O seu lugar para falar asneiras e discutir assuntos variados
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 moullet
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    https://noticias.uol.com.br/saude/ultim ... r-1-bi.htm

    Muito interessante essa discussão.

    O SUS já tem uma lista de remédios que paga integralmente para doentes crônicos, e que consome perto de 15 bi de reais. Remédios que estão fora dessa lista, muitas vezes sem nem terem sido aprovados pela ANVISA, são comprados por meio de ordem judicial, através de ONGs de fachada mantidas por indústrias farmacêuticas. Nessas vai mais de 1.2 bi, Dá quase 15% do orçamento total do Ministério para, basicamente, pessoas com doenças raras de tratamento caríssimo, portadores de HIV e câncer.

    A tendência é piorar, pois mais e mais farmacêuticas estão explorando essa mina de ouro, investindo em tratamentos de vida inteira para várias enfermidades. O governo é o principal cliente da maioria delas.

    Como dinheiro não é elástico, acaba faltando para serviços básicos que poderiam atender e beneficiar muito mais pessoas.

    Como resolver esse dilema?

    Foda, né? O governo ser seu cliente é sempre o melhor negocio
    A pessoa morre de pneumonia mas nao morre de aids
    Minha ideologia atual é @vamos desistir do Brasil pelo amor de deus.

     songohan2
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    Negócio é comprar logo depois do Segwit. Em novembro volta a subir de novo, ou até antes.

     moullet
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    OPINIÃO
    O dinheiro que falta
    O dinheiro, que na nossa época corre por toda a Terra como esta gira à volta do Sol, define-se pelo paradoxo da falta, e onde existe mais é onde mais falta.
    14 de Julho de 2017, 15:09

    A discussão política sobre orçamentos, cativações, gastos e necessidades mínimas e máximas dos serviços e instituições do Estado parece de uma grande racionalidade pragmática – como tudo o que tem por medida o dinheiro – mas é pura metafísica e não pode contar com provas e argumentos que lhe ponham fim. Na verdade, o dinheiro é o que, por definição, sempre falta. E falta mesmo onde existe em maior abundância. A sociedade só é assim como é porque para além do dinheiro que existe há o dinheiro que falta. Há sempre o dinheiro que falta e nunca se conheceu a situação de suficiência absoluta (e não apenas relativa, porque essa é uma admissão da falta). Igual ao dinheiro, só existe Deus: ambos exercem o máximo poder sobre o mundo através da ausência. Este encontro dos dois senhores soberanos está consagrado numa frase inscrita nas notas e moedas dos Estados Unidos: “In God we trust”. Esta frase diz-nos que não basta que o Estado seja o primeiro garante do dinheiro, a garantia de última instância exige uma certa fé ou uma certa confiança (trust). Lucas, no seu evangelho, decretou antes uma radical divergência: disse que não era possível servir simultaneamente dois senhores, Deus e o Dinheiro. Se há algo que estrutura a sociedade moderna, capitalista, é pois a falta de dinheiro. Daí advém a espera ansiosa pelo investimento (isto é, do dinheiro que chega onde não há), como quem espera o patrocínio da graça divina; e daí devemos deduzir a função imprescindível do crédito, isto é, do dinheiro que ainda não existe mas é uma promessa de que virá a existir. Para coroar os paradoxos do dinheiro enquanto falta, temos esta evidência: o recurso ao crédito varia na razão directa da riqueza. Logo, quanto mais dinheiro há, mais dinheiro falta.

    Podemos explicar o carácter fundamental da falta de dinheiro dizendo que ele representa uma “totalidade” virtual (essa é, aliás, uma das razões pelas quais Marx falou da “magia do dinheiro”) que não pode actualizar-se como real. Tudo está sujeito à regra do subfinanciamento (as escolas, as universidades, os hospitais, os quartéis, etc.) porque há sempre um momento em que é preciso interromper um movimento que deseja nunca ser interrompido, que tende para o infinito. É certo que não é a mesma coisa interromper num ponto ou noutro, não estou a sugerir que deixar um hospital sem médicos por falta de verbas equivale a impedir que ele fique equipado com mobiliário do mais caro design, para o conforto estético dos doentes. Um financiamento infinito – aquele que excluiria a situação contingente da falta de dinheiro – produziria resultados muito pouco desejáveis. Sob a condição do capitalismo, a falta de dinheiro será sempre a questão central de todo o discurso (e não deixa de ser curioso ver os comunistas usar a linguagem do capitalismo). É que no capitalismo, tal como explicou Boris Groys num livro intitulado o Post-Scriptum Comunista (Das kommunistische Postskriptum, 2006), tanto a confirmação como a refutação última das actividades humanas são de ordem económica. E a economia funciona tendo por medium o dinheiro. Pelo contrário, escreve Groys, o comunismo opera uma translacção da sociedade mediada pelo dinheiro para uma sociedade que funciona pelo medium da linguagem. O comunismo, diz ele de maneira provocatória, é um linguistic turn, uma viragem linguística. O que significa que tanto o poder como a sua crítica operam por meio da linguagem. E não é por acaso que Estaline teve a pretensão de ser linguista. Mas, como sabemos, não foi apenas o regime soviético que, no século XX tratou a linguagem como objecto da maquinação totalitária.

     Bruceexx
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    Dólar caindo

     Turin
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    moullet escreveu: https://noticias.uol.com.br/saude/ultim ... r-1-bi.htm

    Muito interessante essa discussão.

    O SUS já tem uma lista de remédios que paga integralmente para doentes crônicos, e que consome perto de 15 bi de reais. Remédios que estão fora dessa lista, muitas vezes sem nem terem sido aprovados pela ANVISA, são comprados por meio de ordem judicial, através de ONGs de fachada mantidas por indústrias farmacêuticas. Nessas vai mais de 1.2 bi, Dá quase 15% do orçamento total do Ministério para, basicamente, pessoas com doenças raras de tratamento caríssimo, portadores de HIV e câncer.

    A tendência é piorar, pois mais e mais farmacêuticas estão explorando essa mina de ouro, investindo em tratamentos de vida inteira para várias enfermidades. O governo é o principal cliente da maioria delas.

    Como dinheiro não é elástico, acaba faltando para serviços básicos que poderiam atender e beneficiar muito mais pessoas.

    Como resolver esse dilema?

    Foda, né? O governo ser seu cliente é sempre o melhor negocio
    A pessoa morre de pneumonia mas nao morre de aids
    Minha ideologia atual é @vamos desistir do Brasil pelo amor de deus.
    Esse é um dilema muito foda. É uma discussão bem forte mesmo no âmbito jurídico. Defensoria pública, mp e juízes têm consciência disso, mas não encontram uma saída.
    É muito complicado: chega uma pessoa pra ti (estado), dizendo "preciso de tal remédio, se não me der, morro". O defensor público, MP, juízes vão negar?
    Ao mesmo tempo, aquele dinheiro, inevitavelmente, sai do orçamento de secretarias/ministério da saúde. Ou seja, vai sair do tratamento geral da população e outras pessoas vão acabar morrendo por isso.
    Acaba sendo uma decisão mais emotiva do que racional, no fundo, onde se salva uma pessoa em prejuízo de outras, simplesmente pq é um caso concreto, palpável e individualizado.

    Pelo que me consta, RS é o estado onde isso é mais grave. Saca só alguns dados:

    A gravidade do problema é refletida nos R$ 235 milhões gastos pela secretaria no ano passado para fornecer medicamentos, muitos dos quais importados, a 61 mil pacientes que moveram ações judiciais. No mesmo período, o órgão despendeu R$ 73 milhões para fornecer medicamentos da tabela do SUS a 103 mil pacientes administrativos, ou seja, que não recorreram à Justiça.

     FooFighters
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    Ministros da Fazenda, Planejamento e Banco Central e o Presidente do BNDES reafirmam compromisso com a criação da TLP
    18/07/2017 16:30

    Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, reuniram-se nesta terça-feira (18/07) para tratar da Medida Provisória 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP). Ao final do encontro, os quatro reafirmam compromisso mútuo com a medida e sua importância para o País.

    Em conjunto, eles destacaram os benefícios da TLP para o desenvolvimento econômico e social do Brasil:

    a) Protegerá o trabalhador. Ao melhorar a remuneração do Fundo de Amparo ao Trabalhador, que hoje é deficitário, eliminando o risco de descontinuidade ou redução das políticas de assistência ao trabalhador.

    b) Contribuirá para o equilíbrio fiscal. Ao melhorar a rentabilidade dos recursos públicos, oriundos de receita tributária, que formam os fundos abrangidos pela medida.

    c) Contribuirá para aumentar a potência da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia brasileira. Ao reduzir o volume de crédito alheio aos efeitos do principal instrumento de política monetária, a TLP permitirá a redução na taxa estrutural de juros, com reflexos positivos na diminuição do custo do crédito no País.

    d) Democratizará o crédito mais barato. Considerando que atualmente uma parcela pequena das empresas tem acesso a crédito subsidiado, a redução do custo do crédito para todas as empresas terá importante efeito distributivo de renda, melhor alcançando setores e regiões menos privilegiados.

    e) Fomentará o financiamento privado de longo prazo e o mercado de capitais. A redução da diferença entre a taxa de longo prazo praticada pelo BNDES e por financiadores privados, aproximando-as à taxa corrente de captação do Tesouro Nacional, atrairá agentes privados ao mercado de longo prazo. Também ampliará as opções aos tomadores e fomentará o mercado secundário de securitização de créditos de longo prazo, potencializando o funding para o setor.

    f) Permitirá ao BNDES contar com o mercado secundário de securitização de créditos de longo prazo, o que ampliará a disponibilidade e liquidez de recursos para o financiamento de projetos de longo prazo no País.

    g) Estimulará o BNDES a buscar fontes mais baratas de financiamento, tanto no mercado doméstico quanto, especialmente, no mercado internacional, que dispõe de recursos amplos para tal.

    No intuito de colaborar tecnicamente para a análise da MP 777 pelo Congresso Nacional, nos próximos dias será enviada uma Nota Técnica conjunta ao relator da Comissão Mista da MP 777, Deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), com esclarecimentos sobre a medida.

    Henrique Meirelles – Ministro da Fazenda
    Dyogo Oliveira – Ministro do Planejamento
    Ilan Goldfajn - Presidente do Banco Central do Brasil
    Paulo Rabello de Castro – Presidente do BNDES


    Brasília, 18 de julho de 2017.
    Banco Central do Brasil
    Assessoria de Imprensa
    imprensa@bcb.gov.br
    (61) 3414-2808

     Klimt
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    Turin escreveu:
    moullet escreveu: https://noticias.uol.com.br/saude/ultim ... r-1-bi.htm

    Muito interessante essa discussão.

    O SUS já tem uma lista de remédios que paga integralmente para doentes crônicos, e que consome perto de 15 bi de reais. Remédios que estão fora dessa lista, muitas vezes sem nem terem sido aprovados pela ANVISA, são comprados por meio de ordem judicial, através de ONGs de fachada mantidas por indústrias farmacêuticas. Nessas vai mais de 1.2 bi, Dá quase 15% do orçamento total do Ministério para, basicamente, pessoas com doenças raras de tratamento caríssimo, portadores de HIV e câncer.

    A tendência é piorar, pois mais e mais farmacêuticas estão explorando essa mina de ouro, investindo em tratamentos de vida inteira para várias enfermidades. O governo é o principal cliente da maioria delas.

    Como dinheiro não é elástico, acaba faltando para serviços básicos que poderiam atender e beneficiar muito mais pessoas.

    Como resolver esse dilema?

    Foda, né? O governo ser seu cliente é sempre o melhor negocio
    A pessoa morre de pneumonia mas nao morre de aids
    Minha ideologia atual é @vamos desistir do Brasil pelo amor de deus.
    Esse é um dilema muito foda. É uma discussão bem forte mesmo no âmbito jurídico. Defensoria pública, mp e juízes têm consciência disso, mas não encontram uma saída.
    É muito complicado: chega uma pessoa pra ti (estado), dizendo "preciso de tal remédio, se não me der, morro". O defensor público, MP, juízes vão negar?
    Ao mesmo tempo, aquele dinheiro, inevitavelmente, sai do orçamento de secretarias/ministério da saúde. Ou seja, vai sair do tratamento geral da população e outras pessoas vão acabar morrendo por isso.
    Acaba sendo uma decisão mais emotiva do que racional, no fundo, onde se salva uma pessoa em prejuízo de outras, simplesmente pq é um caso concreto, palpável e individualizado.

    Pelo que me consta, RS é o estado onde isso é mais grave. Saca só alguns dados:

    A gravidade do problema é refletida nos R$ 235 milhões gastos pela secretaria no ano passado para fornecer medicamentos, muitos dos quais importados, a 61 mil pacientes que moveram ações judiciais. No mesmo período, o órgão despendeu R$ 73 milhões para fornecer medicamentos da tabela do SUS a 103 mil pacientes administrativos, ou seja, que não recorreram à Justiça.
    Emocionalmente é complicadíssimo mesmo, mas é o trabalho. Esse é aquele exemplo que eu dei que advogado tem que saber um básico de economia pra tomar essa decisão, vida humana infelizmente não tem valor infinito e é o dinheiro dos outros que tá sendo alocado aí. Ainda mais casos estranhíssimos com tratamentos alternativos muito caros.

    O @Will-lliW fez um tópico sobre ajudar pessoas e lá mesmo teve um usuário que discordou a quantidade destinada para salvar uma pessoa, o que seria totalmente válido se fosse dinheiro público.
    Acho que isso é um caso que poderia funcionar sem gov só com doações voluntárias e com ajuda de ONGs. Se te pedissem, tenho certeza que doaria e a maioria aqui também.

     Klimt
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    PUC-RS empolgou e tá trazendo até o Steve Wozniak.

    Do nada é um lugar que tá fazendo esses eventos de curta-duração com grandes nomes e tem conseguido atenção.

    Espero que consigam montar cursos "normais" fortes com a atenção/dinheiro. Esses últimos posts do Foo e Coquetel desanimaram com qualidade da maioria dos centros, a gente precisa de opções boas fora do eixo.

     Klimt
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    Com inflação caindo muito mais do que esperado, juro nominal vai acompanhar forte (ele cai pela expectativa de inflação, na verdade). Nesse cenário, vale a pena tirar o pó do post da primeira página e buscar conhecer mais sobre bolsa de valores.

    Não sabemos quanto tempo isso pode durar, mas se a mamata do juro alto acabar ou pelo menos diminuir no Brasil já vale a pena se preparar para ganhar dinheiro.

    Livros + Simuladores das corretoras melhor combo de aprendizado e não custa nada além de tempo.

    Falando nisso, o último Master in Business foi com o Ed Thorpe. Um dos grandes quants aí do mercado, raiz mesmo, lá do início. Para os fãs do Taleb, ele curte e respeita muito o Thorpe, certamente é um cara com "skin in the game" para ele. Vale a pena ouvir e procurar os livros dele.

    https://www.bloomberg.com/news/audio/20 ... the-market

    PS: o bom de estudar finanças assim é que você pode aplicar em praticamente tudo no dia a dia pra treinar, além de te dar um rigor analítico muito legal, parecido com matemática. Exemplo recente: Neymar e PSG, como chegar num preço para ele? Ou já que a gente fala tanto de esports aqui, como fazer o valuation do Coldzera, por ex? Que é mil vezes mais díficil porque mal tem mercado (como muitos ativos, vide as cartas de Magic do 123oliveira4 travadas).


     moullet
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    Turin, Klimt

    eu tenho muitas objecoes ao Sistema Unico de Saude pq acho que beneficia muito o rico. Nesses casos, por exemplo, o sr X, rico, que tem acesso a advogado, consegue o remedio. O pobre morre de pneumonia sem remedio. O pobre que tem a mesma doenca do sr. X sequer vai conseguir entrar na justiça. Nao faz sentido. Agora é muito difcil voce argumentar contra o SUS pois todo mundo considera uma coisa boa, universal. É o problema esquerdista de ignorar os numeros e acreditar na mágica.

     moullet
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    Fiz uma conta rápida aqui: o Ciência Sem Fronteiras custou cerca de 3.2 bilhões de reais.

    Com 3.2 bilhões de reais seria possível bancar, em um cálculo bem esquemático, cerca de 160 fellowships de 20 anos, pagando um astronômico salário de um milhão de reais/ano, a fim de atrair talento internacional. Digamos que, para mudar o perfil de dado departamento, precisássemos de um cluster de cinco pesquisadores de ponta em uma mesma disciplina. O orçamento do CSF poderia custear até 32 clusters, espalhados pelas universidades públicas do país. Seriam vinte anos em que esses pesquisadores publicariam em nome da instituição, orientariam pós-graduandos e trariam os melhores nomes da área para participarem de seminários internacionais.

    Alternativamente, o mesmo montante pagaria uma quantidade absurda de bolsas de assistência. Para um curso de 5 anos, assumindo uma bolsa de 600 reais/mês, um aluno da assistência custa 36.000 reais. 3.2 bilhões de reais custeariam até 88.888 alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica durante todo o curso. Ou ainda equivale a dar 32 mil reais para 100 MIL DOUTORANDOS para financiar suas pesquisas.

    minha posição particular, aluno de federal que fui por 9 anos: DEIXA QUEBRAR ESSAS PORRA TUDO. Mas só pra botar as coisas em perspectiva.. fica aí o exercício.

     moullet
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    Viram a sapatada do Schwatzman na Laurinha?
    "A coluna de Laura Carvalho da semana passada é um primor: é raro encontrar tantos erros concentrados em apenas 3.200 caracteres.

    Resumindo, ela afirma que a reforma trabalhista não representa um ganho de competitividade no agregado porque, "se uma mudança reduz o custo com a mão de obra de todos os empresários ao mesmo tempo, não é possível ganhar competitividade em relação aos concorrentes nacionais".

    Essa afirmação trai o desconhecimento do que é a reforma trabalhista, para começar, bem como falhas não menos consideráveis a respeito de como funciona a economia.

    Como tive oportunidade de explorar em coluna escrita com meu irmão, Sérgio Schwartsman, a reforma trabalhista essencialmente regula uma série de práticas até então à margem da legislação e dá aos acordos coletivos peso de lei, ressalvados direitos como férias, 13º, horas extras, jornada de trabalho etc.

    Seu principal mérito, portanto, consiste em reduzir a incerteza judicial na relação trabalhista.

    Assim, o risco de um empregador acabar incorrendo em custos adicionais (por força de decisões da Justiça do Trabalho) se reduz, o equivalente a um aumento de produtividade: produz-se o mesmo com menor custo esperado.

    Adicionalmente a reforma encoraja a formalização do trabalho, o que também tem sido associado a maior produtividade, por ganhos de escala, acesso a crédito e outros mecanismos.

    Caso soe estranho afirmar que maior produtividade não tem efeitos positivos sobre a economia, é porque é estranho mesmo (se fosse verdade, teríamos que concluir que redução da produtividade não traria consequências negativas, algo que qualquer venezuelano pode atestar em contrário).

    Falta à análise de Laura considerar os impactos da produtividade sobre a economia.

    Por exemplo, é esquisito considerar que a reforma trabalhista implicaria salários menores; ao contrário, a redução do custo esperado aumenta a demanda por trabalho, elevando, consequentemente, o salário recebido. Assim, sua conclusão sobre a reforma reduzir a remuneração dos trabalhadores não se segue.

    Isso dito, também não é verdade que a reforma não implique ganhos relativos de competitividade.

    Para ver isso, imagine duas empresas com R$ 100 de capital, remunerado a 10% ao ano, ou seja, custo de capital de R$ 10/ano.

    Uma emprega dez trabalhadores ao custo de R$ 1,00 por trabalhador/ano; a outra, cem trabalhadores ao mesmo custo unitário, implicando custo de trabalho de R$ 10/ano na primeira e R$ 100/ano na segunda. Seus custos totais, portanto, são R$ 20/ano e R$ 110/ano, respectivamente.

    Uma redução de 10% no custo do trabalho reduz o custo total da primeira para R$ 19/ano, ganho de 5%. No caso da segunda, o custo cai para R$ 100/ano, ganho de 9%.

    Vale dizer, empresas intensivas em trabalho ganham mais do que as intensivas em capital, o que deve ser sempre verdade em um mundo em que não exista apenas um insumo para a produção, ou seja, o mundo como ele é...

    Relendo a coluna, percebo que afirmei apenas o óbvio: aumento da produtividade é sempre benéfico e eleva salários; já os efeitos de redução do custo do trabalho beneficiam mais quem usa trabalho mais intensamente. Como podem ter escapado a uma professora da USP?

    A resposta é simples: quando a conclusão precede a análise, a lógica é sempre sacrificada."
    Fabricio, Klimt, Galho e 2 outros  isso

     Fabricio
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    laura carvalho só fala merda

    nem é possível chamá-la de economista. ela é apenas uma militante do pt disfarçada de professora.

     Klimt
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    Fabricio escreveu: laura carvalho só fala merda

    nem é possível chamá-la de economista. ela é apenas uma militante do pt disfarçada de professora.
    Logo, pega BC ou alguma secretaria da Fazenda em menos de 8 anos.

     Klimt
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    Quais ativos tem que entrar na carteira da fé na humanidade?

    Ativos com pouca info disponível, supostamente revolucionários que tem valuation binário. Você divide os analistas entre os que acreditam e os que não acreditam, os números são coisas toscas para justificar esse preconceito.

    Acho que pelo menos uns 10~20% da poupança de alguém poderia tranquilamente ir para essa carteira que deve ter uma volatilidade bem alta, mas com chance de upside monstruoso. Como você vai diversificando em várias apostas, vai na lógica do agente de jogador de futebol, só precisa que 1 ou 2 deem certo. É arriscado porque muitas podem dar errado, pode entrar em bolhas que vão estourar, etc...

    Os que me vem aqui de cabeça são Bitcoin, Ethereum, Tesla, SpaceX, Amazon, Netflix, Uber, etc...

    O que mais?

    Empresas que exigem muita criatividade porque vão apresentar cash flow negativo, então tem que contar história pra chegar no valor. Em compensação é o maior upside de uma carteira para 20~30 anos que eu vejo, pra quem é novo principalmente.

     São Marcos
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    Klimt escreveu: Quais ativos tem que entrar na carteira da fé na humanidade?

    Ativos com pouca info disponível, supostamente revolucionários que tem valuation binário. Você divide os analistas entre os que acreditam e os que não acreditam, os números são coisas toscas para justificar esse preconceito.

    Acho que pelo menos uns 10~20% da poupança de alguém poderia tranquilamente ir para essa carteira que deve ter uma volatilidade bem alta, mas com chance de upside monstruoso. Como você vai diversificando em várias apostas, vai na lógica do agente de jogador de futebol, só precisa que 1 ou 2 deem certo. É arriscado porque muitas podem dar errado, pode entrar em bolhas que vão estourar, etc...

    Os que me vem aqui de cabeça são Bitcoin, Ethereum, Tesla, SpaceX, Amazon, Netflix, Uber, etc...

    O que mais?

    Empresas que exigem muita criatividade porque vão apresentar cash flow negativo, então tem que contar história pra chegar no valor. Em compensação é o maior upside de uma carteira para 20~30 anos que eu vejo, pra quem é novo principalmente.
    eu tiraria o uber dessa lista, pelas ultimas noticias que sairam e pelo modelo de negocio que ainda nao é sustentavel

    quando tiver com uma boa carteira diversificada e tiver condições de me dar ao luxo de eventuais perdas, vou fazer algumas apostas nesse estilo de empresario de jogador de futebol

     FooFighters
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    Schwartsman é um homão da porra.

    Além de ser bom no que faz, ele tem colhão de aloprar esses caras que causam atraso pro país. Mito.

     FooFighters
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    Klimt escreveu: PUC-RS empolgou e tá trazendo até o Steve Wozniak.

    Do nada é um lugar que tá fazendo esses eventos de curta-duração com grandes nomes e tem conseguido atenção.

    Espero que consigam montar cursos "normais" fortes com a atenção/dinheiro. Esses últimos posts do Foo e Coquetel desanimaram com qualidade da maioria dos centros, a gente precisa de opções boas fora do eixo.
    Os caras tão investindo pesado nisso aí.

    O tanto de marketing que já vi disso, não tá escrito.

    Acho bom essas coisas pro Brasil, mas seria melhor se as pessoas começassem a fazer mais MOOCs de universidades de lá de fora, como Stanford, Harvard e MIT.
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