[Bom Caráter]

Al Hilal merecia o caneco

[Farofas]

A promessa foi cumprida. Faltou a Chapecoense (que deu sua vaga pro Lanús) cumprir a outra metade

[Farofas]

Rafael Silva emocionado

revelou que passou por uma semana dificil com a lesão e o caso de racismo, e mesmo assim jogou o máximo que pode na final


são homens como esse q faltam na seleção

[Farofas]

Al Hilal merecia o caneco

merecia não. partida fraquissima hoje. Omar sumiu e foi esquentar banco

[Farofas]

[Farofas]

vai começar a entrega das medalhas

[Farofas]

Kashiwagi foi eleito o MVP

wtf

[Farofas]

esse negócio de escolher melhor do torneio antes da final ñ da certo

[Farofas]

[Farofas]

esta erguida

[Farofas]

[Farofas]

esse time vai dar trabalho ao Real Madrid

se a arbitragem ñ interferir como no ano passado, a zebra pode passear

[Farofas]

amanhã tem:

- Final da Copa da China
- Rodada decisiva da J-League
- Inicio do mata-mata da J2

[Farofas]

[Ghaleston]

Rafael silva é o típico cara que deu volta por cima
obrigado guerreiro, graças a tu meu Urawa Red vai para o mundial

[Farofas]

Foram dez anos de espera e sofrimento para a maior e mais fanática torcida do Japão. Desde o título da Liga dos Campeões da Ásia em 2007 com possivelmente o melhor time de sua história, o Urawa Reds não tinha uma grande conquista. Decaiu a ponto de ser até ameaçado de rebaixamento em 2011, salvo na época por Takafumi Hori como treinador interino. O clube voltou a sonhar alto a partir da Era Petrovic, que começou em 2012 e foi até a metade de 2017. Um período marcado por investimentos no elenco que começava todo ano entre os favoritos e jogava um futebol ofensivo e vistoso, mas sempre decepcionava na hora da decisão. Foram dois vices na J1, um na Copa da Liga, um na Copa do Imperador, eliminações dramáticas na ACL... E apenas um troféu, na Copa da Liga ano passado. Acima de tudo, faltava sorte nas decisões. Petrovic era o "gênio azarado".

O Urawa de 2017 começou o ano voando e acumulando goleadas, mas os adversários logo aprenderam a explorar os espaços deixados na defesa e tudo desmoronou. Petrovic relutava em mudar a forma de jogar e, apesar do time continuar vivo na ACL, na J1 era um tropeço atrás do outro. Até que a situação do treinador se tornou insustentável e ele foi mandado embora no final de julho. Takafumi Hori foi mais uma vez chamado para apagar o incêndio, com um discurso de "concentrar-se em estabilizar a defesa". Apesar de alguns resultados positivos no início e boas exibições de seus defensores, incluindo a vitória na Copa Suruga contra a Chapecoense, o time continuava extremamente inconsistente. Até que veio o milagre nas quartas de final contra o Kawasaki Frontale. A situação parecia irreversível após a derrota por 3x1 na ida e mais ainda ao sofrer o primeiro gol na volta, mas veio uma inacreditável virada e o Reds avançou com um 4x1 no placar. O time continuava a não convencer na J1 e acabou eliminado da Copa do Imperador diante de seu carrasco, o Kashima Antlers, por 4x2.





Já sem chances na liga, restava concentrar-se na ACL. Um desafio ainda maior, mas os conceitos de Hori finalmente podiam ser vistos na prática e os jogadores mostraram tudo o que faltava para o time engrenar. Concentração, organização defensiva e resiliência. O Urawa é o terceiro time com mais gols sofridos na J-League não porque tem defensores ruins, mas pela forma como jogava, sempre exposto e correndo riscos demais. Afinal, nesta reta final de ACL, a defesa brilhou em todos os jogos. Principalmente Tomoaki Makino, zagueiro que parou Hulk, o "homem de R$ 200 milhões", na semifinal, e na final não deixou jogar Omar Khribin, atacante sírio indicado ao prêmio de Jogador Asiático do Ano. Makino vive grande fase e também ganhou a titularidade na seleção japonesa.

Nishikawa é outro que recuperou a boa forma e fez defesas cruciais na campanha da ACL. Graças a ele o Reds voltou de Riad com um comemorado empate em 1x1 no jogo de ida, o que daria o direito de ser campeão com um 0x0 em Saitama. Wataru Endo, que não vinha correspondendo como zagueiro central no 3-4-2-1 de Petrovic, reencontrou-se como lateral direito no 4-1-4-1 de Hori e tem ido bem especialmente na marcação. O capitão Yuki Abe, que era volante e virou zagueiro com Hori, cometeu deslizes na ida, mas foi impecável no jogo de volta.

O Urawa tornou-se um time defensivo sob a batuta de Hori. Mesmo com o estádio lotado, não conseguia se impor diante do Al Hilal e jogava a maior parte do tempo sem a bola. Pressionando no campo de ataque, aproveitou-se de um nervosismo inicial do adversário e criou chances em dois erros na saída de bola, ambas com Nagasawa. Aos poucos, porém, os árabes entraram na partida e criaram os lances de mais perigo, como na jogada individual do uruguaio Nicolas Milesi, que roubou a bola de Nagasawa, driblou Ugajin e, da entrada da área, chutou forte por cima do gol; a bola passou a centímetros do travessão. Ou na troca de passes em que Khribin deixou Milesi na cara do gol, mas ele chutou torto, para fora. Com menos de meia hora, o lado esquerdo da defesa vermelha (Makino e Ugajin) já estava amarelado. O Al Hilal foi para o intervalo jogando melhor e com 60% de posse de bola.






O Urawa foi o Japão na ACL. A charge acima, de @chidajunsei3163, mostra um detalhe curioso da cultura do futebol no Japão. Apesar do Urawa ser o "time mais odiado do país", os japoneses no geral preferem ver um representante da J-League campeão continental, mesmo que seja um rival. Na figura, Redia, o mascote do Reds, imita Goku, protagonista da série Dragon Ball, levantando os braços e pedindo que todos os outros times deem a ele um pouco de força. "Pessoal, só hoje, me deem sua força", ele diz. Alguns mascotes rivais ficam um pouco relutantes, como o do Omiya, que enfatiza a parte do "só hoje", o do Kashima, que está dormindo, o do Marinos, que tem em Ramon Díaz, atual técnico do Al Hilal (à direita no desenho), um de seus ídolos, e o do Gamba: "O Reds é um rival, mas eu amo a J-League".

Rafael Silva, a peça que faltava. O Urawa enfrentava um estilo de jogo diferente do que está acostumado a encontrar no Japão. Mais duro, mais pegado, até mais violento. O jogo estava tenso, parecia até Libertadores. Os sauditas já não se intimidavam mais com o ambiente hostil, mas começaram a ficar impacientes por não conseguir furar a retaguarda nipônica. O árbitro uzbeque Ravshan Irmatov começou a distribuir amarelos, principalmente para os visitantes. Até que, no minuto 78, Salem Al Dawsari, que já havia levado cartão seis minutos antes, entra duro em dividida com Endo e leva o segundo amarelo. Mesmo com um a menos, o Al Hilal continua a pressionar no campo ofensivo. O time que está há 13 meses sem perder um jogo na liga saudita e ainda estava invicto na ACL não se rendia.

O Urawa parecia se contentar com o resultado, até que, a dois minutos do fim, o então seguro zagueiro e capitão Osama Hawsawi erra feio e fura ao tentar cortar passe de Muto, que encontra Rafael Silva em ótima posição, à frente de Mohammed Jahfali. O brasileiro solta a bomba, sem chance de defesa, em um lance que certamente lembrou muitos torcedores do gol decisivo de Yuichiro Nagai na final da ACL dez anos atrás. Quase 60 mil explodem em festa em Saitama.





"Passei a semana machucado, tomando injeção e tratando. Estou muito feliz em ser recompensado com este título", declarou Rafael Silva após o jogo. Ele havia sido substituído na ida, sentindo o joelho, e era dúvida para a volta. Recebeu até comentários racistas de torcedores do Al Hilal em sua conta no Instagram. Decisivo na reta final, o atacante foi o artilheiro do Urawa na ACL, com nove gols, mesmo número de Hulk (Shanghai SIPG) e com um a menos que Omar Khribin. "O que aconteceu aqui hoje foi incrível, a realização de um sonho. Marcar nas duas partidas [da final] só coroou uma temporada de muito trabalho e determinação", continuou.

Desde as conquistas de Urawa Reds em 2007 e Gamba Osaka em 2008, o Japão não ganhava a ACL. Com o título continental, o clube de Saitama está classificado para o Mundial de Clubes da Fifa, que será realizado nos Emirados Árabes Unidos a partir de 06/12. O campeão da Ásia estreia no dia 09/12, contra o vencedor de Al Jazira (campeão dos EAU) e Auckland City (campeão da Oceania). Caso vença, jogará a semifinal 13/12 contra o campeão Europeu, Real Madrid. "Sempre é muito bom estar entre os melhores, e no Mundial estarão os melhores. Temos grandes ambições no torneio e pode ter certeza que não vamos dar moleza não (risos). O grupo inteiro é muito focado e vamos dar nosso melhor", completou Rafael.

Urawa não disputará a ACL 2018. Na Liga dos Campeões da Ásia, o time vencedor não tem vaga garantida na edição seguinte. O Reds não tem chance de terminar acima do sétimo lugar na J-League e já está eliminado da Copa do Imperador. Ou seja, já está confirmado que o time de Saitama não terá a chance de defender seu título continental ano que vem. Duas das quatro vagas japonesas já estão confirmadas para Kashima Antlers e Kawasaki Frontale. As outras duas ficarão com o terceiro colocado na J1 (Cerezo, Reysol, Marinos e Júbilo estão na disputa) e com o campeão da Copa do Imperador.

Liga dos Campeões da Ásia - Final - Volta
Urawa Reds 1x0 Al Hilal - Saitama Stadium 2002 (57.727)
Rafael Silva (88')
Placar agregado: Urawa 2x1 Al Hilal

Campanha do Urawa Reds na ACL 2017
[1] Western Sydney Wanderers 0x4 Urawa Reds
[2] Urawa Reds 5x2 FC Seoul
[3] Shanghai SIPG 3x2 Urawa Reds
[4] Urawa Reds 1x0 Shanghai SIPG
[5] Urawa Reds 6x1 Western Sydney Wanderers
[6] FC Seoul 1x0 Urawa Reds
[oitavas - ida] Jeju United 2x0 Urawa Reds
[oitavas - volta] Urawa Reds 3x0 Jeju United (prorrogação)
[quartas - ida] Kawasaki Frontale 3x1 Urawa Reds
[quartas - volta] Urawa Reds 4x1 Kawasaki Frontale
[semifinal - ida] Shanghai SIPG 1x1 Urawa Reds
[semifinal - volta] Urawa Reds 1x0 Shanghai SIPG
[final - ida] Al Hilal 1x1 Urawa Reds
[final - volta] Urawa Reds 1x0 Al Hilal

Total: 14 jogos, 8 vitórias, 2 empates, 4 derrotas, 30 gols pró, 15 gols contra

[Farofas]

[Farofas]

daqui a pouco tem bola rolando

[Farofas]

acho q vai dar SIPG

[Farofas]