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 Prox
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    Lembrei quando chegou em Fortaleza aquele navio cheio de lixo hospitalar dos EUA, pessoal foi pegando os lençóis, lavavam e colocavam pra vender em lojas de varejo :lol: :lol: :lol: :lol:

     Farofas
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    Prox escreveu: Lembrei quando chegou em Fortaleza aquele navio cheio de lixo hospitalar dos EUA, pessoal foi pegando os lençóis, lavavam e colocavam pra vender em lojas de varejo :lol: :lol: :lol: :lol:
    :lolsuper: :lolsuper: :lolsuper: :lolsuper: :lolsuper:

     Bruceexx
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    urubuzepelim escreveu:
    Bruceexx escreveu:
    RreloadD escreveu: Só pra constar, esses dias passou aqui pela cidade um missionário dass Filipinas, veio aqui na loja. Fiquei uma hr falando com ele, gnt boa pra krl, simples. Ele adora o Duderte, disse que ta melhorando mt o país, diminuindo crime e matando bandido
    Eu discordo da política anti-drogas de perseguir usuários, mas dizer que a repressão dele "não funciona" se comparar ao que era antes, é bem leviano daqueles que o fazem.

    A mídia ocidental é a grande culpada nisso, pois te induz a pensar que ele é o Hitler.
    Mas de certa forma ele é. Hitler também trouxe pacificação e otimismo aos alemães após um período bastante perverso em níveis culturais e sociais.

    Na verdade, um paralelo mais adequado para o Duterte seria o Stálin. As políticas anti-crime são bastante similares. Duterte é comunista raiz.
    Sim, o Duterte é antissemita e defende eugênia :ironico:

     Zeppelin
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    SixAxiS escreveu:
    urubuzepelim escreveu:
    Bruceexx escreveu:
    RreloadD escreveu: Só pra constar, esses dias passou aqui pela cidade um missionário dass Filipinas, veio aqui na loja. Fiquei uma hr falando com ele, gnt boa pra krl, simples. Ele adora o Duderte, disse que ta melhorando mt o país, diminuindo crime e matando bandido
    Eu discordo da política anti-drogas de perseguir usuários, mas dizer que a repressão dele "não funciona" se comparar ao que era antes, é bem leviano daqueles que o fazem.

    A mídia ocidental é a grande culpada nisso, pois te induz a pensar que ele é o Hitler.
    Mas de certa forma ele é. Hitler também trouxe pacificação e otimismo aos alemães após um período bastante perverso em níveis culturais e sociais.

    Na verdade, um paralelo mais adequado para o Duterte seria o Stálin. As políticas anti-crime são bastante similares. Duterte é comunista raiz.
    " Hitler também trouxe pacificação e otimismo aos alemães após um período bastante perverso em níveis culturais e sociais."

    Quando? Se ele pregava perseguição aos judeus todo tempo? Não existia alemão judeu? Vc tá louco filho da puta. Fora quem ia contra os ideais do Reich, ia preso tbm.

    Vai tomar no seu cu
    Opa.

    O comentário se restringiu a que existem sim paralelos*. Acrescento em seguida que há uma comparação mais válida ao Duterte dentro da figura do Stalin. No imaginário popular russo, especialmente entre os mais saudosistas, os gulags eram vistos como uma ferramenta de contingência da atividade criminosa (isso inclui drogados, delinquentes, vagabundos em geral). Claro que quem visualiza por uma perspectiva mais afastada, vê a ferramenta de repressão política que são essas prisões.

    Duterte parece que vê a obediência civil por lentes similares. Outro paralelo é a China de Mao (se não me engano, o Kogos já fez um argumento similar) pela óbvia obsessão com o controle de drogas ao ponto em que se pune os usuários de maneira 'desproporcional', diriam os críticos.

    *Eu explicitei as características que considerei anacrônicas (pacificação e otimismo). Em momento algum entrei no mérito das óbvias contradições intrínsecas ao Regime Nazista: obviamente um judeu alemão é, também, um alemão. Ainda no meu ponto anterior, um artigo (que você pode achar interessante) sobre a cultura hiperinflacionada Alemanha pós-primeira guerra: https://mises.org/library/when-money-di ... after-1910

    Former Prime Minister Henry Lloyd George, writing in 1932, remarked that words like "catastrophe," "ruin," and "devastation" were not enough to describe the situation, given the common usage into which such words had fallen. Looting, vandalism, theft, the rise in prostitution, famine, disease, the consumption of dogs; people robbed of their clothes on the street — all were routine events of the "bourgeois" social quotidien. The constant threat of civil war loomed, as did neighboring Bolshevism. Bavaria had to declare martial law.

    Para entender o que me refiro ao otimismo alemão durante o período nazista, o artigo é bastante útil.

    Por último, vai se foder.
    Editado pela última vez por Zeppelin em 06/06/2019, 01:47, em um total de 1 vez.

     Zeppelin
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    Bruceexx escreveu:
    urubuzepelim escreveu:
    Bruceexx escreveu:
    RreloadD escreveu: Só pra constar, esses dias passou aqui pela cidade um missionário dass Filipinas, veio aqui na loja. Fiquei uma hr falando com ele, gnt boa pra krl, simples. Ele adora o Duderte, disse que ta melhorando mt o país, diminuindo crime e matando bandido
    Eu discordo da política anti-drogas de perseguir usuários, mas dizer que a repressão dele "não funciona" se comparar ao que era antes, é bem leviano daqueles que o fazem.

    A mídia ocidental é a grande culpada nisso, pois te induz a pensar que ele é o Hitler.
    Mas de certa forma ele é. Hitler também trouxe pacificação e otimismo aos alemães após um período bastante perverso em níveis culturais e sociais.

    Na verdade, um paralelo mais adequado para o Duterte seria o Stálin. As políticas anti-crime são bastante similares. Duterte é comunista raiz.
    Sim, o Duterte é antissemita e defende eugênia :ironico:
    Eu vejo paralelos, obviamente não incluem as características que você citou. Se quiser entender melhor o que quis dizer, o post que respondi o SixAxis esclarece um pouco. Enfim, falando estritamente do Duterte, não tem como negar que essas estratégias de combate ao crime organizado dão certo, mas eu não consigo defender uma merda dessas. Se os filipinos gostam, eu imagino que o país devia ser um verdadeiro inferno na Terra antes disso.

     Bruceexx
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    urubuzepelim escreveu:
    Bruceexx escreveu:
    urubuzepelim escreveu:
    Bruceexx escreveu:
    RreloadD escreveu: Só pra constar, esses dias passou aqui pela cidade um missionário dass Filipinas, veio aqui na loja. Fiquei uma hr falando com ele, gnt boa pra krl, simples. Ele adora o Duderte, disse que ta melhorando mt o país, diminuindo crime e matando bandido
    Eu discordo da política anti-drogas de perseguir usuários, mas dizer que a repressão dele "não funciona" se comparar ao que era antes, é bem leviano daqueles que o fazem.

    A mídia ocidental é a grande culpada nisso, pois te induz a pensar que ele é o Hitler.
    Mas de certa forma ele é. Hitler também trouxe pacificação e otimismo aos alemães após um período bastante perverso em níveis culturais e sociais.

    Na verdade, um paralelo mais adequado para o Duterte seria o Stálin. As políticas anti-crime são bastante similares. Duterte é comunista raiz.
    Sim, o Duterte é antissemita e defende eugênia :ironico:
    Eu vejo paralelos, obviamente não incluem as características que você citou. Se quiser entender melhor o que quis dizer, o post que respondi o SixAxis esclarece um pouco. Enfim, falando estritamente do Duterte, não tem como negar que essas estratégias de combate ao crime organizado dão certo, mas eu não consigo defender uma merda dessas. Se os filipinos gostam, eu imagino que o país devia ser um verdadeiro inferno na Terra antes disso.
    É claro

    Quando vc ta na merda, qualquer coisa que apareça você abraça.

    Nego vive falando de esquerda e direita, mas o povão não sabe o que é e ta cagando pra isso.

    Só querem uma vida melhor..

     Farofas
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    tremenda farsa sexista

    Dutreta nunca foi gay

     Touro Mecânico
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    Farofas escreveu:

    Parabéns ao governo brasileiro. Espero que, em breve, possam implantar uma política antidrogas semelhante à que o herói Duterte implantou nas Filipinas.

     Farofas
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    Politica anti-drogas do Bozonaro:

     GAMEXR BR
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    Estado brasileiro é essa bosta ai, principalmente governo de um conserva cuck, insistindo a 30 anos numa guerra anti-drogas criminosa que só resultou em miseria economica e social e na ascensão do crime organizado, obvio que vão passar pano para os que fazem o mesmo.

     Farofas
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    "A guerra às drogas de Duterte é uma farsa"


    Desde que assumiu o poder, há pouco mais de três anos, Rodrigo Duterte não só comanda uma campanha assassina contra os usuários e traficantes de drogas como também promove um ataque explícito às instituições democráticas do país, muitas vezes usando sua chamada "guerra às drogas" como desculpa para perseguir adversários políticos e dissidentes.

    Sei disso muito bem, pois sou uma de suas vítimas. Estou escrevendo este artigo de dentro de uma das celas de Camp Crame, sede nacional da polícia em Manila. Estou aqui há dois anos, depois de ser presa sob acusações falsas de tráfico de drogas – mas o único crime que cometi foi usar minha plataforma no Senado para me posicionar contra a brutalidade da campanha contra as drogas de seu governo. E não sou, nem de longe, o único alvo.

    A administração de Duterte orquestrou a retirada de um juiz da Suprema Corte, além de ter assediado e marginalizado a própria vice, Leni Robredo (que pertence a outro partido). Membros independentes da imprensa vêm sofrendo bullying e acusações fabricadas de infrações criminais, com um deles inclusive tão pressionado que acabou se vendendo aos aliados do presidente. O líder do país chegou a ameaçar ativistas dos direitos humanos de morte publicamente, ainda que ele e seus assessores tentassem minimizar as declarações como sendo "brincadeirinha".

    Mais preocupante talvez seja o esforço da administração atual em acabar com o pouco que resta da oposição política formal, geralmente por meio de casos criminais politizados.

    Rodrigo Duterte não só comanda uma campanha assassina contra os usuários e traficantes de drogas como também promove um ataque explícito às instituições democráticas do país

    Como o meu caso. Em 2016, pouco depois da eleição de Duterte, abri uma investigação no Senado para averiguar os assassinatos extrajudiciais que estavam sendo cometidos em nome do combate aos crimes do tráfico – e a reação do presidente não foi só rápida como cruel. Uma vez ele afirmou: "Vou ter de destruí-la em público". Já me chamou de "mulher imoral" e, em 2016, seus aliados alegaram possuir um vídeo comprometedor meu, de teor sexual, que ameaçaram exibir no painel congressional. Em fevereiro de 2017, eu me entreguei à polícia depois que um mandado de prisão foi emitido contra mim. Estou encarcerada desde então, sob três acusações relacionadas a drogas – das quais as evidências são tão frágeis que chegam a ser risíveis. A ONU, a União Europeia, diversos grupos de direitos humanos e outros especialistas denunciaram a incriminação por suas motivações políticas.

    Outros legisladores de oposição enfrentam tratamento semelhante, principalmente os que se opõem à guerra às drogas de Duterte ou quaisquer outras de suas medidas administrativas principais, como sua intenção de restaurar a pena de morte ou revisar a Constituição, provavelmente para acabar com o limite dos mandatos presidenciais.

    Muitos desses casos são difíceis de acreditar. Em outubro de 2018, os congressistas Antonio Tinio e Ariel Casilao organizaram um protesto pacífico em Davao contra a aplicação contínua da lei marcial na ilha meridional de Mindanao, depois de flagrantes operações terroristas realizadas por um grupo armado ligado ao Estado Islâmico, no início de 2017. Ambos foram acusados de abuso de menores, porque aparentemente um grupo de jovens indígenas participou do movimento.

    Outro alvo frequente é Risa Hontiveros, crítica ferrenha da campanha antidrogas do governo. Em 2017, a senadora ajudou a abrigar menores de idade que testemunharam o assassinato de um adolescente por policiais. E, embora estivesse agindo a pedido dos pais dos jovens – que compreensivelmente não confiavam na polícia para garantir a segurança dos filhos –, ela foi acusada de sequestro (e também de grampear telefones).

    Mais sutilmente, a administração também se utiliza de várias táticas para subverter não só as práticas democráticas como também a legislatura. Os políticos que se opõem ao governo de Duterte estão tendo o orçamento de seus distritos eleitorais reduzidos, e às vezes sendo simplesmente destituídos de participação em comitês importantes. Como se isso não bastasse, o presidente também manipula as regras do procedimento da Câmara dos Deputados para garantir que o bloco minoritário oficial – que deveria ser um importante instrumento de fiscalização do Executivo – seja composto principalmente de nomes pró-governo.

    Um novo Congresso se reuniu em 22 de julho e Duterte fez seu quarto discurso do Estado da União no mesmo dia. Desde as eleições intermediárias, no início do ano, o Senado está lotado de "gente do presidente", que agora controla a supermaioria necessária para a instauração de políticas problemáticas, incluindo a inclusão de uma emenda à Constituição para garantir poderes ainda maiores ao Executivo.

    Duterte foi eleito com folga em 2016 e seu índice de aprovação se mantém bastante alto. Mas o fato é que as Filipinas o elegeram para que pudesse ajudar o cidadão comum, e não para reprimir uma oposição legítima, também eleita democraticamente, e usar sua violenta campanha antidrogas para consolidar sua primazia no poder.

    Leila de Lima é senadora nas Filipinas e membro do Grupo Parlamentar do Sudeste Asiático para os Direitos Humanos.

    The New York Times Licensing Group – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

    https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao ... uma-farsa/

     queito
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    Farofas escreveu: "A guerra às drogas de Duterte é uma farsa"


    Desde que assumiu o poder, há pouco mais de três anos, Rodrigo Duterte não só comanda uma campanha assassina contra os usuários e traficantes de drogas como também promove um ataque explícito às instituições democráticas do país, muitas vezes usando sua chamada "guerra às drogas" como desculpa para perseguir adversários políticos e dissidentes.

    Sei disso muito bem, pois sou uma de suas vítimas. Estou escrevendo este artigo de dentro de uma das celas de Camp Crame, sede nacional da polícia em Manila. Estou aqui há dois anos, depois de ser presa sob acusações falsas de tráfico de drogas – mas o único crime que cometi foi usar minha plataforma no Senado para me posicionar contra a brutalidade da campanha contra as drogas de seu governo. E não sou, nem de longe, o único alvo.

    A administração de Duterte orquestrou a retirada de um juiz da Suprema Corte, além de ter assediado e marginalizado a própria vice, Leni Robredo (que pertence a outro partido). Membros independentes da imprensa vêm sofrendo bullying e acusações fabricadas de infrações criminais, com um deles inclusive tão pressionado que acabou se vendendo aos aliados do presidente. O líder do país chegou a ameaçar ativistas dos direitos humanos de morte publicamente, ainda que ele e seus assessores tentassem minimizar as declarações como sendo "brincadeirinha".

    Mais preocupante talvez seja o esforço da administração atual em acabar com o pouco que resta da oposição política formal, geralmente por meio de casos criminais politizados.

    Rodrigo Duterte não só comanda uma campanha assassina contra os usuários e traficantes de drogas como também promove um ataque explícito às instituições democráticas do país

    Como o meu caso. Em 2016, pouco depois da eleição de Duterte, abri uma investigação no Senado para averiguar os assassinatos extrajudiciais que estavam sendo cometidos em nome do combate aos crimes do tráfico – e a reação do presidente não foi só rápida como cruel. Uma vez ele afirmou: "Vou ter de destruí-la em público". Já me chamou de "mulher imoral" e, em 2016, seus aliados alegaram possuir um vídeo comprometedor meu, de teor sexual, que ameaçaram exibir no painel congressional. Em fevereiro de 2017, eu me entreguei à polícia depois que um mandado de prisão foi emitido contra mim. Estou encarcerada desde então, sob três acusações relacionadas a drogas – das quais as evidências são tão frágeis que chegam a ser risíveis. A ONU, a União Europeia, diversos grupos de direitos humanos e outros especialistas denunciaram a incriminação por suas motivações políticas.

    Outros legisladores de oposição enfrentam tratamento semelhante, principalmente os que se opõem à guerra às drogas de Duterte ou quaisquer outras de suas medidas administrativas principais, como sua intenção de restaurar a pena de morte ou revisar a Constituição, provavelmente para acabar com o limite dos mandatos presidenciais.

    Muitos desses casos são difíceis de acreditar. Em outubro de 2018, os congressistas Antonio Tinio e Ariel Casilao organizaram um protesto pacífico em Davao contra a aplicação contínua da lei marcial na ilha meridional de Mindanao, depois de flagrantes operações terroristas realizadas por um grupo armado ligado ao Estado Islâmico, no início de 2017. Ambos foram acusados de abuso de menores, porque aparentemente um grupo de jovens indígenas participou do movimento.

    Outro alvo frequente é Risa Hontiveros, crítica ferrenha da campanha antidrogas do governo. Em 2017, a senadora ajudou a abrigar menores de idade que testemunharam o assassinato de um adolescente por policiais. E, embora estivesse agindo a pedido dos pais dos jovens – que compreensivelmente não confiavam na polícia para garantir a segurança dos filhos –, ela foi acusada de sequestro (e também de grampear telefones).

    Mais sutilmente, a administração também se utiliza de várias táticas para subverter não só as práticas democráticas como também a legislatura. Os políticos que se opõem ao governo de Duterte estão tendo o orçamento de seus distritos eleitorais reduzidos, e às vezes sendo simplesmente destituídos de participação em comitês importantes. Como se isso não bastasse, o presidente também manipula as regras do procedimento da Câmara dos Deputados para garantir que o bloco minoritário oficial – que deveria ser um importante instrumento de fiscalização do Executivo – seja composto principalmente de nomes pró-governo.

    Um novo Congresso se reuniu em 22 de julho e Duterte fez seu quarto discurso do Estado da União no mesmo dia. Desde as eleições intermediárias, no início do ano, o Senado está lotado de "gente do presidente", que agora controla a supermaioria necessária para a instauração de políticas problemáticas, incluindo a inclusão de uma emenda à Constituição para garantir poderes ainda maiores ao Executivo.

    Duterte foi eleito com folga em 2016 e seu índice de aprovação se mantém bastante alto. Mas o fato é que as Filipinas o elegeram para que pudesse ajudar o cidadão comum, e não para reprimir uma oposição legítima, também eleita democraticamente, e usar sua violenta campanha antidrogas para consolidar sua primazia no poder.

    Leila de Lima é senadora nas Filipinas e membro do Grupo Parlamentar do Sudeste Asiático para os Direitos Humanos.

    The New York Times Licensing Group – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

    https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao ... uma-farsa/
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    Agradeçam-me depois, amigos.

     Farofas
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    Não se pode dizer que não fomos advertidos. Durante sua campanha para a presidência das Filipinas, Rodrigo Duterte deixou bastante claros seu desprezo pelos direitos humanos e pelo Estado de Direito. O presidente jurou matar aproximadamente 100 mil pessoas – que se tornariam “comida de peixe”.

    Ao longo do último ano, desde que Duterte se tornou presidente, milhares de pessoas foram assassinadas na chamada “guerra às drogas”. Cada manhã, residentes de algumas das zonas mais desfavorecidas se deparam com corpos lançados às ruas apresentando ferimentos de bala. Em alguns casos, os cadáveres também possuem sinais que os denunciam como “traficantes”.

    Em sua campanha contra as drogas, Duterte tem encorajado as pessoas a fazer justiça com as próprias mãos e executar qualquer suspeito de usar ou comercializar substancias ilícitas. “Se você conhece algum viciado, vá em frente e mate-o você mesmo”, disse a uma multidão de apoiadores no ano passado. Inclinado a obscenidades, Duterte não faz nenhum esforço para polir suas palavras ou disfarçar suas intenções. “Minha ordem é de atirar para matá-los”, disse a supostos infratores usuários de drogas. “Os direitos humanos não me importam, pode acreditar”.

    A polícia, cujo papel é supostamente defender o Estado de Direito, se assemelha a uma organização criminosa, executando suspeitos a sangue frio em vez de efetuar detenções. Em seguida, eles manipulam boletins de ocorrência para parecer que a vítima ofereceu resistência. Mesmo após a morte, a dignidade é negada às vítimas. Provas falsas são plantadas em suas residências e seus pertences são roubados.

    Há casos de corpos sendo arrastados e jogados nas ruas. Eles são abandonados em frente a lojas, em esgotos abertos, ou até mesmo empilhados “como lenha” em necrotérios, nas palavras assustadoras de Daniel Berehulak, fotógrafo vencedor do Prêmio Pulitzer. Em vários bairros, a polícia criou um esquema com casas funerárias, que pagam uma comissão por cada corpo que lhes é enviado.

    Pessoas que tiveram coragem de protestar contra o assustador descaso pela vida humana foram estigmatizadas. A Senadora Leila de Lima, principal crítica contra Duterte, ainda sofre na prisão. O presidente do país também fez ameaças de morte a ativistas de direitos humanos. “Eu vou arrancar suas cabeças”, ameaçou em um dos seus discursos inflamados.

    Poucos líderes se orgulham tão descaradamente dos seus atos contra a dignidade humana, sem por isso sofrer consequências. Não apenas faltam investigações sérias sobre os assassinatos em massa ocorridos nas Filipinas e responsabilização, como também Duterte continua se vangloriando diante do mundo e sua reputação permanece intacta.

    Neste ano, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) comemora seu 50º aniversário, tendo o país no comando da organização regional. Os outros nove líderes, dos quais muitos possuem seus próprios históricos questionáveis de direitos humanos, mantêm um silêncio cauteloso em relação aos assassinatos em massa.

    Em maio, de acordo com um texto vazado, Donald Trump rasgou elogios a Duterte pela sua maneira de lidar com o problema das drogas nas Filipinas. “Eu gostaria de parabenizá-lo pelo incrível trabalho que soube que vem fazendo”, declarou Trump. Pese a isso que o Departamento de Estado Americano tenha classificado, em seu relatório anual, os assassinatos como “a principal questão sobre direitos humanos no país” e que tenha lançado um alerta sobre “casos de aparente desrespeito aos direitos humanos e o devido processo por parte do governo.”

    O perigo reside claramente no fato de a comunidade internacional aceitar uma “nova normalidade” em que atrocidades contra a dignidade humana sejam admitidas em troca de outros objetivos. Para Trump, qualquer apoio oferecido por Duterte para neutralizar a crise da Coreia do Norte seria suficiente para silenciá-lo em relação aos abusos aos direitos humanos. A cooperação se fortaleceu desde a declaração da lei marcial em Mindanao, província ao sul do país, enquanto as forças de segurança das Filipinas combatem o grupo armado Estado Islâmico.

    O governo estava tão focado somente na violenta campanha contra as drogas que foi surpreendido quando grupos armados começaram a conquistar território em Mindanao. Quando as autoridades agem fora da lei, as consequências são amplamente sentidas. O resultado é um país ainda mais perigoso – em que autoridades violam o Estado de Direito em vez de defendê-lo, grupos armados ganham espaço e onde a população mais vulnerável sofre.

     Bruceexx
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    Quando vai ter eleição lá? Vai se candidatar?

     Bruceexx
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    Bastante tempo então
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