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    Por que o povo chinês ama tanto o Partido Comunista da China ?
    Recentemente, por preconceito ideológico e mentalidade de Guerra Fria, alguns políticos norte-americanos tentaram “separar” o Partido Comunista do povo chinês, com a intenção de realizar “ataques de precisão”, ou aproveitar a oportunidade para criar confrontos e semear a discórdia. A razão pela qual essas pessoas são tão insanas é que a sua ignorância e estupidez fazem com que elas não saibam e nem compreendam a relação especial entre o povo chinês e o PCC de compartilhar alegria e tristeza, glória e vergonha, vida e morte. Gostaria de aproveitar este artigo para completar as lições ausentes destes políticos e ajudá-los a entender por que o povo chinês ama tanto o PCC, e conter suas ilusões ilógicas !

    Primeiro, desde o seu nascimento, há quase 100 anos, o Partido Comunista sempre exerceu à sua aspiração original e missão de buscar a felicidade para o povo chinês e o rejuvenescimento para a nação chinesa. Não importa quais dificuldades e reviravoltas passem, isso nunca mudará ! Esta é a razão fundamental pela qual o PCC conseguiu aumentar de dezenas de membros no início para mais de 93 milhões atualmente, criando uma causa gloriosa sem paralelos. Diferente dos partidos ocidentais, o PCC não tece “política partidária”, e serve como representante leal dos interesses e vontades do povo chinês, sem interesses privados próprios. A causa do PCC é a causa do país e do povo. O PCC defende firmemente os interesses do povo chinês e nunca permitirá a formação ou existência de qualquer força ou grupo especial que viole os interesses do povo na China. O PCC vem do povo, conta com o povo, se conecta ao povo, acredita no povo, protege e serve o povo. Bem como diz o secretário-geral Xi Jinping, “o Partido Comunista coloca o povo no centro”.



    Essencialmente, o PCC é uma parte da população chinesa, mais avançada e mais capaz de assumir a responsabilidade de liderar as diversas causas, isto é, o PCC e o povo são integrados internamente. Se compararmos os 1,4 bilhão de chineses a um corpo enorme, o PCC é o seu cérebro e a sua alma, impossível de serem separados um do outro !

    Segundo, sob a liderança do PCC, o povo chinês encontrou um caminho de desenvolvimento que melhor corresponde às condições nacionais chinesas, que é o mais propício para resolver os problemas reais da China, que tem maior vantagem sistemática e que trará mais benefícios para a nação chinesa.

    Este é o caminho do socialismo com características chinesas, que já demostrou perspectivas brilhantes. Na história moderna, a fim de alcançar a independência e prosperidade do país, bem como a liberdade e libertação do povo, tentaram-se vários projetos na terra da China, mas acabaram fracassando. As práticas históricas comprovam que só o socialismo foi capaz de salvar a China, libertar realmente a nação dos insultos e opressões de outros países, realizando a independência e libertação nacional. Só o socialismo pôde levar a nação chinesa ao renascimento, para erguer-se orgulhosamente entre as nações mundiais. Só o socialismo conseguiu trazer dignidade e felicidade ao povo chinês, e torná-lo dono do país e mestre do seu próprio destino. Sem a orientação, liderança e luta do Partido Comunista, e sem o apoio, contribuição e sacrifício do povo chinês, é impossível encontrar este caminho brilhante. Portanto, este caminho foi explorado e aberto, à custa de sangue, pelo povo chinês, sob direção do Partido Comunista.

    No processo de construção conjunta de uma bela pátria e no caminho em direção ao futuro da nação, o partido e o povo chinês confiam e dependem um do outro cada vez mais.

    Terceiro, mantendo sempre a sua aspiração original e missão em mente, o partido luta junto com o povo e cria um milagre sem paralelo no mundo. Sob a liderança do partido, o povo chinês expulsou as potências imperialistas, derrubou os regimes dos caudilhos feudais e fundou a sua própria república. O povo chinês não apenas “se levantou”, mas vem enriquecendo passo a passo. A China já é a segunda maior economia do mundo e o maior país manufatureiro. A China tirou 800 milhões de pessoas da pobreza e eliminará a pobreza absoluta em todo seu território até o final deste ano, tornando-se a primeira nação em desenvolvimento a atingir a meta de “erradicação da pobreza” da ONU. Foi estabelecido o sistema de seguro médico universal na China, que está se desenvolvendo continuamente em direção à alta qualidade.

    A expectativa média de vida já excedeu 76 anos e continua subindo. A taxa de matrícula na educação obrigatória das crianças chinesas se aproxima de 100%, enquanto no ensino superior ultrapassou 51%, entrando na fase de popularização, com mais de oito milhões de graduados anualmente, em 2019 e em 2020. A sabedoria e a criatividade do povo chinês são desempenhadas completamente, tendo alcançado êxitos de renome mundial em muitas áreas científicas e tecnológicas, entre os quais alguns estão em uma posição pioneira no mundo. Sem precedentes, a China tornou-se o primeiro país a controlar a Covid-19, baixando ao mínimo os danos causados à vida e à saúde do povo, assim como conseguiu recuperar com sucesso a economia antes dos outros países. Tudo isso comprova a firmeza e grandeza do Partido Comunista, que realmente se preocupa com o povo !

    Quarto, o partido tem coragem e sabe bem realizar auto revolução, possui poderosas capacidades de auto purificação, autocorreção e autoaperfeiçoamento, e, por tanto, tem a combatividade e vitalidade muito mais fortes do que os partidos ocidentais, contando com um futuro grande e sem limite. O comunismo chinês persiste na procura da verdade, com base nos fatos, e conecta a teoria às práticas, evitando rigidez dogmática e conservadorismo. O partido persiste na democracia popular, aceita modestamente a supervisão do povo e mantém a sua aspiração original e missão, bem como a sua característica popular, avançada e contemporânea, através das construções consistentes de política, organização, estilo, disciplina e instituição.

    O partido toma medidas organizacionais a tempo para com os membros degenerados, corruptos, com arbítrio fraco e sem convicção, a fim de garantir sua própria pureza. O partido mantém-se sempre modesto, evitando arrogância e precipitação, e atribui importância a aprender os méritos dos outros. O Partido persiste na reforma e inovação, nunca parou de seguir em frente, para acompanhar os tempos tanto na teoria quanto na prática. Sendo um partido enraizado no povo, que se dedica totalmente à conquistar méritos e buscar benefícios a favor do povo, com espírito empreendedor tão forte, é impossível que o partido não possua apoio, amor e confiança sinceros do povo chinês !

    Podemos dizer que o Partido Comunista é o grande salvador, guia e guardião do povo chinês, enquanto este é a base e a fonte de força para a sobrevivência e o desenvolvimento do comunismo. Ninguém é capaz de separá-los !

    http://portuguese.people.com.cn/n3/2020 ... 32432.html

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    Como Zuckerberg se aliou a Trump para tentar barrar o TikTok
    Executivo conversa com senadores sobre a gigante chinesa e discute tema em jantares com Donald Trump

    Quando o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, fez um discurso sobre a liberdade de expressão em Washington, também tinha outra intenção: alertar sobre a ameaça das empresas de tecnologia chinesas e, mais especificamente, o aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok.

    No discurso, uma frase apontava para o rival em ascensão da big tech. Zuckerberg disse aos alunos de Georgetown que o TikTok não compartilha o compromisso do Facebook com a liberdade de expressão e representa um risco para os valores e a supremacia tecnológica dos Estados Unidos.

    Zuckerberg martelou essa mensagem nos bastidores em reuniões com autoridades e legisladores durante a viagem que fez em outubro de 2019 e em outra visita a Washington semanas antes, de acordo com as fontes do jornal The Wall Street Journal.

    Em um jantar privado na Casa Branca no final de outubro, Zuckerberg argumentou ao presidente Donald Trump que a ascensão das empresas chinesas de internet ameaçava a economia americana e deveria ser uma preocupação maior do que controlar o Facebook, disseram algumas dessas pessoas.

    Zuckerberg discutiu especificamente o TikTok em reuniões com vários senadores, de acordo com pessoas familiarizadas com as reuniões. No final de outubro, os senadores Tom Cotton (republicano, de Arkansas) —que se encontrou com Zuckerberg em setembro— e Chuck Schumer (democrata, de Nova York) escreveram uma carta a autoridades de inteligência pedindo um inquérito sobre o TikTok.

    O governo iniciou uma revisão da segurança nacional da empresa logo depois e, na primavera, Trump começou a ameaçar banir totalmente o aplicativo. Neste mês ele assinou uma ordem executiva exigindo que o proprietário chinês da TikTok, a ByteDance Ltd., se desfaça de suas operações nos Estados Unidos.

    Poucas empresas de tecnologia têm tanto a ganhar quanto o Facebook com as dificuldades da TikTok, e a gigante das redes sociais tem atuado ativamente para levantar preocupações sobre o aplicativo popular e seus proprietários.

    Além da ação pessoal e das declarações públicas de Zuckerberg sobre a concorrência chinesa, o Facebook criou um grupo de defesa, chamado American Edge, que começou a veicular anúncios exaltando as empresas de tecnologia dos EUA por suas contribuições para o poderio econômico, a segurança nacional e a influência cultural do país.

    E o Facebook em geral, no primeiro semestre deste ano, gastou mais em lobby do que qualquer outra empresa, de acordo com dados do Center for Responsive Politics (Centro para Políticas Reativas). Em 2018, em comparação, ficou em oitavo lugar entre as empresas, segundo dados do centro.

    Não foi possível determinar exatamente que papel os comentários de Zuckerberg tiveram na maneira como o governo lidou com o TikTok. Uma porta-voz do senador Cotton disse que seu gabinete não comenta as reuniões do legislador.

    Os comentários do presidente-executivo em Washington sobre o aplicativo chinês foram vinculados à campanha do Facebook para conter as ameaças regulatórias e antitruste, enfatizando a importância do Facebook para o predomínio tecnológico dos EUA, disse ele.

    "Nossa visão da China é clara: devemos competir", disse Stone em um comunicado por escrito. "À medida que as empresas e a influência chinesas vêm crescendo, também aumenta o risco de uma internet global baseada em seus valores, em oposição aos nossos."

    O TikTok conquistou mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos e se tornou a maior ameaça ao domínio do Facebook nas redes sociais.

    O destino do TikTok está indefinido. Com o prazo do governo Trump se aproximando, a Microsoft disse que está negociando para comprar as operações da TikTok nos Estados Unidos, e pelo menos dois outros grupos estariam rodeando, que seriam Twitter e Oracle.

    A opinião pública chinesa se voltou contra Zuckerberg por causa de seus comentários recentes, incluindo uma audiência no Congresso dos EUA em julho sobre concorrência, na qual ele disse que está "bem documentado que o governo chinês rouba tecnologia de empresas americanas".

    O Global Times, publicação ligada ao Partido Comunista, disse nesta semana que Zuckerberg já foi considerado "o genro do povo", mas que suas ações recentes sugerem que ele está disposto "a deixar de lado a moralidade para obter lucro".

    No discurso de outubro em Georgetown, Zuckerberg descreveu o TikTok como incompatível com os valores americanos: "No TikTok, o aplicativo chinês que está crescendo rapidamente em todo o mundo, as menções a protestos são censuradas, mesmo nos Estados Unidos. Essa é a internet que queremos ?", disse Zuckerberg.

    Dias depois, ele reiterou suas preocupações sobre a China durante o jantar na Casa Branca com Trump, o genro do presidente, Jared Kushner, e o membro do conselho do Facebook Peter Thiel, que é um apoiador de Trump, segundo pessoas informadas sobre a conversa.

    A equipe de Zuckerberg também entrou em contato com congressistas que são duros com a China, de acordo com fontes internas. Ele perguntou por que a TikTok deveria ter permissão para operar nos Estados Unidos, quando muitas empresas americanas, incluindo a sua própria, não podem operar na China.

    Em novembro, o senador republicano Josh Hawley, do Missouri, que também se encontrou com Zuckerberg em setembro, disse em audiência que o TikTok ameaça a privacidade das crianças americanas. "Para o Facebook, o medo é perder participação no mercado de redes sociais", disse ele. "Para nós todos, o medo é um pouco diferente."

    Kelli Ford, porta-voz de Hawley, disse que as preocupações do senador com o TikTok são anteriores à reunião com Zuckerberg. "O Facebook recentemente deu o alarme sobre a tecnologia baseada na China como uma tática de publicidade para ampliar sua própria reputação", disse ela.


    https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... ktok.shtml

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    Hospital pediátrico na China terá quadra de basquete e jardins sobrepostos no telhado
    Objetivo é conectar o edifício ao parque em seu entorno e criar um ambiente que não seja intimidador para as crianças
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    O novo Hospital Infantil e Edifício de Ciências e Educação de Shenzhen, na China, será construído com foco total nos jovens pacientes: assim que avistarem o local, as crianças poderão ver um telhado verde com jardins sobrepostos que terá muitas áreas para brincadeiras, incluindo até uma quadra de basquete! Tudo isso foi planejado pelo escritório B+H Architects não só para um maior conforto e bem-estar dos pequenos, mas também para enfatizar a conexão do hospital com o parque Lianhuashan, que fica nas imediações do terreno. O objetivo é estimular a conexão com a natureza e criar um ambiente médico que seja o menos intimidador possível.
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    As novas instalações serão conectadas ao prédio já existente do hospital, que data de 1998, por meio de uma ponte suspensa. O novo edifício terá também instalações de pesquisa, além das alas de tratamento. A estrutura do prédio de 13 andares foi inspirada também na paisagem montanhosa da região, de forma que os jardins do telhado foram construídos em níveis diferentes, criando um formato que lembra o da montanha LianHua, visível à distância. Já a fachada terá um revestimento com formas geométricas em tons de verde, para evocar as folhas das árvores.
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    O interior do projeto foi pensado para otimizar o dia a dia da equipe e agilizar os tratamentos. Como é de praxe em hospitais, ambulatórios ficarão no térreo, enquanto os espaços destinados à pesquisa, à equipe e as salas de internações se localizarão nos pavimentos superiores. A alas de pesquisa ficarão próximas às salas de internação, para que os resultados saiam dos laboratórios e cheguem aos paciente o mais rápido possível. Isso sem mencionar o átrium no salão térreo principal, que terá um playground com uma escultura de madeira em formato de árvore, que promete entreter bastante as crianças enquanto concluem seus exames ou tratamentos.
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    Outro destaque interessante é que projeto também prevê uma "zona de colaboração" destinada aos funcionários, para que troquem conhecimentos entre si. As áreas de lazer e repouso previstas para a equipe do local terão vistas para o parque.
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    https://casavogue.globo.com/Arquitetura ... lhado.html

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    Ameaça de semicondutores da China gerou uma rota de prejuízos de US $ 100 bilhões
    Os vendedores de ações não mostraram muita discrição na quinta-feira, já que os principais índices despencaram. Mas a grande derrota da fabricante de chips pode ter se originado em uma mudança da China.

    O Índice de Semicondutores da Filadélfia caiu 5,7% na quinta-feira, sua pior sessão desde meados de junho, após as notícias de que a China está planejando um amplo conjunto de novas políticas governamentais para desenvolver sua indústria doméstica de semicondutores e combater as recentes restrições do governo Trump. O declínio tirou cerca de US $ 100 bilhões em valor para o medidor.

    Os principais fabricantes de chips publicaram um dos seus piores dias em meses. As ações da Nvidia Corp. caíram 9,3%, a maior queda desde 16 de março. Broadcom Inc. caiu 6,1%, Qualcomm Inc. caiu 5,5% e Intel Corp. caiu 3,6%.

    “Se você me perguntasse agora qual foi meu maior medo durante a maior parte do mês de agosto, seriam as tensões crescentes entre os EUA e a China”, disse Arthur Hogan, estrategista-chefe de mercado da National Securities Corp. “Não é em torno das supostas negociações comerciais de primeira fase e da China comprando mais de nossos produtos agrícolas, mas é muito mais em torno do que estamos realmente fazendo na vida real - estamos começando uma guerra fria tecnológica. ”

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    Os semicondutores são essenciais para os objetivos de tecnologia de Pequim. Portanto, o governo está preparando um amplo apoio para desenvolver os chamados semicondutores de terceira geração para os cinco anos até 2025, informou a Bloomberg News. A medida ocorre em um momento em que o governo Trump ameaça cortar o abastecimento da China no exterior.

    O governo dos Estados Unidos colocou dezenas de empresas de tecnologia da China na lista negra para impedi-las de comprar peças americanas. Também instituiu proibições ao TikTok da ByteDance Ltd. e ao WeChat da Tencent Holdings Ltd. e sancionou a Huawei Technologies Co.

    Após essas restrições, a reação da China não é surpresa, disse Hogan.

    Quando as duas maiores economias do mundo se enfrentam, ele disse, “é difícil racionalizar o que isso traz de bom”.

    https://www.bloomberg.com/news/articles ... tocks-rout
    Editado pela última vez por Bom Caráter em 04/09/2020, 14:56, em um total de 1 vez.

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    Sanções à Huawei destruirão indústria de chips dos EUA
    Nova proibição de compras chinesas de chips americanos de ponta prejudicará mais a América do que a China

    No mês que vem, os líderes chineses ratificarão um plano para dominar a indústria mundial de semicondutores até 2025, em resposta às restrições dos EUA às importações chinesas de chips de computador de ponta feitos com equipamentos americanos.

    Dirigida contra os fabricantes de equipamentos de telecomunicações da China Huawei e ZTE, os novos regulamentos dos EUA publicados em julho impedem a Huawei de produzir seus chips projetados para fabricantes de ponta em Taiwan.

    Os chips de computador, a principal tecnologia da era digital, são uma prioridade no plano de cinco anos proposto pelo Partido Comunista de US $ 1,4 trilhão para ultrapassar os EUA. As iniciativas chinesas incluem ...


    https://asiatimes.com/2020/09/huawei-sa ... -industry/
    Editado pela última vez por Bom Caráter em 11/09/2020, 18:30, em um total de 1 vez.

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    Como Shenzhen se tornou o Vale do Silício da China
    A outrora sonolenta vila de pescadores de Shenzhen levou apenas quatro décadas para se transformar em um próspero centro de tecnologia, eclipsando seu vizinho, Hong Kong, no processo. Veja como as duas cidades se comparam:
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    Países com PIB anual igual ou inferior ao de Shenzhen (US $ 391 bilhões)
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    COMÉRCIO EXTERIOR
    Nos últimos anos, as importações e exportações de Shenzhen foram impulsionadas pelas empresas de alta tecnologia em expansão da cidade. Em 2018, o volume do comércio exterior da metrópole do sul da China aumentou 7%, para 3 trilhões de yuans (US $ 442 bilhões), catapultando 12 empresas privadas para as 100 maiores empresas de comércio exterior da China.

    Hong Kong, entretanto, vem registrando déficits comerciais desde o final da década de 1990, à medida que as importações cresceram mais do que as exportações. Até recentemente, a cidade relutava em investir em tecnologia inovadora ou em outras indústrias emergentes e continua a depender de suas principais indústrias de finanças, transporte marítimo, turismo e serviços profissionais, apesar dos retornos decrescentes.
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    VENDAS NO ATACADO E VAREJO
    O mercado consumidor de Shenzhen é grande. Muito grande. Em 2018, as vendas totais no varejo de bens de consumo totalizaram 616,9 bilhões de yuans (US $ 90,3 bilhões), um aumento de 7,6 por cento em relação ao ano anterior, em comparação com HK $ 485,2 bilhões de Hong Kong (US $ 62,61 bilhões).

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    Shenzhen é amplamente considerada o Vale do Silício da China. A Tencent, proprietária do WeChat e da plataforma de rede social QQ, foi fundada em Shenzhen. Outras empresas de alta tecnologia sediadas lá incluem BGI (a maior empresa de genoma da China), BYD (carros elétricos e ônibus), Shunfeng (comércio eletrônico), bem como ZTE e Huawei (telecomunicações).

    Em 2017 as empresas de Shenzhen entraram com quase 20.000 pedidos de patentes. Superando as empresas de Hong Kong, que entraram com 13.299 pedidos naquele ano.

    Para ajudar os empresários a identificar empresas de sucesso e produtos de teste antes de iniciar a fabricação em massa, o governo de Shenzhen oferece incentivos para criar protótipos, testar e validar novos produtos no mercado local dinâmico.

    Graças ao ambiente criativo e inovador da cidade, existem cerca de 10.000 start-ups locais. A força de trabalho da cidade é bem educada, bem treinada e com idade média de 33 anos, é nativa da tecnologia digital.
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    Um horizonte ascendente
    Do outro lado da fronteira, enquanto Shenzhen continua a crescer, Hong Kong está construindo cada vez menos arranha-céus.

    VELOCIDADE DE MUDANÇA
    Cinquenta e seis edifícios com mais de 145 metros de altura foram concluídos em Shenzhen em 2019. Quatro décadas atrás, o líder reformista da China, Deng Xiaoping, concedeu status de zona econômica especial para Shenzhen, o que tornou menos restritivas as regulamentações de construção e negócios, bem como incentivos fiscais para empresas locais e estrangeiras. A rápida evolução da cidade para uma cidade manufatureira e, depois, para a capital de alta tecnologia, valorizou os terrenos e garantiu que a cidade crescesse à medida que acrescentava cada vez mais arranha-céus ao horizonte.

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    https://multimedia.scmp.com/infographic ... index.html

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    China planeja amplo apoio ao setor de semicondutores para combater Trump
    Pequim está preparando amplo apoio para os chamados semicondutores de terceira geração para os cinco anos até 2025, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas nas deliberações do governo.

    A China está planejando um amplo conjunto de novas políticas governamentais para desenvolver sua indústria doméstica de semicondutores e combater as restrições da administração de Trump, conferindo o mesmo tipo de prioridade ao esforço que dedicou à construção de sua capacidade atômica, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

    Pequim está preparando amplo apoio para os chamados semicondutores de terceira geração para os cinco anos até 2025, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas nas deliberações do governo. Um conjunto de medidas para impulsionar a pesquisa, educação e financiamento para a indústria foi adicionado a um esboço do 14º plano quinquenal do Partido Comunista, que será apresentado aos principais líderes do partido em outubro.

    Os principais líderes se reunirão no próximo mês para traçar sua estratégia econômica para a próxima meia década, incluindo esforços para aumentar o consumo doméstico e tornar o país autossuficiente em tecnologias críticas. Os semicondutores são fundamentais para praticamente todos os componentes das ambições tecnológicas da China - e uma administração Trump cada vez mais agressiva ameaça cortar seu fornecimento do exterior.

    “A liderança chinesa percebe que os semicondutores sustentam todas as tecnologias avançadas e que não pode mais depender de suprimentos americanos”, disse Dan Wang, analista de tecnologia da empresa de pesquisa Gavekal Dragonomics. “Diante das restrições mais rígidas dos EUA ao acesso ao chip, a resposta da China só pode ser continuar pressionando sua própria indústria a se desenvolver.”

    O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, responsável pela elaboração das metas relacionadas à tecnologia, não respondeu a um pedido de comentários.

    A China importa mais de US $ 300 bilhões em circuitos integrados a cada ano e seus desenvolvedores de semicondutores contam com ferramentas e patentes de design de chips feitos nos EUA, bem como tecnologias de fabricação críticas de aliados dos EUA. Mas a deterioração dos laços entre Pequim e Washington tornou cada vez mais difícil para as empresas chinesas adquirirem componentes e tecnologias de fabricação de chips no exterior.

    O governo dos Estados Unidos colocou dezenas de empresas de tecnologia da China em uma lista negra para que elas não pudessem comprar peças americanas e proibiu o TikTok da ByteDance Ltd. e o WeChat da Tencent Holdings Ltd.. No caso da gigante da tecnologia Huawei Technologies Co., a administração Trump sancionou a empresa e pressionou aliados para banir os equipamentos da empresa de suas redes de telecomunicações.

    Este mês, a Huawei, maior fabricante de celulares do país, perderá até mesmo acesso a chips de empresas como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. sob as novas regulamentações americanas que proíbem fornecedores em qualquer parte do mundo de trabalhar com a empresa se esses fornecedores usarem equipamentos americanos. As regras mais rígidas aumentaram a urgência de construir alternativas domésticas em Pequim.

    Semicondutores de terceira geração são principalmente chipsets feitos de materiais como carboneto de silício e nitreto de gálio. Eles podem operar em alta frequência e em ambientes de alta potência e temperatura, e são amplamente utilizados em chips de radiofrequência de quinta geração, radares militares e veículos elétricos.

    Já que nenhum país domina agora a tecnologia incipiente de terceira geração, a aposta da China é que suas corporações possam competir se acelerarem as pesquisas nesse campo agora. Líderes globais, como CREE Inc., dos Estados Unidos, e Sumitomo Electric Industries Ltd. do Japão, estão apenas começando a expandir seus negócios, enquanto gigantes da tecnologia chinesa, como a Sanan Optoelectronics Co. Ltd. e a estatal China Electronics Technology Group Corp. em chipsets de terceira geração avançam no desenvolvimento. Os outros fabricantes de chips do país, como a Semiconductor Manufacturing International Corp., a Will Semiconductor Ltd. e a National Silicon Industry Group Co., podem se beneficiar mais amplamente do apoio estatal.
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    “Este é um setor prestes a ter um crescimento explosivo”, disse Alan Zhou, sócio-gerente do fundo de investimento em chips An Xin Capital Co. Ltd. de Fujian, em um fórum do setor na semana passada. Devido ao aumento da demanda e do investimento da China, esta é uma área que poderia criar uma “gigante chinesa de chips de classe mundial”.


    https://www.hindustantimes.com/business ... miZ4H.html

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    A China está à frente em tecnologia de navios, mísseis e defesa aérea: relatório
    Os militares chineses já avançaram sobre os EUA em áreas como construção naval, defesa antimísseis, construção de mísseis balísticos e de cruzeiro, alertou o Pentágono em uma nova avaliação contundente.

    Um dos temas consistentes do relatório anual do Poder Militar da China é que grande parte do esforço de modernização chinês continua sendo um trabalho em andamento. O Exército de Libertação do Povo, ou PLA, é uma “força cada vez mais moderna e flexível” que conta com o poderio industrial civil da China e seu robusto setor de tecnologia para impulsionar melhorias para construir uma força destinada a rivalizar com os militares dos EUA em meados do século.

    “O Partido Comunista passou os últimos anos destruindo completamente e religando o PLA organizacionalmente com o objetivo de se transformar em uma força conjunta mais pronta para o combate, inovadora e global”, disse Sbragia.

    Fundamental para isso é a Estratégia de Desenvolvimento da Fusão Civil-Militar, que o Pentágono despendeu algum tempo detalhando no relatório de hoje.


    https://breakingdefense.com/2020/09/chi ... od-report/

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    A China pode ultrapassar os EUA como a maior economia do mundo em 2024

    De acordo com dados do Banco Mundial e do FMI, espera-se que os países asiáticos constituam a maioria dos 5 maiores países do mundo por tamanho do PIB em 2024, relegando as potências econômicas europeias a categorias inferiores.

    O crescimento econômico da China tem sido acentuado desde a década de 1990, enquanto a Índia e a Indonésia entraram ainda mais recentemente no top 10 das maiores economias do mundo e devem alcançar as classificações 3 e 5 em 2024. O Japão, uma economia estabelecida, deve cair para 4ª posição em 2024, enquanto a Rússia subirá à 6ª posição.

    A crescente classe média da Ásia é uma das razões para a mudança continental no PIB. A Indonésia, juntamente com as Filipinas e a Malásia, deverão aumentar sua força de trabalho significativamente nos próximos anos, contribuindo para um aumento na renda média disponível, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.

    Multinacionais asiáticas, como a chinesa Huawei, já surgiram neste século e espera-se que mais apareçam no cenário global.


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    https://www.weforum.org/agenda/2020/07/ ... 2008-2024/
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    Indústria de chips quer US$ 50 bi para manter fabricação nos EUA
    A indústria de chips nos Estados Unidos disse que até US$ 50 bilhões em incentivos federais serão necessários para travar uma tendência de décadas de mudança da indústria para o exterior, já que a China gasta pesadamente para se tornar líder como produtor de semicondutores. O governo federal precisa empregar US$ 50 bilhões para tornar os EUA um local tão atraente para fábricas como Taiwan, China, Coreia do Sul e Singapura, disse a Associação da Indústria de Semicondutores do país em estudo divulgado quarta-feira. O fracasso em fazer isso ameaça a liderança dos EUA no setor como um todo, acrescentou.

    O grupo, que representa empresas como Intel e Qualcomm, faz a apresentação em um momento em que acredita que Washington está mais aberto para ouvir. A guerra comercial China-EUA e as interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia revelaram os riscos de ter esses componentes vitais fabricados no exterior.

    “Seis meses atrás, não acho que poderíamos ter essa discussão, o mundo veio em nossa direção”, disse John Neuffer, CEO da Associação.

    As técnicas de produção, incluindo processos químicos e equipamentos de fabricação complexos, desempenham um papel vital na determinação do desempenho do chip. Os EUA precisam manter uma parte desse trabalho doméstico para que possam manter sua base de conhecimento e propriedade intelectual, disse a Associação.

    Enquanto a produção dos EUA diminui, o governo da China está despejando dinheiro em sua indústria doméstica de semicondutores, conferindo o mesmo tipo de prioridade ao esforço que dedicou à construção de sua capacidade atômica. Isso tornou a fabricação de chips uma questão de segurança nacional.

    Os países asiáticos ultrapassam os EUA e a Europa na fabricação de chips
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    A Associação disse que as novas fábricas dos EUA construídas com apoio federal “trariam tecnologia de fabricação de ponta e capacidade suficiente para cobrir a demanda de semicondutores das indústrias de defesa e aeroespacial dos EUA”.

    Apenas 6% da nova capacidade global em desenvolvimento estará localizada nos EUA. Em contraste, a China adicionará cerca de 40% da nova capacidade na próxima década e se tornará o maior local de fabricação de semicondutores do mundo, disse a Associação.


    Instalar uma fábrica nos Estados Unidos custa cerca de 30% mais em uma década do que em locais semelhantes em Taiwan, Coreia do Sul e Singapura. A China pode ser até 50% mais barata, de acordo com o relatório.

    https://br.noticias.yahoo.com/ind%C3%BA ... 37573.html

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    Cerca de 3.500 empresas americanas processam o governo Trump por tarifas impostas aos produtos chineses
    Cerca de 3.500 empresas norte-americanas, incluindo Tesla Inc, Ford Motor Co, Target Corp, Walgreen Co e Home Depot, processaram o governo Trump nas últimas duas semanas pela imposição de tarifas sobre mais de US$ 300 bilhões em produtos chineses.

    Os processos, movidos no Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos, nomearam o Representante de Comércio dos Estados Unidos Robert Lighthizer e a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras e desafiam o que eles chamam de escalada ilegal da guerra comercial dos Estados Unidos com a China através da imposição de tarifas


    https://www.usnews.com/news/top-news/ar ... se-tariffs

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    O banimento da SMIC pelo governo dos EUA é o cenário do fim do mundo para as empresas de equipamentos de chips dos EUA
    A política desempenha um papel muito importante, pois estamos em contagem regressiva para uma eleição em que ser duro com a China é um grande ponto de discussão e a maioria das empresas de equipamentos dos EUA estão em estados democratas que efetivamente já estão em uma “lista perversa” política como parte da oposição do Vale do Silício. Isso significa que a ruína financeira potencial para as empresas de equipamentos de chip não importa muito e certamente importa muito menos do que os produtores de soja.

    Muito pior do que Covid
    A realidade é que a Covid, embora ruim para a indústria, era mais um problema de logística temporário que poderia ser facilmente contornado. Um embargo é muito mais difícil de contornar. Muito mais importante é o dano a longo prazo à confiança entre os EUA e a China, já que a China evitará, como uma praga, qualquer equipamento feito nos EUA. Dado que a China foi a geografia de crescimento mais rápido para todas as empresas de equipamentos dos EUA e cresceu para ser a maior fonte de receita de todos, o impacto será enorme.

    https://semiwiki.com/semiconductor-manu ... companies/

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    Em meio à pandemia, a economia chinesa é a vencedora no jogo do tabuleiro econômico mundial
    País oriental é a única grande economia que crescerá este ano, apesar de ser o epicentro do vírus, e seu Governo prepara um novo plano quinquenal para estimular o consumo interno

    Todas as amplas avenidas de Haitang —uma nova cidade costeira na ilha chinesa de Hainan, cujas palmeiras, hotéis de luxo e edifícios deslumbrantes lembram Miami— levam ao mesmo lugar. A um descomunal complexo de aço e vidro, com vendas duty free, onde não falta uma única empresa global de luxo. A pandemia da covid-19 esteve aqui de passagem, sem deixar outros rastros a não ser os controles de temperatura nos acessos e as máscaras que todo mundo usa. Após os meses de hiato forçados pelo coronavírus, o frenesi consumista está de volta.

    É segunda-feira, mas não importa. Muitos dos milhares de turistas que lotam os corredores escolheram viajar à ilha de férias exatamente para poder comprar aqui, atraídos pelos preços. Ante a perspectiva de uma pechincha, as precauções sobre a distância física não existem. Grupos de meninas com as unhas impecáveis se amontoam em frente às prateleiras de cosméticos —algumas delas farão bons negócios revendendo os produtos ao voltar para casa. Famílias que passeiam de sandálias conferem os detalhes de seus voos para buscar as compras no aeroporto. Mulheres com cara de concentração verificam no celular quanto economizarão antes de escolher bolsas, sapatos e brincos. A vontade de gastar é insaciável.

    A nova política de isenção de impostos em Hainan entra em vigor



    São cenas inimagináveis neste momento em outros pontos do planeta. A economia chinesa é a grande exceção deste ano entre os principais mercados do mundo, devastados pela pandemia. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma contração global de 4,9% em 2020, que será de -8% nos Estados Unidos e -12,8% na Espanha. Na China, no entanto, o efeito do coronavírus parece ter ficado para trás. Sua recuperação chegou antes e mais rápido do que estimavam os mais otimistas. Um motivo de satisfação para os dirigentes comunistas, que podem se orgulhar da gestão ante os cidadãos.

    Indicadores
    A curva do PIB já esboça a esperada recuperação em V, que até agora os outros países não conseguiram. O investimento em ativos fixos aumentou 9,3% em agosto contra 8,3% do mês anterior, e a produção industrial foi de 5,6%, em comparação com os 4,8% de julho. Os principais grupos imobiliários registraram um aumento de 30,7% na compra e venda de imóveis. E o setor automotivo, 6%. Até mesmo as salas de cinema, que em 26 de setembro ampliaram seus lugares para três quartos da capacidade, já situam sua receita em 90%. Outros indicadores também indicam uma atividade nos patamares anteriores (ou inclusive superiores) à pandemia: o consumo de eletricidade, que havia despencado com a paralisação de fevereiro e março, cresceu nos nove primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2019.

    Até mesmo o consumo, que até agora avançou menos que a indústria, começa a dar sinais animadores à medida que a recuperação se consolida — e, com ela, a confiança da população. Gastos como os dos visitantes do duty free de Haitang impulsionaram as vendas no varejo. Um sinal positivo.

    A chave tem sido, em primeiro lugar, o rápido controle da pandemia. Após um início desastroso, o Governo decretou duras medidas de confinamento, sem precedentes na história e que em outro país teriam sido impensáveis. Em abril, quase três meses após sua imposição, o bloqueio de Wuhan foi suspenso. Neste setembro, segundo dados oficiais, todo o país completou mais de um mês sem infecções locais, o que permite uma vida praticamente normal.

    Tudo indica que a recuperação continuará nos próximos meses. Ma Jun, assessor do Banco Popular da China (PBOC, o banco central) prevê um crescimento de 6% do PIB no quatro trimestre, além de uma normalização das políticas macroeconômicas no primeiro trimestre de 2021. “As pessoas subestimam o poder que os responsáveis políticos na China têm para estimular a demanda e gerar a reativação”, disse numa videoconferência Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da consultoria Capital Economics. “A China voltará a algo parecido com o normal mais rápido do que muitos esperam, e já estamos nesse caminho”, prevê.

    Dentro da China, as cifras reforçaram a mensagem do Partido Comunista, que diz que “o modelo chinês é melhor do que qualquer outro. Portanto, devemos intensificá-lo, continuar com esse modelo dirigido pelo partido”, completa Williams.

    Justamente essa remodelação do peculiar sistema de capitalismo de Estado chinês será uma das prioridades da gestão governamental no futuro imediato e no médio prazo. No próximo mês, o Comitê Central do Partido Comunista realizará sua sessão plenária anual. Lá serão traçadas as diretrizes do XIV Plano Quinquenal que dirigirá a segunda economia do mundo entre 2021 e 2025; do plano “Padrões da China 2035”; e de outros projetos com os quais Pequim deseja ser, em 15 anos, um país de “riqueza e poder”. O mantra dessa reunião essencial, a portas fechadas num hotel do norte de Pequim, será “circulação internacional” ou “dupla circulação”. Esse conceito, do qual ainda pouco se sabe, veio à tona pela primeira vez numa reunião do Politburo em 14 de maio presidida por Xi Jinping. Nela, foi enfatizada a necessidade de “explorar completamente a enorme escala de mercado da China e o potencial gigantesco da demanda nacional, para estabelecer um novo padrão de desenvolvimento que inclua circulação dual entre o interior e o exterior, numa complementação mútua”.

    Alicia García-Herrero, economista-chefe para a Ásia do banco de investimentos francês Natixis, explica que essa teoria "se baseia, por um lado, em manter a integração com o resto do mundo; e, por outro, em aumentar a fortaleza do consumo interno, reduzindo ao mesmo tempo a dependência das importações, sobretudo de tecnologia e outros produtos manufaturados de alta qualidade", conclui.

    Guerra comercial
    Mas esta não é simplesmente uma mudança superficial. A estratégia da “dupla circulação” é também uma reação às condições externas atuais: à relação cada vez mais ácida com os EUA, a uma guerra comercial, e a um desacoplamento tecnológico cada vez mais acentuado. As relações outrora cordiais com certos parceiros econômicos, com a União Europeia (UE), Austrália e Índia, pioraram de maneira notável, se é que não se tornaram completamente hostis. Uma situação bem diferente da que a China enfrentava na crise de 2008, quando o multilateralismo ainda era a palavra da moda.

    “No cenário internacional, o mundo começou a ser mais cauteloso ante o auge da China Comunista. A confrontação atingiu um nível inédito durante a pandemia por causa de incidentes relacionados com Hong Kong e com o Mar da China Meridional. Por isso, o Governo prevê que deve lidar com um ambiente internacional cada vez mais hostil”, afirma o catedrático Xu Bin, da escola de negócios CEIBS de Xangai.

    “Desta vez, frente aos tempos de Hu e Wen, a noção é garantir que uma maior parte do aumento da demanda seja coberta com a produção interna em vez das exportações. Nesse sentido, a estratégia da circulação dual é um corolário do Made in China 2025, o programa prévio do Governo para melhorar a capacidade tecnológica chinesa, já que tornou possível substituir os produtos mais caros somente graças aos avanços nos setores-chave”, diz García-Herrero num comunicado da Natixis. Isso, segundo a especialista, gerará preocupação na Coreia do Sul, no Japão e na Alemanha, importantes fornecedores de bens avançados ao gigante asiático.

    O Partido reiterou que o processo de abertura de sua economia ao exterior não vai parar; continuará avançando. “Tenho afirmado em várias ocasiões que a porta aberta da China não será fechada. Ela se abrirá cada vez mais”, declarou Xi durante um encontro com empreendedores. Enquanto se aguardam maiores detalhes e a sessão do próximo mês, a estratégia da “dupla circulação” levanta uma série de questões.

    Em alguns campos, começa a haver novidades. As autoridades comunistas apresentaram, por exemplo, ambiciosos planos para criar zonas livres de impostos em todo o país, similares às de Haitang, para colocar ao alcance dos bolsos mais humildes produtos de luxo. Hainan, a ilha onde fica Haitang, deve se transformar numa zona especial de livre comércio. Xi mencionou também a necessidade de melhorar as cadeias logísticas dentro do país para unificar o mercado interno.

    Embora o vírus tenha obrigado Pequim a abrir mão de um de seus grandes objetivos para este ano —dobrar a renda média em relação aos patamares de 2010 (o que deve ser alcançado em 2021)—, o Governo chinês mantém o segundo objetivo: eliminar até o fim do ano a pobreza extrema, que em dezembro de 2019 atingia 5,5 milhões de pessoas. Uma meta que ganhou um novo impulso nesta segunda metade de 2020.

    Setor privado
    Nesta remodelação da economia, é fundamental também potencializar o setor privado, que, segundo informou em agosto o primeiro-ministro, Li Keqiang, criou 90% dos novos empregos este ano. Muitas empresas ainda estão acostumadas a produzir em massa. Ainda não se sabe como esse apoio será realizado. Na semana passada, porém, o Partido Comunista emitiu uma série de diretrizes para o “desenvolvimento saudável do setor privado”, que prometem ajuda para essas empresas e, ao mesmo tempo, promovem um maior papel do partido nesse sentido. A Frente Unida do Trabalho, o braço do partido encarregado das relações com empresas e trabalhadores, deverá “estar ciente do desenvolvimento e da demanda das firmas privadas”, informou a agência estatal Xinhua.

    A tecnologia chinesa será impulsionada à luz das intensas disputas com os EUA pela supremacia no setor. O veto ao fornecimento de componentes para a Huawei já começou a estimular o desenvolvimento de uma indústria própria de semicondutores. O que parece ficar mais distante é a perspectiva de reformas liberais do tipo exigido por Washington na guerra comercial. Com o impulso para desenvolver o mercado interno e a fomentar a recuperação , “é ainda menos provável que vejamos as reformas pelas quais os EUA têm pressionado, para conseguir mais liberalização” diz Williams, o especialista da Capital Economics.

    Em agosto Xi Jinping visitou a siderúrgica Magang, uma das mais antigas do país e que, após sua fusão com a rival Baowu em 2019, tornou-se uma das maiores estatais chinesas. Foi a quinta visita do líder chinês a uma companhia pública este ano, num sinal de apoio ao setor estatal que confirmou a visão que Xi tem dessas organizações como vetores de inovação. “As empresas privadas continuam sendo bem-vindas. De fato, a China precisa mais do que nunca de sua inovação e seu potencial de crescimento. Mas, no núcleo do sistema econômico, permanecerá uma base de indústrias estratégicas e controladas pelo partido”, disse na época o analista Nils Grünberg, do think tank alemão Merics.

    MOMENTO PROPÍCIO PARA A DIVISA
    O bom desempenho da economia chinesa se reflete na evolução de sua divisa. Desde maio, o renminbi (moeda oficial chinesa) subiu 5% em relação ao dólar. Hoje, 6,75 yuans compram uma unidade de seu equivalente norte-americano. É o nível mais alto desde o começo de 2019. “Com a China rumo a uma recuperação mais pronunciada que a de outros países, sua posição externa mais sólida em uma década e seus títulos domésticos excepcionalmente atraentes para os parâmetros globais, ainda há margem para muitos avanços”, previu um relatório recente da Capital Economics. Essa revalorização vai baratear as importações e atenuar a inflação. Isso estimulará o consumo interno, uma das métricas mais importantes para alcançar uma plena recuperação. Trata-se de uma situação bem diferente da vivida em agosto do ano passado, quando, nos dias mais quentes da guerra comercial, a China optou por desvalorizar sua moeda, superando a barreira dos 7 yuans por dólar pela primeira vez em 11 anos – o que levou os EUA a qualificar o gigante asiático de “manipulador de divisas”. Essa cifra, contudo, aproximou-se mais do valor de mercado do renminbi, que durante anos se manteve acima de sua taxa real de câmbio devido à ação governamental.

    A MÁQUINA EXPORTADORA AVANÇA
    Em plena pandemia, e quando o mundo entra num retrocesso econômico de alarmantes dimensões, a China, principal potência exportadora do mundo, não apenas conseguiu manter, mas também aumentou seu volume de vendas ao exterior. Em agosto, a exportação de bens atingiu 235,3 bilhões de dólares (cerca de 1,3 trilhão de reais), alta de 9,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi o terceiro nível mais alto desde o início dos registros – e o maior desde novembro de 2018, antes do auge da guerra comercial com os EUA. Mas não foi uma anomalia: um mês antes, as cifras eram similares. Um crescimento interanual de 7,2% para as exportações, uma contração de 1,4% para as importações. Com esses dados, a China alcançou um superávit de conta corrente formidável: 58,9 bilhões de dólares (327 bilhões de reais).

    “A pandemia destacou o grau de dependência dos EUA e do resto do mundo em relação às exportações chinesas”, afirma Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. “A China exporta os produtos que todo o mundo tem comprado nos últimos meses: equipamentos médicos, máscaras, equipamentos de proteção individual (EPIs) e, claro, artigos eletrônicos que muita gente necessita para trabalhar de casa. Assim, desde abril vemos essas cifras de exportações realmente muito altas.” O aumento é ainda mais notável porque as exportações haviam caído gradualmente como porcentagem do PIB chinês. Se em 2006 chegaram a 35%, em 2019 a proporção baixou para 17%. A grande dúvida é se, apesar de formarem a “dupla circulação” da nova estratégia de crescimento chinês, as exportações continuarão com o mesmo ímpeto nos próximos meses.

    Xi, durante sua visita a Anhui em agosto, afirmou que a China “encara um clima externo em que o mercado global diminui”. Um editorial da publicação cantonesa Revisões do Sul, distribuída pela agência Xinhua, dizia que “Pequim não desiste do comércio internacional, mas, quando a demanda externa é dizimada pela Covid e o protecionismo, a ‘dupla circulação’ é o caminho a seguir para que a economia chinesa continue avançando.”

    As companhias “de fora” quase não conseguem ter presença em setores como energia e finanças. Embora Pequim tenha aberto gradualmente alguns setores, lamenta a instituição, isso foi feito tão tarde que o mercado já estava ocupado.


    https://brasil.elpais.com/economia/2020 ... ndial.html

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    Quando você pensou que já tinha visto Sanya por completo, voltamos para descobrir a cidade natal de Aquaman em Atlantis Sanya e a gloriosa Rosewood Sanya


    ATLANTIS, Sanya

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    A China se esforça para ser o líder mundial em chips de IA
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    Colaborador Anthony Trippe
    CIO Network - Escrevo sobre inovação, desenvolvimento de tecnologia e patentes


    A Inteligência Artificial (IA) tornou-se um campo de batalha tecnológico estratégico entre os EUA e a China. O governo dos EUA acaba de se comprometer a aumentar os gastos no próximo ano com IA. A importância da IA para os EUA é capturada por uma declaração do diretor de tecnologia dos EUA, Michael Kratsios , dizendo que a administração Trump havia tomado "ações sem precedentes para priorizar a liderança americana em IA e quantica". Vencer a corrida de IA é potencialmente o desafio mais importante que os tecnólogos enfrentam hoje. A China fez o mesmo em 28 de agosto , adicionando IA à lista de tecnologias que são restritas ou proibidas de exportação.

    Os Estados Unidos e a China encontram-se em uma competição feroz para ver qual país dominará o cenário de IA e controlará as implementações futuras dessa tecnologia emergente. Uma das áreas mais disputadas na luta é a corrida para desenvolver hardware acelerado por IA e adquirir patentes para proteger as inovações. O atual golias dos Estados Unidos é a Nvidia, líder de mercado em hardware de unidade de processamento gráfico (GPU) que tem sido usado para aumentar a velocidade de aplicativos de IA. Nos últimos três anos, no entanto, um concorrente chinês chamado Cambricon Technologies se tornou o garoto-propaganda do esforço chinês para liderar nessa área. Do ponto de vista da inovação de patentes, o Cambricon está dominando essa batalha, com mais de quatro vezes mais invenções de patentes do que a Nvidia.

    Pesquisadores e empresas chinesas de IA são tradicionalmente considerados inovadores no desenvolvimento de software. A Megvii Technology e seu sistema Face ++, por exemplo, usa software de inteligência artificial e visão de máquina e é reconhecida como uma das líderes mundiais no campo de reconhecimento facial.

    Embora o desenvolvimento de software seja crítico para o avanço dos sistemas de IA, o hardware especializado talvez seja ainda mais essencial para garantir que o software possa fornecer resultados em tempo hábil e abrangente. O gráfico abaixo mostra a progressão das inovações de patentes publicadas na área de desenvolvimento especializado de chips de IA entre os Estados Unidos e a China nos últimos dez anos. A China tem acompanhado os EUA em termos de inovações de patentes publicadas por ano durante esse período - e em 2019, ultrapassou os EUA pela primeira vez
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    Tendências de patentes de hardware de IA dos EUA e China - dados fornecidos pela Clarivate Analytics

    Em 28 de agosto, a China revisou sua lista de tecnologias proibidas ou restritas para exportação do país pela primeira vez em 12 anos e IA estava na lista. Mesmo antes das restrições, a China havia tornado o desenvolvimento de sistemas de IA um imperativo nacional e o Conselho de Estado da China publicou um plano de política no verão de 2017 que definia a meta de criar o “principal centro de inovação de IA do mundo” até 2030. O plano incluía objetivos ambiciosos para o desenvolvimento de software, mas também cobriu a importância do desenvolvimento de chips, especialmente chips que podem ser usados em dispositivos móveis.

    Muitas pesquisas foram realizadas na Academia Chinesa de Ciências, mas são dois graduados desse sistema universitário que estão causando as maiores ondas no mercado de chips de IA.

    Os irmãos Yunhi e Tianshi Chen são os cérebros por trás da Cambricon Technologies, a empresa que fornece hardware para as ambições de IA da China. Os chips Cambricon-1H e Cambricon-1M da empresa já podem ser encontrados em quase 100 milhões de dispositivos móveis e servidores. Seu carro-chefe Cambricon-1A é usado em dispositivos de ponta e foi apontado como o primeiro processador de aprendizado profundo para uso comercial. Além de ter chips que alimentam os servidores da Alibaba e da última geração de smartphones habilitados para IA da Huawei, a empresa também possui um dos maiores portfólios de patentes da área.

    O gráfico abaixo compara o tamanho do portfólio de patentes do chip Cambricon AI com o da Nvidia. A empresa norte-americana é considerada uma das líderes no segmento de chips IA com seu chip Ampere IA

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    Contagem de patentes de hardware de IA da Cambricon e Nvidia - dados fornecidos pela Clarivate Analytics

    As empresas chinesas são criticadas por apenas depositar patentes em seu país de origem e isso leva a algumas especulações sobre o quão valioso esses pedidos de patente são. Como pode ser visto no gráfico acima, a Cambricon é uma notável exceção a essas críticas, uma vez que parte substancial de seu portfólio é composta por patentes depositadas nos Estados Unidos ou com base no pedido internacional da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Mesmo que os pedidos de patentes chineses não fossem incluídos - e com certeza deveriam ser - o Cambricon ainda teria mais registros nos Estados Unidos e internacionais nessa área do que a Nvidia.

    Hardware ou chipsets de IA são microprocessadores especializados projetados para acelerar os sistemas de software de IA . Por exemplo, esses chipsets personalizados têm como objetivo aumentar o desempenho de redes neurais. O treinamento e a implementação desses sistemas exigem grandes quantidades de dados e hardware que podem processá-los em paralelo, mantendo as demandas de baixa energia. As primeiras implementações de chips de IA dependiam de GPUs de uso geral, mas pesquisas recentes foram feitas na invenção de hardware projetado exclusivamente para executar software de IA.

    Até agora, as empresas chinesas estão satisfeitas em atender às necessidades crescentes do mercado chinês de hardware de IA. Isso se encaixa no imperativo nacional de se tornar o líder mundial em inovação nessa tecnologia. Em algum momento, no entanto, conforme a necessidade de sistemas de IA cresce globalmente, as organizações chinesas podem procurar se expandir para esses mercados também.

    A Cambricon e seus irmãos têm uma vantagem de campo na China, mas enfrentarão uma luta difícil para superar as restrições estrangeiras, como as que a Huawei encontrou com governos ocidentais. As empresas chinesas têm uma vantagem com o estoque de patentes que geraram.


    https://www.forbes.com/sites/anthonytri ... 9f714b6d4e

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    O que explica a rápida recuperação industrial chinesa

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    RECUPERAÇÃO - Investimento em tecnologia e fabricação de manufaturados dão impulso à economia chinesa

    Enquanto o restante do mundo tenta superar os impactos econômicos causados pela Covid-19, a economia chinesa dá passos firmes em uma recuperação sólida. A estratégia do país para ligar suas máquinas a todo vapor acontece, fundamentalmente, sob sua estrutura política peculiar, do Partido Comunista. Em agosto, pelo quarto mês consecutivo, as empresas ligadas à indústria chinesa lucraram. De acordo com dados do departamento de estatística do governo chinês, divulgados nesta segunda-feira, 28, o crescimento foi de 19% em agosto, após alta de 19,6% em julho.

    Em comparação com as outras economias, o país vai muito bem. A atual aceleração da China acontece da mesma forma que lhe conferiu o status de segunda maior economia mundial: investimento na indústria de manufatura, em tecnologia, exportação em peso e estrondosos apoios governamentais. Desde o início da pandemia da Covid-19, o governo chinês vem incentivando as empresas e, enquanto o mundo parou, suas fábricas funcionaram a mil, bem como a venda de produtos para o mercado internacional.

    O país não passou imune à Covid-19 e no primeiro trimestre do ano teve retração de 6,8%, mas o que chama atenção é a sua recuperação mais rápida que dos demais países. O isolamento social severo no início da Covid-19 foi crucial para essa recuperação, e principalmente o uso de aplicativos de geolocalização que conseguiam com precisão saber quem teve contato com quem. Isso só foi possível devido à permissão que o governo chinês tem para acessar os dados pessoais da população, como regiões pelas quais passa, horário e pessoas com as quais tem contato. Além disso, contribuiu para a superação da crise o fato de a China ter um know-how adquirido com a SARS e de ter enfrentado primeiro a Covid-19 que os demais países. Isso permitiu que ela se recuperasse rapidamente da pandemia e ocupasse mercados enquanto demais países apenas começavam a enfrentar a crise.

    Exemplo da atual potência chinesa é o índice Shanghai-Shenzhen CSI 300, que reúne as 300 maiores ações na Bolsa de Xangai e de Shenzhen. Desde o dia 31 de dezembro até essa segunda-feira, 28, ele cresceu 11,84%, para 4.581,91. De acordo com a agência de estatísticas nacional, os principais propulsores desse crescimento foram a fabricação de equipamentos. Dos 41 principais setores industriais, 16 deles tiveram lucro maior de janeiro a agosto de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. A fabricação de computadores, equipamentos de comunicação, eletrônicos e especiais, por exemplo, cresceram acima de 22%.


    Tour pela fábrica de carros totalmente automatizada em Chongqing. Este lugar parece saído de um filme de ficção científica !


    https://veja.abril.com.br/economia/o-qu ... l-chinesa/

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    NIO, a 'Tesla chinesa' que sobrevive de aportes de capital do governo
    Quem dirige um Tesla costuma dizer que a empresa revolucionou a indústria automobilística não apenas devido ao design de seus carros ou a suas baterias elétricas.

    É a tecnologia do fabricante americano que o coloca à frente da concorrência. E, especialmente na tecnologia de ponta, quase não tinha rivais.

    Até agora.

    A NIO, fabricante chinesa de veículos elétricos, se propôs a conquistar esse segmento de mercado e já saem de suas fábricas modelos que competem com a Tesla em desempenho.

    A NIO não é a única que produz carros elétricos na China ou a mais nova, outras empresas como BYD ou BAIC foram estabelecidas há anos, mas a NIO parece ter se tornado a queridinha dos investidores agora.

    Suas ações subiram cerca de 430% até agora neste ano.

    Ela alcançou em muito pouco tempo "uma sólida percepção de marca, fornecendo serviço pós-venda de qualidade, resolvendo problemas importantes na recarga (da bateria) e desenvolvendo um software de inteligência artificial robusto", explicam analistas do Deutsche Bank em um relatório.

    Sua oferta é voltada para consumidores mais jovens e consumidores experientes em tecnologia que apreciam seus equipamentos avançados. E conseguiu, diz o banco alemão, "a preços mais baixos ou pelo menos semelhantes em relação a outros veículos elétricos comparáveis".

    Para Hyunwoo Jin, analista da Mirae Asset Daewoo, o modelo de bateria intercambiável desenvolvido pela NIO a diferencia de outros fabricantes e permite reduzir o custo final.

    Este programa prevê que os consumidores podem comprar seu veículo elétrico sem bateria e alugar uma por uma taxa mensal de aproximadamente US$ 142 (R$ 800) por mês.

    Os usuários podem trocar baterias gastas por baterias totalmente carregadas em alguns minutos em 143 postos de reabastecimento espalhados por 64 cidades na China.

    O gigante asiático já possui o maior número do mundo destes tipos de postos de recarregamento: cerca de 215 mil

    "Em nossa opinião, a competitividade dos veículos elétricos e o modelo de negócios de troca de bateria da NIO estão ganhando um reconhecimento cada vez maior", disse Hyunwoo Jin.

    Assim, enquanto o modelo EC6 da NIO custa cerca de US$ 55.700, o Modelo Y da Tesla está em torno de US$ 69.700, descontando os subsídios.

    A favor da NIO, ele diz também que o governo da China está promovendo o setor e pretende que o país tenha, até 2025, 25% da frota composta por veículos desse tipo. É uma das medidas postas em prática para tentar reduzir emissões de gases de efeito estufa no país.

    Demanda após confinamento
    Os dados confirmam que após a pandemia do coronavírus, que paralisou a atividade econômica no país, as vendas de veículos na China se reativaram e seu mercado de veículos elétricos é atualmente o maior do mundo.

    "A demanda por veículos elétricos pode se expandir à medida que o novo programa de troca de bateria da NIO reduz os preços de compra inicial em 13-20%, competindo diretamente com o Modelo 3 da Tesla, feito na China", estimam analistas da Bloomberg Intelligence.

    Educando o mercado
    A NIO aspira se tornar a marca de referência na China, assim como Tesla é a marca mais reconhecida nos Estados Unidos.

    No entanto, os fabricantes chineses não veem a empresa que Elon Musk dirige como rival.

    Para eles, o americano é um pioneiro que está abrindo caminho para os demais.

    A competição da Tesla "é uma coisa boa para nós", disse o fundador e CEO da WM Motor, Freeman Shen, ao salão do automóvel de Pequim neste mês. "Estamos muito felizes que a Tesla veio para a China porque a Tesla é como a Apple no início, educam todo o mercado."


    https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54462250

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    A China é agora a maior economia do mundo. Não devemos ficar chocados

    A China agora substituiu os EUA para se tornar a maior economia do mundo. Medido pelo parâmetro mais refinado que tanto o FMI quanto a CIA agora julgam ser a melhor métrica para comparar as economias nacionais, o Relatório do FMI mostra que a economia da China é um sexto maior do que a da América (US $ 24,2 trilhões contra US $ 20,8 trilhões dos EUA). Por que não podemos admitir a realidade? O que isto significa?

    Esta semana, o FMI apresentou seu Panorama Econômico Mundial para 2020, fornecendo uma visão geral da economia global e dos desafios futuros. O fato mais inconveniente do Relatório é um que os americanos não querem ouvir - e mesmo quando o lêem, se recusam a aceitar: a China Comunista agora substituiu os EUA para se tornar a maior economia do mundo. Medido pelo parâmetro mais refinado que tanto o FMI quanto a CIA agora julgam ser a melhor métrica para comparar as economias nacionais, o Relatório do FMI mostra que a economia da China é um sexto maior do que a da América (US $ 24,2 trilhões contra US $ 20,8 trilhões dos EUA).

    Explicando sua decisão em sua avaliação anual das economias nacionais - que está disponível online no CIA Factbook - a CIA observou que "o PIB à taxa de câmbio oficial subestima substancialmente o nível real de produção da China Comunista com o resto do mundo. Assim, o novo critério, fornece o melhor ponto de partida disponível para comparações de força econômica e bem-estar entre economias. O FMI acrescenta ainda que as taxas de mercado são mais voláteis e usá-las pode produzir oscilações bastante grandes nas medidas agregadas de crescimento, mesmo quando as taxas de crescimento em países individuais são estáveis.

    Em suma, embora o parâmetro a que a maioria dos americanos está acostumada ainda mostre que a economia chinesa é um terço menor que a dos EUA, quando se reconhece a realidade a economia chinesa hoje é um sexto maior do que a economia dos EUA.

    E daí ? Se isso fosse simplesmente uma competição pelo direito de se gabar, escolher uma medida que permita aos americanos se sentirem melhor sobre nós mesmos tem uma certa lógica. Mas no mundo real, o PIB de uma nação é a subestrutura de seu poder global. Ao longo da última geração, à medida que a China criou a maior economia do mundo, ela substituiu os EUA como o maior parceiro comercial de quase todas as grandes nações (apenas no ano passado adicionando a Alemanha a essa lista). Ela se tornou a oficina de fabricação do mundo. Graças ao crescimento suas forças militares têm mudado constantemente a gangorra de poder em conflitos regionais potenciais. E neste ano, a China ultrapassará os EUA em gastos com P&D, levando os EUA a um “ponto de inflexão em P&D” e competitividade futura.

    Para que os EUA enfrentem o desafio da China , os americanos precisam acordar para o fato desagradável: a China já nos ultrapassou na corrida para ser a economia nº 1 do mundo. Além disso, em 2020, a China será a única grande economia que registrará um crescimento positivo: a única economia que será maior no final do ano do que era no início do ano. As consequências para a segurança americana não são difíceis de prever. O crescimento econômico divergente irá encorajar um ator geopolítico cada vez mais assertivo no cenário mundial.


    https://nationalinterest.org/feature/ch ... ked-170719

    E, como pontua a revista The National Interest, o crescimento de dois dígitos por ano em despesas com Defesa já tornou favorável à China o balanço de forças nos conflitos regionais. Em 2020, a China ultrapassará os Estados Unidos em despesas com Pesquisas & Desenvolvimento. Ou seja, prepara-se para ser potência ainda maior em tecnologias de ponta.

    https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003478227

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    China diz que EUA fazem ‘abordagem criminosa' para barrar a Huawei no 5G
    Embaixada afirmou que os EUA não querem os chineses no 5G porque os próprios americanos não poderiam mais acessar sistemas de terceiros

    Em resposta a acusações feitas pela comitiva americana em visita ao Brasil, mas sem citar diretamente os brasileiros, a embaixada chinesa em Brasília disse que os Estados Unidos têm realizado escutas cibernéticas e vigilância "há muito tempo", no que chamou de uma "rede suja" discriminatória, monopolista e de "abordagem criminosa". Segundo a embaixada, os EUA não querem que a Huawei participe das redes 5G pelo mundo porque os próprios americanos não poderiam mais acessar sistemas de terceiros. As duras afirmações foram feitas pela conta oficial da embaixada no Twitter.

    Em guerra comercial com o país asiático, os EUA pressionam países aliados, incluindo o Brasil, para banir a Huawei do fornecimento de equipamentos a operadoras das redes de 5G, alegando que os produtos podem ser usados por Pequim para espionagem e roubo de propriedade intelectual. "Especialmente se vocês [Brasil] tiverem a Huawei na sua rede 5G, haverá ‘backdoors’ [portas de acesso a sistemas] e a capacidade de decifrar quase todos os dados que são gerados em qualquer lugar do Brasil”, afirmou ontem o conselheiro de Segurança Nacional americano, Robert O''Brien, em passagem por São Paulo.

    Segundo a embaixada chinesa, em várias ocasiões, a Huawei disse que gostaria de assinar acordo de "proibição de backdoors" com os países. "Acho que a razão pela qual os EUA suprimem a HW [Huawei] é que, caso outros países usem equipamentos HW, os EUA não poderão mais tocar em outras pessoas através de backdoors", afirmou a representação no Twitter. "Os EUA, há muito tempo, têm realizado escutas cibernéticas e vigilância, e o seu movimento mais recente foi liderar o Five Eyes para pedir às empresas que instalassem ''backdoors'' em aplicativos criptografados."

    Em 1º lugar, esta é uma rede de escutas. Os EUA, há muito tempo, têm realizado escutas cibernéticas e vigilância, e o seu movimento mais recente foi liderar o Five Eyes para pedir às empresas que instalassem "backdoors" em aplicativos criptografados.


    A embaixada cita o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, para falar que "a chamada ''Rede Limpa'' dos EUA é na verdade uma impopular ''Rede Suja'', que é discriminatória, exclusiva e politizada por natureza". "Se você olhar para precedentes como o caso da Toshiba em 1987 e o caso da Alstom em 2014, verá que a chamada ''Rede Limpa'' é, na sua essência, uma ''Intimidação Digital''", acrescenta.

    A "rede suja", segundo a embaixada, seria "uma rede de monopólio". "Sempre ocorreu no passado que os EUA, a fim de buscar lucro monopolista e hegemonia em C&T [ciência e tecnologia], adotam uma abordagem criminosa e usam o seu poder de Estado para oprimir empresas não americanas que tenham vantagens competitivas", afirmou. "Na era da globalização, a ideia de ''ideologia antes da tecnologia'' e a opressão deliberada sobre certos países e empresas só levam ao isolamento auto-imposto, prejudicando a si mesmo e a outros."

    A embaixada afirma ainda que a "rede suja" seria "uma rede de ideologia". "Mais do que uma ''Rede Limpa'', promove uma ''Guerra Fria'' nos domínios de ciência & tecnologia e discriminação contra determinados países."

    A representação chinesa no Brasil diz acreditar que "a maioria dos países permanecerá independente, tomará suas próprias decisões, dirá não à ''Rede Suja'' dos EUA e promoverá um ambiente de negócios justo, aberto e não discriminatório para empresas de tecnologia #5G em todo o mundo". "Percebemos que muitos países não estão interessados na ''Rede Suja'' e até mesmo denunciam os movimentos dos EUA", acrescenta.


    https://valor.globo.com/brasil/noticia/ ... o-5g.ghtml
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