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 Rlim
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    É o governo Dilma cuspido e escarrado.

     moullet
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    Sem ajuste fiscal, haverá uma espécie de ‘calote’ na dívida disfarçado pela inflação, diz Camargo
    Economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo entende que governo terá de escolher entre inflação e desemprego em 2026 e que episódio do Pix mostrou ‘perda de credibilidade generalizada’

    Qual a avaliação do sr. sobre o momento atual da economia?
    Os investidores não acreditam que o governo vai fazer qualquer coisa importante para reduzir despesas ou pelo menos fazer com que elas parem de crescer. Isso gera pressão inflacionária. E uma parte grande do problema tem a ver com a política de aumento real (acima da inflação) do salário mínimo, que indexa gastos obrigatórios, transferências sociais.

    Como reverter esse quadro?
    O superávit primário que você precisa ter para reverter essa trajetória de aumento da dívida, que está crescendo 4 pontos porcentuais do PIB ao ano, precisaria ser da ordem de 2% do PIB. Hoje temos um déficit de 0,5% do PIB. Então, temos de fazer uma virada de 2,5 pontos só para parar o aumento. Obviamente que os investidores não acreditam que o governo vai fazer nada parecido com isso.

    Qual a sua visão sobre o pacote de contenção de gastos anunciado pelo governo?
    Ele é insuficiente até mesmo para parar o crescimento da dívida. Então, você me pergunta: o que precisaria fazer? A primeira coisa, a mais importante, é mudar a política de salário mínimo. Ela é insustentável no médio prazo, e os investidores estão colocando a valor presente esse risco. Por isso que a taxa de juros já está em 15% em todos os vencimentos.

    O governo colocou um teto de 2,5% no crescimento real do salário mínimo. Não é suficiente?
    Ter alta de 2,5% em termos reais significa somar com mais 5% de inflação. Dá 7,5% nominal, é insustentável. Então, é preciso uma taxa de juros maior para o investidor comprar títulos do governo. Caso contrário, o risco é muito grande.

    Uma nova mudança no salário mínimo parece inviável politicamente. O precisaria ser feito?
    Tirar o aumento real seria um ganho substancial para a confiança. Isso afetaria o preço de mercado, acho que imediatamente.

    Ter pelo menos uma data para o fim da indexação?
    Isso pode pode ter algum efeito, mas ainda assim o ideal seria começar logo. Quando o (ex-presidente Michel) Temer aprovou o teto de gastos (que limitava o crescimento das despesas pela inflação), a taxa de juros caiu à metade. O País gasta todos os anos entre 8% e 9% do PIB para pagar juros. Isso é obviamente insustentável em qualquer lugar do mundo.

    O País já teve juros mais altos. Por que agora o efeito é pior?
    Você tinha uma taxa de juros alta, mas a dívida era 40% do PIB. Agora, é 80%. E a expectativa dos agentes financeiros é de que isso vai continuar aumentando. Esse é o problema.

    Tudo constante, o que vai acontecer?
    Provavelmente o Banco Central, o Executivo e o Ministério da Fazenda vão entrar em um acordo e vão fazer com que o Banco Central aceite uma taxa de inflação um pouco maior do que a meta. Na nossa avaliação, a gente vai ter uma taxa de inflação de 5,7% em 2025 e de 7,2% em 2026. Ainda assim, o Banco Central vai reduzir a taxa de juros a partir de 2026. Vai fechar 2026 com uma taxa de juros de 13,25% ao ano.

    Como ele justificaria isso?
    O Banco Central vai aceitar uma taxa de inflação acima da meta para diminuir o crescimento da relação dívida/PIB, porque a dívida brasileira é denominada em reais. Nós não temos dívida denominada em dólares. Quando a taxa de juros real cai, a dívida cresce menos. Esse é o ponto importante.
    Vira um ajuste via inflação?

    É um calote disfarçado, num certo sentido. Você está diminuindo o valor da dívida. Os possuidores da dívida, aqueles que comparam títulos com taxa de juros fixa lá atrás, vão perder.

    Mas o aumento dos juros não aumenta a dívida?
    O Banco Central sobe menos o juro do que o necessário para levar a inflação para a meta. A inflação é maior que a meta. E isso reduz a taxa de juros real. Menos juros gera menos déficit público e reduz o volume da dívida real. O detentor da dívida perde a diferença.

    É um pouco do que o Brasil fazia nos anos 1980?
    Isso aconteceu também em 2021. Você tinha uma inflação próxima de zero e ela subiu para próximo de 10%. Essa aceleração inflacionária fez com que a dívida, com proporção do PIB, caísse. Além do fim do programa de ajuda emergencial, que reduziu despesas. Depois, ele voltou, mais próximo das eleições de 2022.

    O aumento da inflação previsto pela Genial seria puxado pelo quê?
    Pelo dólar mais alto e por uma política fiscal extremamente expansionista. Você já está com problema, por exemplo, de defasagem do preço de combustível. O nosso receio é que o governo passe a adotar outros instrumentos, que não a política monetária, para controlar preços, como aconteceu lá em 2012, 2013, 2014. Segurar combustível, preço de energia, compulsório, esse tipo de coisa que a gente conhece. Acho que é o grande risco neste momento.

    E, tudo constante, o dólar bateria onde?
    A nossa avaliação é de que a taxa de câmbio iria para R$ 6,50 no fim deste ano e chegaria a R$ 7,20 em 2026.

    Como o sr. avalia a força do ministro Haddad depois da desidratação do pacote?
    Acho que perdeu muita credibilidade. O governo, de modo geral. Conversando com os investidores, a impressão é que não querem o Brasil neste momento. Estão cansados. Os bancos estão diminuindo a nota do Brasil. O ambiente é bem negativo para a economia brasileira neste momento.

    Como viu o episódio das fake news do Pix?
    Mostrou que essa perda de credibilidade é generalizada no governo como um todo. É impressionante que o governo tenha de voltar atrás numa norma da Receita Federal devido às redes sociais. Isso mostra que as pessoas não estão acreditando efetivamente naquilo que o governo está falando.

    Como avalia o cenário eleitoral sob essas condições econômicas?
    A escolha para o governo não é muito fácil. Por um lado, você precisa fazer um ajuste fiscal duro para poder readquirir credibilidade e reduzir a taxa de juros que os investidores estão cobrando para financiar a dívida brasileira. Isso significa redução da taxa de crescimento, mais desemprego - o que é impopular. Por outro lado, o outro caminho é manter o cenário fiscal mais ou menos intocado, mas ao mesmo tempo gerar uma pressão inflacionária que vai fazer com que a taxa de inflação chegue a 7% ou 7,5% em 2026, que também é impopular. A pergunta que vai ter de ser respondida em 2026 é qual o caminho que o governo vai escolher. Se é mais desemprego e menos inflação ou se é mais inflação e menos desemprego.

    Hoje, o caminho seria mais pela inflação?
    No nosso cenário, a taxa da Selic sai de 15% para 13,25% em 2026. Você tem um aumento da taxa de inflação e queda na Selic. Isso é aquele cenário que eu estava falando em que você usa um pouco de inflação para diminuir o crescimento da dívida. Ainda assim, a dívida continua crescendo, mas a uma taxa menor; a taxa de crescimento desacelera em relação ao cenário inicial.

    Como o Banco Central justificaria uma queda da Selic com a inflação fora da meta?
    Se você conversa com os diretores do Banco Central hoje, eles dizem que vão perseguir a meta a qualquer custo. Mas você tem um problema de credibilidade envolvido nesse processo. Você tem de acreditar nisso, e os investidores não estão acreditando.

    Estamos em cenário de dominância fiscal, ou seja, de perda de eficácia da política monetária?
    Os juros ainda são um instrumento eficaz para controlar a taxa de inflação? Sim. Agora, você precisa de uma taxa de juros muito elevada para levar a inflação para a meta. A expectativa dos investidores é de que a taxa de juros vai chegar a 15%. Ainda assim, as expectativas para a inflação estão crescendo até 2028. Ou seja, os investidores não acreditam que 15% de Selic é suficiente. Isso é muito complicado.

    O que o próximo governo eleito - seja o governo atual, seja a oposição - vai ter de fazer?
    O que o Temer e o Bolsonaro fizeram. Quando o presidente Temer aprovou o teto do gasto, a taxa de juros caiu à metade. Em seis meses, sem fazer nada. Só a expectativa de que você ia ter um teto de gastos. E o que é isso? Isso é credibilidade fiscal.

    Para isso dar certo, teria de acabar com todas as indexações?
    Eu acho que uma coisa importante é acabar com a indexação do salário mínimo acima da inflação. Esse é fundamental. Se você não fizer isso, esquece. Aliás, também foi feito. O ex-presidente Bolsonaro fez exatamente isso: acabou com a indexação do salário mínimo acima da inflação, acabou com a correção de gastos de saúde e educação pela receita corrente líquida. O Lula é que voltou com isso com a PEC da Transição.

    Mas como alguém vai ganhar a eleição com uma campanha defendendo fim do ajuste do mínimo?
    A crise do governo Dilma foi tão grande que as pessoas estavam olhando pra trás e dizendo: não dá. E o presidente Bolsonaro foi eleito sem precisar dizer que ia acabar com algumas políticas. E aí, tem uma coisa que eu acho que é importante: os gastos sociais no Brasil são muito elevados, mas extremamente ineficientes. Eu acho que redesenhar os programas sociais brasileiros pode ser uma forma muito importante de você conseguir poupar dinheiro e melhorar o atendimento da população no que se refere a questões sociais.

    O PT tem medo do efeito sobre o seu eleitorado de medidas impopulares, uma vez que hoje a oposição tem o controle da narrativa das redes.
    Acho que essa campanha contra as redes sociais por parte do governo Lula é muito impopular; de que a rede é inimiga, que precisa controlar. As pessoas encaram como censura. Eu acho que eles estão fazendo tudo errado do ponto de vista de marketing. As redes sociais são uma coisa que todo mundo gosta.

    Vocês preveem recessão em algum momento com a Selic indo a 15%?
    A gente prevê desaceleração. A gente acha que vai ter uma desaceleração importante. A nossa estimativa de crescimento do PIB este ano é de 2,4%, e 1,8% em 2026. Tem de levar em consideração o fato de que a agricultura vai ser muito positiva em 2025. Então, essa desaceleração é muito ligada, principalmente, à indústria, e um pouco a serviços, que é o setor urbano da economia brasileira, que é onde estão os votos aí, do ponto de vista político, essa desaceleração pode ser bem ruim.

    O dia do anúncio da isenção do Imposto de Renda de R$ 5 mil foi decisivo para essa perda de credibilidade?
    Acho que se intensificou o processo de deterioração e de perda de credibilidade. O risco é o governo achar que não precisa fazer nada, e a hora que entender isso, já era. Existe um risco de perda de controle sobre o processo. E isso acontece; é só olhar a história do Brasil para gente ver que acontece com alguma frequência.
    Excelente entrevista.

    A culpa vai ser da Faria Lima, da dívida, da falta de auditoria cidadã, do Trump, dos banqueiros, do imperialismo estadunidense… narrativa petista já tá a todo vapor

     moullet
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    Autópsia do déficit primário de 2024
    Déficit sem manobras foi de, pelo menos, 0,9% do PIB


    24.jan.2025 às 8h00

    O governo comemora o déficit primário de 0,1% do PIB em 2024. Aponta forte melhoria em relação ao déficit de 2023 (2,4% do PIB), e o cumprimento da meta do arcabouço fiscal (- 0,25% do PIB).

    Porém, o número oficial está longe da realidade, como mostra a tabela.


    Em primeiro lugar, precisamos somar as despesas que a lei exclui da conta do déficit (calamidade pública no RS, queimadas, entre outras), que são despesas como qualquer outra.

    Por outro lado, temos que tirar da conta o pagamento antecipado de precatórios federais em 2024, para credores do RS, que só seriam pagos em 2025.

    Chegamos ao subtotal 1, em que o déficit sobe para 0,3% do PIB.

    O segundo ajuste refere-se a despesas de 2024 que foram pagas antecipadamente em 2023, e receitas de 2023 postergadas para 2024. Em 2023 ainda não vigia o arcabouço fiscal. Por isso, o governo piorou o resultado de 2023 para melhorar o de 2024, o que ajudou no cumprimento da meta de 2024 e criou a impressão de uma recuperação mais vigorosa que a realidade.

    Não houvesse a manobra, o déficit de 2024 subiria para 0,9% do PIB (subtotal 2).

    A suspensão do pagamento de emendas parlamentares pelo STF reduziu a despesa em R$ 4 bilhões. Queda que só será permanente se o STF ganhar definitivamente a disputa com o Congresso. Por ora, não se pode prever essa economia para 2025 em diante.

    O quarto ajuste refere-se a várias medidas de aumento de receitas que só tiveram impacto em 2024, e não se repetirão em 2025. Assim como a redução temporária das emendas, elas não refletem mudança permanente no patamar do déficit. Retirando esses valores da conta, o déficit primário recorrente de 2024 seria de 1,7% do PIB (subtotal 3).

    Se o Governo quiser repetir essa arrecadação não recorrente em 2025, terá que ir ao Congresso aprovar novas leis ou buscar novos acordos com empresas estatais e privadas.

    Destaco a transação tributária na qual a Petrobras aceitou pagar quase R$ 12 bilhões para encerrar um contencioso. Acordo que talvez não saísse se o governo não tivesse influência sobre as decisões da parte devedora.

    Chama atenção, também, o alto valor dos dividendos extraordinários pagos pelas estatais, principalmente Petrobras e BNDES.

    No caso do BNDES, o governo pode estar dando uma contrapartida. Refiro-me às transferências de recursos de fundos orçamentários ao BNDES (e à Finep), a baixo custo, que representam desembolso permanente do Tesouro (pois o BNDES raramente devolve esses recursos, a menos que seja forçado pelo TCU ou pela justiça).

    Esses desembolsos não são registrados como despesa primária mas, ao se tornarem permanentes, têm efeito similar. Na tabela estão registrados como despesas parafiscais (0,3% do PIB).

    Com isso, chegamos a um déficit primário total de 2,1% do PIB em 2024.

    Mesmo quem acredita que o governo será capaz de obter elevadas receitas não recorrentes todos os anos, e discorda da inclusão de gastos parafiscais no cálculo, concordará que o déficit de 2024, sem manobras, foi de, pelo menos, 0,9% do PIB (Subtotal 2).
    Bla bla bla bla bla mas o governo cumpriu o arcabouço e mandou o mercado chupar pq não acreditavam nele, não sei o que.....

    taí

    e ainda contrataram inflacao pra aliviar a divida publica

    :lolsuper: :lolsuper: :lolsuper: :lolsuper: :lolsuper:

     Mota Offspring
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    Rlim escreveu:

    É o governo Dilma cuspido e escarrado.
    é o mesmo partido e a gente sabe que não teve um unico filho da puta nesse lixo que virou e falou: "é, a gente fez merda" no governo Dilma. Trouxa foi quem acreditou que seria diferente disso. Só seria diferente com uma conjuntura internacional favorável, mas o molusco dessa vez se fudeu
    Rlim  isso

     Rlim
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     Rlim
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    Arrecadação crescendo como nunca, e ainda conseguem ter deficits colossais.
    Kauezao  isso

     Kauezao
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    Rlim escreveu: Arrecadação crescendo como nunca, e ainda conseguem ter deficits colossais.
    E a maioria dos serviços públicos em situação precária, com padrão de Zimbábue
    4718  isso

     Marcellow
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    saudades dos posts do songohan e do gamexbr falando de economia no governo do Bonosauro, lembro que usaram isso pra justificar o L inclusive. A inflação, mesmo no cenário da pandemia, era um dos temas favoritos

    embora eu não dê muita trela, no final mesmo o errado sou eu que fico lendo o que esses filhos da puta escrevem

     Rlim
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    Qual que vai ser a desculpa desses lixos agora?

     moullet
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    Um exemplo de receita não recorrente: dividendos e concessões somaram R$89bi em 2024 e na PLOA 2025 a estimativa é de R$48bi.
    Rlim  isso

     Mota Offspring
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    Bom video, nenhuma grande novidade, mas gostei da analogia que o Waack fez com a primeira guerra. Ninguém queria a primeira guerra, mas acabou ocorrendo da mesma forma. Isso ocorre quando os grupos de interesse veem o problema, mas não querem mexer em nada dos próprios interesses, aí você vai sonambulando rumo ao abismo. É exatamente o problema do Brasil hoje, as elites só acordam quando já estamos na merda, e alguns grupos apenas aproveitam a crise pra tomar ainda mais, judiciário por exemplo e congresso.
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