarta-feira a China que não deve relacionar os seus investimentos nos Balcãs com questões políticas, num momento em que Pequim é suspeito de pretender alargar por essa via a sua influência na Europa.

    "Somos pelo livre comércio", sublinhou a chanceler alemã durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro macedónio, Zoran Zaev, em Berlim.

    "No entanto, deve ser recíproco", considerou Merkel. "Nas relações com a China, é muito importante que a abertura não surja apenas de uma parte, mas de todas as partes", precisou.

    Por outro lado, procurar ligar as relações comercias "com questões políticas, não entendo que seja uma contribuição para o comércio livre", frisou a chanceler.

    Merkel fez uma óbvia referência à iniciativa chinesa "Novas rotas da seda", um colossal projeto de investimentos em infraestruturas com destino à Europa, e que tem suscitado receios sobre um aumento da influência política do regime comunista no continente europeu.

    Entre os alvos, diversos países do leste e do sul do continente, dispostos a aceitar o dinheiro dos chineses, incluindo em setores estratégicos, como a Grécia que vendeu o porto do Pirei no âmbito das privatizações exigidas pelos credores europeus em troca de um resgate financeiro.

    Contudo, Merkel não precisou o que entendia por indesejável influência política chinesa nas relações comerciais.

    No entanto, diversos líderes europeus ocidentais parecem recear que os países dos Balcãs que beneficiem de investimentos chineses estejam de seguida mais propensos a defender os interesses de Pequim no interior da União Europeia (UE), essencialmente sobre a questão do comércio.

    O projeto das "Novas rotas da seda" também esteve no centro da recente visita à China do Presidente francês Emmanuel Macron. Na ocasião, sublinhou que "certos países estão mais abertos aos interesses chineses, por vezes em detrimento de um interesse europeu".

    Paris sublinhou a necessidade de uma posição comum face a Pequim entre os países da UE dispostos a privilegiar o interesse europeu face ao seu interesse nacional a curto prazo.

    https://www.dn.pt/mundo/interior/merkel ... 34733.html

     Will-lliW
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    agora que acordaram para o perigo da China?

    Depois de abrirem as pernas pra esse país fdp?
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